Finalmente Livre

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* recadinho importante! Lembrem-se que a Helo tem 12 anos nessa época ainda! As vezes pode ficar confuso, mas é ver os capítulos anteriores, só isso mesmo, aproveitem o capítulo!*

POV Helo

Deixo o celular onde estava mas com a tela virada pra baixo, como estava em uma ligação a tela apagava e não dava pra ver que eu tinha mexido.

Volto para onde tinham me deixado vendo de novo aquela algema congelada, como aquilo aconteceu? Não importa agora, me sentei ali e esperei que eles voltassem, queria ter conseguido fazer isso quando os gemeos ainda estavam comigo, poderíamos fugir juntos, eu sabia que os pais deles tinham morrido, poderiam viver comigo! Mas eu não fui rápida o suficiente.

Reparo que eles estão voltando, quando vão começar a se "divertir" comigo de novo, nem tinham reparado na algema, escuto barulho de sirenes, meu pai tinha conseguido, eu devia estar muito longe de casa pra polícia local ter chegado antes que ele na armadura, mas sabia que ele também estava vindo.

Os homens olham pra mim, não acreditam que eu poderia ter feito alguma coisa, eles pegaram suas armas, um deles me pegou pelo cabelo e deixou na frente para usar de refém,  vi os policiais entrando, sinceramente não estava preocupada, fala sério os vingadores também estavam vindo pra cá, acho que dava até pra ver um pequeno sorriso no meu rosto. Os policiais pararam em frente ao sequestradores e apontaram as armas

- se vocês não recusarem, eu atiro- disse o homem que tinha a arma na minha cabeça

Foi inconsciente, eu juro, eu dei uma risada, provavelmente eles achavam que eu tinha algum problema, não acho muito comum estarem apontando uma arma pra sua cabeça e você rir, mas eu sabia o que ia acontecer a qualquer segundo

- por que tá rindo vagabunda?- perguntou o cara com a arma na minha cabeça me chacoalhando

- KKKKKKK- ri mais- aí, desculpa é que vocês estão TÃO ferrados

- você não acha que vamos perder pra uns policiaizinhos neh?

- ah, não, não tô falando deles- escuto um barulho no telhado- eu tô falando deles- digo olhando pra cima

É aí que os vingadores começam a entrar pelo teto, caindo, na frente meu pai e minha madrinha.

Eu consegui sentir a cara de assustado do cara atrás de mim, mas ele mantém a pose.

- vale o mesmo pra vocês, se vocês se mecherem, eu atiro

Chegou minha hora de brilhar também

Faço algo que a Nath me ensinou a um tempo, me viro pro cara, tiro a arma da minha mira, dou uma cotovelada na barriga dele arrancando a arma de sua mão e apontando pra ele. Vou dando passos pra trás até jogar a arma pro lado e sair correndo pra abraçar meu pai, ele tava de armadura mas eu não me importava

- minha pequena- ele diz abrindo a máscara- vai ficar tudo bem, vai lá pra trás com os policias enquanto a gente acaba com esses caras

Faço o que ele disse e vou em direção com os policiais que me colocam no meio deles em forma de proteção.

E começam a lutar, foi tipo brincadeira pros vingadores, meu pai só tava demorando mais por pura raiva, pra fazer aqueles caras sofrerem. Quando todos estavam ou desmaiados, ou algemados meu pai sai da armadura e vem em direção a mim, eu o abraço e começo a chorar, 4 meses... 4 meses, sem ver as pessoas que eu amo, mesmo que tenha encontrado outras para amar, elas morreram, mas agora eu estava bem, segura, só por uma coisa, os cientistas, e os caras alemães, ainda estavam por aí.

A Nath também vem até mim e me aperta forte, eu dou um gemido de dor, ainda estava bem machucada

- desculpa, desculpa princesa- ela diz rapidamente aliviando a pressão

Meu pai me pega no colo e voa até chegarmos em casa. Ele me deixa no chão e Pepper já vem correndo

- ah minha pequena você está viva! Viva!- ela diz me abraçando

- não vão conseguir se livrar de mim tão fácil- falo de maneira engraçada

Meu pai também vem e nos abraça por cima, estávamos ajoelhadas, nos levantamos e vamos até a sala, eles me oferecem água, algo para comer, eu recuso, tudo que eu queria era ficar ali com eles

Até que percebem o quanto eu tô machucada e me levam pra ala médica da mansão, Bruce e aquela mulher asiática que eu ainda não conhecia me colocam na máquina que reconstrói meus tecidos. Eu estava deitada agorano meu quarto enquanto ligavam os aparelhos de pressão, cardíacos e soro em mim. Minha madrinha entra no quarto e agora mais calma vem falar comigo, só estávamos nós lá, meus pais estavam resolvendo algumas coisas com a polícia.

- madrinha- Eu digo a chamando

- sim meu bem- responde

- Eu preciso contar uma coisa, mas eu queria falar só pra você e pra minha mãe

- tudo bem eu vou chamar ela.

Eu estava no meu quarto, meio deitada meio sentada na minha cama, com os aparelhos ao meu redor

- o que foi meu bem- minha mãe chega junto da Nath, elas se sentam na minha cama

- eles fizeram uma coisa comigo, uma coisa que eu não queria que meu pai soubesse...

- o que fizeram- Nath me pergunta calma, já pensando o que vou falar.

- eles... eles...- eu fecho meus olhos, tentando não chorar, mas é impossível, só sinto as lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas- eles me torturaram, mas faziam isso... eles...- eu sentia que não conseguiria falar, mas precisava- eles me estupraram, eles me cortavam e derramavam cera quente, eles rasgavam minhas roupas, faziam isso tantas vezes nesses meses, foi a pior sensação que eu já tive, era doloroso, era... era pra isso um dia ser algo bom, mas como vai ser? Foi horrível, e vergonhoso, e não quero que contem ao meu pai, ele não precisa saber disso, eu não sei o que ele faria.- disse isso bem rápido, pra me livrar, mas tudo entendivel, as duas me olhavam com dó, eu já não me importava mais...

Elas vieram ao meu lado e me abraçaram com um braço, eu me aconcheguei nas duas mulheres que eu mais amava, vi minha mãe chorando um pouco comigo, Nath fazia carinho no meu cabelo

- querida... nós precisamos contar ao seu pai- disse minha mãe

- sua mãe tem razão, eu sei que pode ser difícil, por ele ser seu pai, mas ele precisa saber- continuou Nath

Eu sabia que elas tinham razão, mas com que olhos meu pai vai me olhar agora? Sabendo que aqueles homens tiraram minha virgindade a força, que eu já tinha passado por tudo isso.

- então uma de vocês fala pra ele, eu não consigo- disse

- tudo bem- minha mãe fala me dando um beijo no topo da cabeça

Os dias que passaram foram de recuperação, minha mãe contou sobre isso ao meu pai, que diferente do que eu pensava, me olhava da mesma forma, sabia que ele pensava diferente, mas fiquei feliz por não me fazer um monte de perguntas.

Eu contei que ainda tinham os homens alemães, eles investigaram mas não acharam nada, ou seja, aqueles homens que me trancaram em uma sela de vidro, e mataram os meus irmãos de consideração ainda estavam soltos. Então eu não saio mais de casa sem um segurança na minha cola.


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Gente esse foi o capítulo! A partir daqui a história vai ficar melhor, eu juro, vai ser na visão da Helo com 15 pra 16 anos e vai começar as coisas interessantes.

Avaliem e comentem nos capítulos se puderem por favor 🥺💖

A filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora