guerra-civil part.2

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_ o que foi que eu fiz _ ela diz chorando

_ Wanda nós já estamos no complexo, já passou, está tudo bem _ digo tentando a acalmar

_ você viu muita gente morta? Quando entrou lá? _ ela me pergunta

Respiro fundo, "dezenas", é o que seria a verdade, mas ela está se torturando de culpa...

_ muito menos do que teria se você não tivesse feito nada _ digo a ela

_ não discutam sobre isso agora, nosso trabalho é salvar o máximo de pessoas possível, nem sempre significa todas _ cap diz entrando no quarto da Wanda, onde estávamos

Visão atravessa a parede entrando no quarto também

_ Visão! _ Wanda o repreende

Será que ele já entrou assim em outras situações? Penso comigo

_ o capitão Roger pediu para ser avisado quando o senhor Stark chegasse

_ obrigada, estamos descendo _ respondo ele

_ aliás _ ele completa _ aparentemente também trouxe um convidado

Por um momento tenho um reflexo de esperança em ser minha mãe

_ o secretário de estado _ ele termina sua frase

E toda minha esperança desse pelo ralo trazendo um sentimento ruim

_ obrigada Visão _ respondo e me levanto indo até a porta

Uma reunião começa e o senador fala sobre nossa irresponsabilidade, de pessoas que já se machucaram enquanto tentávamos salvar o mundo todo. Como se todos não tivessem pesadelos a noite vendo rostos de pessoas hoje mortas, mas que talvez ainda estivessem com suas famílias se tivéssemos nos esforçado um pouquinho mais. Isso assombra uma alma, e falando por mim, vai me assombrar até o caixão

_ mas temos uma solução _ o senador continua _ o tratado de sokovia _ ele me passa um grande documento, que mais parecia um livro _ é aprovado por 117 países, e diz que os Vingadores não serão mais uma organização privada, e sim trabalhar lado a lado com o governo. E só entraram em cena quando e se o painel das nações unidas julgar necessário. Em 3 dias a ONU se reunirá para oficializar o tratado

_ e se tomarmos a decisão de não concordar _ Nat sugere

_ então, os Vingadores saem de cena _ o senador responde e ele é sua equipe se retiram da sala de reuniões

Todos começam a discutir entre si, vejo que meu pai está só sentado entediado sem falar nada. Ele anda estranho desde que ele e a mamãe terminaram. Vou e me sento ao seu lado

_ não está pensando em assinar esta? _ pergunto um pouco mais baixo

Ele se levanta e conta sobre um menino que estava fazendo caridade em Sokvia, e foi morto durante o confronto

_ precisamos ser controlados _ ele finaliza

Rio irônica

_ como marionetes? Não somos uma arma _ digo tentando controlar minha raiva _ não somos um brinquedinho do governo. Se tem uma coisa que eu concordo com o chefe de estado é que somo perigosos, tanto quanto uma bomba nuclear por exemplo. Mas para esse tipo de arma física existe uma legislação, existem regras, mas nós, nós somos pessoas apesar de tudo. Não é como se a partir de agora o exército poderia abrir seu livrinho de armamentos e estar lá n°1 armas de fogo, n° 2 bombas e granadas, n° 3 ó olha só! Os Vingadores! Vamos mandar eles lá fazerem o que a gente quiser. _ falo completamente irônica está última parte _ se acontecer uma guerra, seremos as armas, não teremos escolha. Eu falo por mim que não me resumo a poderes, sei o tanto que sou perigosa mas também tenho pensamentos, ideias, e valores. EU não sou uma arma, EU não quero ser tratada como uma só por ter uma habilidade especial, e nenhuma dessas pessoas sabe melhor do que EU qual é o preço de se ter esses poderes, porque a culpa vem nas minha costas quando imagino essas pessoas morrendo, talvez se eu não tivesse esses poderes esse menino estivesse vivo! Mas como vou saber, não tem como deixar de ser quem eu sou _ lágrimas me aparecem no canto dos olhos _ com licença _ digo por fim e me levanto subindo até o meu quarto

Escuto um pouco da conversa subindo a escada, a opinião do meu pai venceu, assinariam o tratado. É oficial, eu sou literalmente uma arma, apenas um pedaço de carne que não precisa pensar, deixe que os outros façam isso por você.

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A filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora