Transformados

Capítulo 6

Tivemos que assistir o treino de todos na manhã de ontem, todos já sabiam quem queriam como aliados e como inimigos. Todos já tinham seus alvos. Fui muito cobiçada para ser um membro de suas alianças, mas simplesmente ignorei. Até mesmo Cora, com seu grupinho (que na minha opinião eram os mais poderosos) me convidaram para uma aliança. Mas não aceitei.

Faltava menos de uma semana para os Games. A cada dia que se passava, um sentimento de medo crescia dentro de mim. Em uma semana, minha vida poderia acabar. Em uma semana, eu iria ver vários jovens lutarem vorazmente por suas vidas. Em uma semana, eu veria jovens com sede de sangue e dispostos a tirar a vida de todo aquele que cruzar seu caminho.

Hoje era feriado em Kanthwoldid, o Dia da Vitória. Nesse dia, comemorava-se o dia em que, à 150 anos atrás, o Estado conseguiu vencer os rebeldes, que eram totalmente contra as leis e práticas do Estado. Sendo assim, hoje não haveria treino e teríamos dia de folga, podendo sair do CdT (Centro de Treinamento) de seu legado e ir para os outros, inclusive o Centro Principal, onde era liberado para todos os participantes da edição dos jogos daquele ano irem.

Era cedo, olho no relógio, 6:30 da manhã. Eu era a única acordada a essa hora entre os transformados do Legado 1. Me levanto da cama e me arrumo. Visto roupas que eu havia trago da minha casa, uma calça jeans, um a blusa de frio preta que ficava um pouco grande em mim e um tênis branco. Pego alguma coisa para comer e vou andar pelos CdT's.

Era incrível como cada Centro de Treinamento cataracterizava seu legado e incrivelmente belos ao mesmo tempo. Vou em direção ao jardim do Centro Principal . Me sento em um banquinho perto de um riacho e fico lá, brincando de controlar a água até que escuto alguns passos. Me viro e vejo Karon. Oh, de novo não.

- Olá, esquentadinha. -ele sorri e se escora em uma árvore.

- Eu já disse para não me chamar assim, Karon. -falo sem dar muita atenção para ele e continuando a controlar a água do riacho.

- Pensei que estaria aqui.

- Pois é, acertou. -o ignoro.

- Vim aqui com uma proposta. -ele diz se aproximando de mim.

- Se estiver vindo aqui a mandado de Cora, pode esquecer. Não gosto dela e não vou me aliar a ela.

- Na verdade, eu queria me aliar a você. Então, o que me diz?

O fito.

- Não sei. Os Legado 2 são traiçoeiros. -falo olhando para ele.

- Hey, você nem me conhece direito. Como saberá se sou igual aos outros?

- É tem razão.. Mas é exatamente isso, eu não te conheço direito. O que eu ganho com essa aliança?

- Você eu não sei, mas eu estaria me aliando com a pessoa mais poderosa dessa edição dos Transformed Games.

Abro um sorriso, mesmo tendo quase certeza que ele estava exagerando.

- Posso pensar no seu caso, mas estou avisando: ao se aliar a mim, estará se aliando com Hylla também.

- Hylla? Sério? Mas ela é tão... frágil.

- Ela também é minha amiga e se preciso, darei minha vida por ela. -falo séria.

- Okay. -ele suspira e se senta ao meu lado.- O que estava fazendo?

- Apenas passando o tempo. Daqui alguns dias provavelmente estarei morta, tenho que aproveitar. -falo brincando, mas com um pouco de verdade na frase.

- Madson, duvido muito que você ira morrer. -ele sorri.

Pensando bem, apesar de irritante e convencido, Karon não era uma má compainha. Permanecemos em silêncio por alguns minutos e então eu falo algo.

- Você foi bem no treino de ontem.

Não era apenas para puxar assunto, Karon era realmente bom. Manejava espadas de forma àgil, como se elas fossem incrivelmente leves. Era impressionante. Mas quanto ao controle sobre o fogo, eu não fazia ideia de como ele era, já que não haviamos treinado nossos poderes ainda.

- Obrigado. Quanto a você, nem vou comentar. Possui uma incrível abilidade com facas. Deve ser por isso que sempre carrega uma com você.

Sorrio ironicamente.

- É, com tempo e prática a gente fica realmente bom na coisa. Então, ainda não te vi treinando com fogo, você se considera bom?

- Claro que sim -ele sorri.- Quer ver?

Antes que eu pudesse responder, ele se levanta do banquinho e fica em pé na minha frente. Karon estende a mão e ela se incendeia. Nada mal, penso. E então ele me surpreende. O fogo vai se alastrando por seu corpo, até o garoto ficar completamente em chamas. Karon parecia uma bola de fogo ambulante.

- Acho que já basta essa pequena demonstração. -ele sorri ironicamente.

- Sim, parece que você é bom.

- Não "parece". Eu sou. -Karon da uma piscadela e o fogo se apaga.