consequências de uma guerra part.1

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Não vejo exatamente para onde estão nos levando, depois de mais ou menos 40 minutos o carro forte estaciona e as portas atrás de mim se abrem. Um dos soldados que estava no furgão junto de nós pega uma maleta escondida em baixo de um banco vazio.

Dentro da maleta é possível ver 3 seringas com algum líquido dentro.

_ o que está fazendo? _ Pietro pergunta quebrando o silêncio que havia desde que entramos no carro forte

O soldado tira duas seringas, uma ele continua na mão e outra ele entrega ao outro soldado

Os soldados conferem se o líquido está saindo da seringas e vem um em direção a mim e outro a Wanda

_ não vão encostar nelas _ Pietro grita se debatendo sem conseguir sair do lugar onde estava preso

Eu apenas observei o homem chegar perto de mim, ele finca a agulha no meu pescoço e as coisas começam a ficar turvas, meu sentidos vão acabando.

Ainda consigo escutar Pietro se debatendo, vejo um dos soldados voltar e aplicar uma agulha em seu pescoço também.

Dali em diante apenas flashs se passavam, com certeza tinham me dado um sedativo, coisa que meu corpo já estava até acostumado, talvez por isso não tinha apagado completamente. Nos tiram de dentro do furgão e vejo que do lado do nosso também tinha outro carro forte de onde também estavam arrastando algumas pessoas, que presumi que fossem Sam, Clint e Scott

Me sinto sendo carregada e colocada em um banco que olhando ao redor, mesmo que embaçado, reconheço como um helicóptero.

A sensação do sedativo fazendo efeito no meu corpo, a tontura, o enjoo, a vontade de vomitar mesmo você sabendo que não tem forças pra isso começam a trazer coisas do meu passado

Memórias... lembranças.... o tormento do passado...

Flashes dos dias trancada na sela de vidro passam na minha cabeça, eu ouço gritos, ouço vozes, o som dos aparelhos de tortura.. a aqueles sons.. para faz parar.. eu não tô aguentando.. minha cabeça girando.. o sangue escorrendo pelas minha pernas, os gritos de agonia da Wanda, as risadas deles, aquelas risadas.. saiam.. saiam da minha cabeça.. "vamos nos divertir hoje" o homem falava, o que sempre estava ali.. o que me fez querer estar morta.. Os gritos da Wanda estalando nos meu ouvidos.. meus próprios gritos ecoando naquele galpão.. o cheiro do gás.. o gosto do sangue.. tá tudo se misturando.. eu não vou aguentar.. as risadas.. Os gritos.. o cheiro.. meu corpo todo dói..  tudo dói.. meus ouvidos latejando.. minha garganta seca de gritar.. e aquele gosto.. tudo volta a girar.. Os sons mais altos.. eu não consigo respirar.. não sinto o ar entrando.. a asfixia.. meu peito dói por falta do ar.. a agonia de não sentir o oxigênio entrando..




























Até que..

Sinto ser jogada em um chão frio, meu corpo dói com a colisão. Vejo o Pietro, o Pietro de 12 anos, ele segura meu rosto "Helo tá tudo bem? O que fizeram com você?" A voz dele vai sumindo junto com sua imagem, tudo fica preto até que..





























Eu acordo

consigo sentir o ar entrando nos meus pumões novamente, chega a doer o ar gelado invadindo minhas narinas.

Olho ao redor e estou em uma cela, com apenas uma cama claramente feita de metal gelado, e um lugar para minhas necessidades.

Olho para o outro lado e vejo mais duas celas como a minha, em uma vejo Wanda sentada no chão, acordada, mas talvez preferindo não estar.

E na outra Pietro parecendo um pouco zonzo e acordando como eu, olhando ao redor, e percebendo onde está

_ vocês estão bem? _ pergunto com a voz fraca. os dois olham na minha direção, Wanda apenas olha pra mim, Pietro vai até a grande de sua cela e olha pra mim também

_ você está? _ ele pergunta preocupado

Eu apenas olho pra ele e faço que não com a cabeça, meus olhos voltam a se encher de lágrimas e apoio minha cabeça na parede abraçando meus joelhos, tentando não fazer barulho enquanto choro.
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A filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora