Capítulo 15

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Eu: mãe?! - olho para seu corpo translúcido e dou um passo para trás, esbarrando em meu tio.

Mãe: oi meu amor - sorri amorosa - eu sei que deve estar confusa, mas antes de eu explicar o porquê de eu ter feito isso, saiba que eu fiz pensando em você.

Dou um suspiro e me sento no sofá, tentando não chorar horrores. A minha mãe está 'viva' e é meu tigre!

Eu: continua - peço quase sem voz.

Mãe: quando eu descobri que seu pai apareceu pra você novamente, eu sabia que se eu deixa-se você iria morrer. Então abri mão do copo de fênix e virei um espectro, um espírito guardião.

Quando vi que você estava muito sozinha, me transformei em um filhote de tigre e assim eu sempre poderia proteger você!

Jogo a cabeça para trás, tentando assimilar tudo e uma dívida me vem à cabeça, se a minha mãe estava comigo esse tempo todo, porque nunca se revelou?

Eu: porque nunca falou comigo?

Mae: por que era perigoso - anda lentamente em minha direção - a partir do momento em que eu me revelasse para você, seu pai saberia da nossa localização e tentaria novamente te matar.

Abro a  boca e tento dizer algo, mas parece que a minha voz resolveu dar um passeio nas barramas.

Olho para minha mãe e sorrio, poder ver seu rosto e escutar a sua voz novamente era tudo o que eu queria.

Perder alguém que você gosta é a pior dor do mundo, nem dias e dias de tortura se comparam a dor mental.

Pulo em seu pescoço e a abraço, despejando toda a minha saudade em seus braços.

Eu: eu senti tanta falta - soluço - tanta falta de acordar e ver você.

Mãe: eu também meu amor - me aperta e cheira meus cabelos - ver você chorar e não poder te consolar foi como enfiar uma faca no meu coração.

Sorrio e olho para meu tio, que nos olha sorrindo.

Eu: obrigada - falo sem som para ele que sorri e sussurra um, disponha.

Depois da manhã agitada, eu e minha mãe ficamos horas converçando. Meu tio foi embora depois de duas horas, falando que o que tinha que fazer aqui já estava feito.

Minha mãe fez sua famosa lasanha picante na janta e eu comi quase tudo.  A comida de mãe nunca fica ruim, ainda mais se você estiver a muito tempo sem come-la.

Quando deu a hora de dormir, minha mãe me avisou que essa seria a última vez que eu veria ela na forma humana, eu chorei novamente mas logo parei, ter ela na forma animal é melhor do que ter ela em um caixão.

Logo meu tigre estava de volta e eu na cama, me preparando para enfrentar a escola amanhã, junto com a família delícia Cullen cheia de perguntas.

Logo meu tigre estava de volta e eu na cama, me preparando para enfrentar a escola amanhã, junto com a família delícia Cullen cheia de perguntas

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Na manhã seguinte, acordei com Haja me cutucando.

Eu: já vou mãe -  virei para o outro lado e quando estava começando a cochilar, sinto uma mordida na bunda - ai mãe!

Me levantei de cara emburrada e fui tomar um banho. Enrolei o máximo que pude, vesti uma roupa mais soltinha e fui comer.

Preparei uma salada de frutas  e coloquei um bife no prato de Haja.

É muito estranho olhar para ele e pensar que é a minha mãe ali, acho que nunca mais vou trata-lo como antes.

Vou até a garagem e logo ligo o carro, depois de conferir se não esqueci nada.

No caminho para a escola começou a tocar uma música muito animada no radio e como a boa maluca que eu sou, passo o caminho inteiro cantando e me contorcendo no banco, parecendo uma minhoca drogada.

Ao chegar, estacionei meu carro em uma vaga perto dos Cullen e soltei um gemido de preguiça, antes de sair.

O peso da mochila em minhas costas me mostrava que agente nunca vai ficar com a coluna reta, muito menos com a vida pacífica.

Dou um sorriso malicioso para Steve e vou em direção a Pâmela.

Eu: onde diabos seu namorado se meteu? - pergunta colocando minha mochila na mesa.

Pâmela: não sei, ele falou que iria comprar comida e sumiu - fala apoiando a não no queixo - e ele não é meu namorado!

Eu: ainda - falei com um sorriso malicioso - vocês dois estão iguais a um personagem do meu livro, se amam mas não admitem - peguei a maçã da sua bandeija e dei uma mordida - e ela morre no final!

Minha amiga arregala os olhos me fazendo rir, nesse instante o sinal toca e eu me levanto, vendo Luiz se aproximar.

Aceno para ele e vou para a sala, tentando não ficar com preguiça de andar.

As vezes eu queria ser o Batman, o porque não me perguntem, mas que eu queria eu queria.

Indomável _ Crepúsculo ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora