As flores tem espinhos

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Ouviram-se palmas pelo salão, a musica tinha acabado e todos aplaudiam os musicos.

Eles se assustaram, perceberam onde estavam e o que estavam prestes a fazer, afastaram-se rápido.

Olharam um para o outro, olhos arregalados, as mãos tremulas.

- F-foi uma ótima dança. - ele começou  nervoso.

- É c-claro. - ela respondeu.

Então se recomporam.

- Bom... acho que não vão mais encher nossa paciência, sabe... sobre não dançar. - ele comentou.

- Sim. - ela sorriu. - Eu vou atrás da Tressa, não tô vendo ela em lugar nenhum.

- É claro, eu vou procurar o Nuffink.

E sairam às pressas.

O resto da noite foi calma, ficaram o tempo todo com os amigos e evitaram ficar sosinhos. Todos em algum momento falaram sobre Zephyr, sobre como estava bonita e algims comentários invejosos de algumas meninas que queriam aquela atenção.

E assim seguiu a festa.

                《 No dia seguinte 》

Ela vestiu sua armadura e sacou a espada, que ela mesma projetou, e Zack ajudara a construir, respirou fundo, era o dia.

Desceu as escadas calmamente encontrou seu irmão encostado na mesa bebendo um copo de leite de iaque.

- Mamãe e papai já foram, tinham que chegar mais cedo para o festival.- ela assentiu e sentou-se à mesa, ele sentou à sua frente - E aí, como você tá?

Ela sorriu, o irmão a conhecia como ninguém. - Eu estou... relativamente  bem.

Após o café, seguiram para a arena, as pessoas começaram a se juntar nas arquibancadas, estava quase na hora, ela deu um abraço no irmão es foi para dentro, ele foi para perto dos pais, onde ficava o trono de Soluço.

- Nuffink! Você chegou! - sua mãe sorriu - Ela já entrou? - olhu preocupada para a arena.

- Mãe, vai dar tudo certo. - o garoto sorriu.

- É, tomara. - Soluço se pronunciou pondo uma mão na cabeça do filho, bagunçando seus cabelos de leve.

- Ela vai arrasar.

- Ah, eu tenho certeza disso, ela puxou à sua mãe. - os três riram.

- Está na hora Soluço. - disse bocão.

O chefe se levantou e gritou para que todos podessem ouvir - Que comecem os jogos!!

O primeiro desafio era um clássico, arremesso de machado, os quatro vencedores foram Zack, Tara, Zephyr e Tressa, o machado da Hadock  não só acertou perfeitamente o alvo como também o atravessou, destruindo-o completamente, seus amigos, Zack e Tressa, da mesma forma. Algums até se assustaram, mesmo para os vikings, aquele nível de força não era normal. Dessa vez não só Soluço e Astrid ficaram preocupados, boa parte do concelho de Berk e a propria anciã, Goth, também ficou.

Depois foi a corrida de obstáculos, dessa vez quem ganhou foram  Zephyr, Zack e Tressa, passaram pelos obstaculos de um jeito um tanto diferente, acrobacias impensadas para qualquer um alí, mas completamente eficazes, não só isso, os três tinham uma velocidade muito além dos outros participantes. A unica que quase os alcançou foi Tara, a Jorguenson já estava com raiva, ela conhecia Zephiyr, sabia do que ela era capaz, mas como aquele rapaz considerado um soluço poderia ser tão forte, e a garota que só falava de roupas então?

Por fim, os duelos. Como os únicos a pontuar foram aqueles quatro, sorteariam quem lutaria com quem para definir os dois finalistas.

Zack e Tressa foram os primeiros, outro show de ablidades desconhecidas para os vikings, o rapaz usava apenas uma bastão de batalha, que era como uma lança mas com duas lâminas bem afiadas nas pontas,já  a moça puxou debaixo das costas do seu bolero duas estruturas metálicas, uma em cada mão, as quais com o aperto de um botão tornaram-se duas espadas médias.

E receberam o sinal, os dois correram na direção um do outro, Zack girou o bastão em sua mão e atacou, mas Tressa desviou girando na ponta dos pés, quase como se estivesse dançando, deu um salto para trás junto com uma cambalhota, parou a dois metros dele em posição de ataque, por muito pouco a garota nao foi cortada ao meio, aquelas lâminas que o próprio Zack forjara faria isso em um só golpe.

Ela revidou, correu na direção dele e saltou com as duas espadas preparadas para atacar, mas ele usou o bastão para conter o ataque. O estalo das lâminas com o bastão feito do mesmo metal ecoou pela arena, e assim continuou, os dois atacavam e se defendiam de forma incrivelmente rápida, algumas faíscas se formavam com os choques das armas

Foi aí que ele achou uma brecha, com uma giro estivou o pé passando pelas pernas dela derrubando-a, mas ela revidou, atirou uma das espadas mirando no pulso dele não o atingiu mas fez com que derrubasse o bastão, ele baixou a guarda por um segundo para ver onde sua arma caíra, mas esse foi o tempo necessário para que ela levantase e posicionase a outra espada no pescoço dele.

Tressa venceu a partida.

Todos estavam chocados, embora os dois tivessem lutado com muitas tecnicas desconhacidas e um tanto complicadas, a batalha não durou mais que dois minutos, mais uma vez a velocidade daqueles jovens impressionava os vikings.

Agora todos só pensavam em uma coisa, em algums minutos Zephyr e Tara se enfrentariam, e depois da ultima discussão das duas, toda a aldeia ansiava por esse momento.

E lá estavam elas, frete à frente no meio da atrena, Tara tinha consigo um machado, o tamanho da lâmina  proporcional ao seu corpo mas com um cabo mais longo, que deixava a arma quase de sua altura. Zephyr trazia sua espada, era diferente das que os vikings usavam, a lâmina era mais longa e não havia um protetor para o pulso, além disso, de acordo com a escala usada pelos vikings para a produção de armas, a espada era muito cumprida em relação ao que seria proporcional para a altura de sua dona mas isso não parecia incomoda-la.

No momento em que o sinal foi dado Zephyr se quer se moveu, sua rival correu com tudo em sua direção, machado em mão preparado para o ataque, Zephyr desviou facilmente, mas tinha algo errado.

O ataque de Tara foi de uma velocidade que só vira em determinadas pessoas, "Não pode ser, será que... Vamos ver."

Mais veloz do que qualquer um fosse capaz, ela lançou um ataque com sua espada, a rival desviou por pouco, " Só pode ser isso."

Das arquibancadas, Nuffink, Tressa e Zack se entreolharam, Tara era uma deles.

A batalha seguiu, a Jorguenson cada vez mais feroz lançava ataques como nunca, enquanto a Hadock desviava rápida e calmamente, com uma expressão neutra que não permitia ver o que estava pensando. Isso era o que mais infurecia Tara, como aquela garota ousava ser tão indiferente em uma batalha contra ela?

Com toda raiva aplicou um golpe, Zephyr bloqueou com a mesma força, o choque das armas formou uma especie de onda no ar.

Naquele momento, todos ao redor sentiram o vento soprar em sua direção com uma força anormal, o que era aquilo?

Quando a poeira formada na arena baixou, Tara estava arfando assustada, não conseguia falar, sua cabeça estava a mil, como aquilo aconteceu?

Olhou para Zephyr, a moça não parecia assustada, muito menos surpresa.

Soluço e os antigos cavaleiros paraceram preocupados. A anciã semicerrou os olhos, finalmente o que havia previsto aconteceu.

Como treinar seu Dragão - Os irmãos HadockOnde histórias criam vida. Descubra agora