capítulo 18

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Olho para frente e dou uma risadinha sádica.

Coloco o bebezinho morto no chão e começo a andar em direção ao meu mostro, piso na água e sinto ela congelar abaixo de meus pés.

Encosto nele e o gelo se desfaz como poeira diante de meus olhos e de todos os outros.

Minha raiva por esse tubarão e aquele homem que se diz meu pai, está no pico mais alto e isso é uma coisa extremamente perigosa para uma fênix, principalmente uma do gelo.

Eu: você vai morrer - digo com uma voz mais rouca e fina que a minha.

Sinto meu corpo formigar e fecho os olhos, jogando a cabeça para trás, deixando a transformação acontecer.

Sinto meus braços se alongarem e meus pés mudarem. Meu corpo tomba para frente e eu abro os olhos.

Vejo o tubarão na água e os Cullen, junto com os lobos me olharem assustados.

Movo minha cabeça e olho para o meu corpo, vendo uma pelagem incrivelmente branca meio azulada.

Levanto vôo e estico minhas garras em direção ao tubarão, que tenta mergulhar e nadar para longe

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Levanto vôo e estico minhas garras em direção ao tubarão, que tenta mergulhar e nadar para longe.

Eu: ha não - digo com a mesma voz de antes - agora que as coisas ficaram interessantes, você que fugir? - pergunto irônica - você irá aprender a nunca mexer com uma fênix, principalmente com o filhote de uma!

Prendo ele em minhas garras e começo a congela-lo de dentro para fora, o fazendo sentir toda a dor que meu bebê sentiu antes de morrer.

Ver seu corpo tomar uma tonalidade branca e começar a diminuir, foi gratificante para mim.
Quando volto a mim novamente, vejo o corpo de um humano em minhas garras e solto um chiado antes de soltar o corpo sem vida do homem no lago.

Sinto uma lágrima solitária descer por meu rosto e bato minhas asas, voando mais alto, traço uma linha imaginária na água para ser a ponte e com minhas garras, vou congelando a água para os outros passarem.

Vou até onde o corpo do meu bebê repousa e o pego com cuidado com minhas garras.

Escuto um rugido familiar entrar em meus ouvidos e me viro, vendo Haja vir em minha direção correndo.

Eu: ele morreu mamãe - falo chorosa - e eu não pude fazer nada, eu vi meu filho morrer e não pode fazer nada!

Uma luz envolve o tigre e logo a imagem transparente de minha mãe aparece.

Mãe: não meu amor, você fez tudo o que podia - fala sorrindo triste - esse foi o destino dele meu amor, na tradição das fênixs, quando um filhote morre, a mãe deve joga-lo em um vulcão. Do fogo nascemos e pelo fogo morreremos.

Ela toca em meu peito e volta a se transformar em tigre.

Mãe: me encontre na casa do seu namorado - pisca para mim - creio que todos nós devemos converçar.

Aceno com a cabeça e tomo impulso, batendo minhas asas e voando até o vulcão mais próximo.

Não ligo se os humanos irão me ver, afinal, ninguém acreditaria mesmo!

Assim que encontro um vulcão, pego meu filhote e encosto meu rosto no seu.

Olho uma última vez para ele e o deixo cair, vendo seu corpo se chocar com a lava.

Assim que ele afunda, o vulcão entra em erupção, como se estivesse com raiva pela morte dele.

Me viro e volto até Forks, mais precisamente, a casa dos Cullen's.

No caminho eu pensava no quão sem coração meu progenitor é, matar um simples bebê por causa de poder?!
Nem o mais cruel demônio teria coragem disso, um ser tão inocente e puro, pagando pelos pecados de outras pessoas.

Assim que avisto a casa, a ansiedade e a vontade de chorar me tomam.

Pouso levemente em frente à casa e fecho minhas asas, sentindo uma névoa branca me dominar. Vou encolhendo e meu corpo vai mudando, assim que a névoa se esvai, uma figura chorosa aparece.

Nesse momento todos já estavam fora da casa e olhavam para mim maravilhados, eu só queria chorar, chorar e chorar, junto com alguém que me entende-se e me consola-se.

Vejo Steve aparecer em minha frente em uma velocidade absurda mas ignoro assim que ele me abraça, seu abraço me passa conforto e calma.

Sinto todas as barreiras que me impediam de chorar desabaram e desabo em seu peito.

Choro por tudo que eu poderia ter vivido com meu bebê, choro pela dor de vê-lo morrer em minha frente, choro por não ter conseguido salva-lo e choro pela dor em meu coração.

Steve: shiii - acaricia meus cabelos - vai passar meu amor, vai passar.

Eu: eu não pude fazer nada Steve - sussurro contra seu peito musculoso - eu sinto como se meu coração fosse se quebrar em milhões de pedaços.

Steve: eu sei meu amor, eu também sinto - olho para ele com dúvida- esse é um dos meus poderes meu amor.

Fungo e olho para as outras pessoas fora da casa, fora a família Cullen, tinha outro grupo de rapazes me encarando tristes.

Sinto Steve me puxar para cima e cruzo minha pernas em sua cintura.

Steve: agora você vai tomar um banho e descansar Ice - fala me dando um beijo na testa - depois nos todos vamos conversar.

Assinto e encosto minha cabeça em seu ombro, sentindo o sono me alcançar.

Steve me leva até um quarto e me deixa lá, depois de me mandar tomar um banho. Ele me entrega uma camisa e uma cueca e sai.

Tomo o banho, que me relaxa um pouquinho e me deito na cama, sentindo a vontade de chorar voltar.

Steve logo chega e se deita comigo, me puxando para seu peito.

Me aconchego nele e durmo, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto.

Indomável _ Crepúsculo ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora