Na manhã seguinte, logo após acordar, Naruto pediu por um café reforçado. Tinha dormido muito pouco, pensando na escapada de Hinata e no quanto fora tolo por tê-la perdido de vista tão facilmente, e seria necessária muita cafeína para mantê-lo bem acordado logo tão cedo.A missão daquele dia seria encontrar o hotel onde ela estaria hospedada. A opção mais óbvia teria sido ir atrás da família da garota, mas o bilhete que ela lhe deixara havia sido bem claro em uma coisa: ao usar a palavra detetive para se dirigir a ele, ficou óbvio que Hinata sabia quem ele era e, principalmente, seu objetivo ali, por isso certamente não seria tão simples assim localizá-la.
Pela internet procurou todos os hotéis e pousadas próximos do café onde haviam se encontrado, se tivesse sorte, a Hyuuga estaria em um deles e, naquela noite, havia saído apenas para uma caminhada curta que, por coincidência, a levou até um encontro com o homem que ela deveria evitar.
Sabendo que os hotéis não lhe cederiam informações de seus clientes sem nenhum motivo, ele apenas ligou para os números de todas as recepções que conseguiu e, com o melhor francês que pôde, perguntou se poderia falar com a querida amiga Hinata que lá estava hospedada. Perdera as contas de quantos recepcionistas lhe disseram que não havia nenhuma hóspede registrada com esse nome.
A manhã inteira havia ido embora naquelas ligações que não lhe renderam fruto algum, a cada nova tentativa falha ele sentia estar mais próximo de arrancar seus próprios cabelos.
-Onde você se meteu, Hyuuga? Não é possível que um sobrenome como o seu passe despercebido por aqui! –Bufou esfregando a mão pela cabeça e indo até a varanda.
Respirou fundo com o ar fresco e pôs-se a pensar por breves segundos até que teve uma ideia.
Sorriu.
-Mas é claro. Seu nome chama muito atenção, não é? –Balançou a cabeça rindo, sentindo-se um idiota mais uma vez durante aquele caso.
Aquele parecia ser o centésimo hotel que visitava, seu discurso já saia mecanicamente por seus lábios e ele estava farto daquilo, perdera o dia inteiro naquela caçada que o levara a lugar algum e percebera isso segundos antes quando notou as estrelas que já começavam a invadir o céu.
Antes de se tornar detetive particular, já havia tentado trabalhar com a polícia e alguns anos na instituição o deram um distintivo que sempre carregava consigo para situações como aquela. Pela milionésima vez nas últimas horas, exibiu o distintivo rapidamente, alegando ser da polícia de Tokyo e, em seguida, exibindo a fotografia de Hinata que carregava consigo.
- Preciso saber se esta mulher está hospedada aqui. – Para sua sorte, aquele recepcionista falava inglês fluentemente.
- A Senhorita Lamartine chegou aqui há alguns dias. Algum problema com ela?
- Nada com que deva se preocupar, ela é apenas uma testemunha de um caso que estou investigando. Sabe me informar se ela se encontra presente neste exato momento?
- Sim, senhor. Ela não saiu do hotel hoje.
- Me passe o número do quarto dela, preciso interrogá-la.
- 202, quarto andar. Quer que eu o anuncie?
- Não é necessário. Obrigada pela colaboração.
Acenou e adentrou pelo saguão do hotel contendo um sorriso.
"Finalmente"
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À Procura De Uma Paixão
FanfictionAlgumas vezes o amor leva tempo para ser descoberto e precisa de anos para florescer. Algumas vezes as paixões demoram para surgir, para dominar nosso pensamento, e, algumas vezes, as coisas acontecem num piscar de olhos. Num piscar de olhos perolad...