consequências de uma guerra parte.2

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POV Tony Stark

Depois das tomografias do Rhodes não parava de pensar o que tinham feito com Heloisa, agora o mundo todo realmente sabia que ela era minha filha. Tinha acontecido tanta coisa desde que ela voltou de Asgard que não tivemos tempo para uma entrevista de imprensa onde eu admitiria sua guarda, as pessoas descobriram sozinhas meu segredo.

Em todos os jornais imagináveis só se passava sobre ela, mesmo que não fosse o ponto principal de toda aquela situação, vídeos da Helo lutando e usando seus poderes não pararam de passar nas telas, e obviamente a colocaram como uma vilã.

"Hoje, após a confirmação do parentesco entre Anthony Stark e Heloisa Potts Stark, não se fala sobre outra coisa. As informações que temos é de que ela tem entre 15 e 18 anos e de que é extremamente perigosa por conta de seus poderes..."

A mulher na TV falava

_ perigosa _ digo sarcástico _ Heloisa é a pessoa mais doce que conheço! Sexta-feira _ chamo o sistema _ entre em contato com o senador

_ estou em contato com ele _ sexta feira responde

_ coloque no viva vós _ peço

_ Stark, notícias de Rogers? _ senador fala pela ligação

_ acha mesmo que estou preocupado com isso nesse momento? Quero saber onde está minha filha, vamos me diga

_ não acho que ficará feliz com a resposta _ senador responde e consigo sentir graça no seu tom

_ o que fizeram com ela, juro que se a machucarem vou lhes mostrar o caminho do inferno.

_ não a machucamos, seria mais provável acontecer o contrário

_ Heloisa nunca machucaria ninguém!

_ diga isso a seu queridinho homem aranha, ou a agente Romanoff, e é claro ao seu amigo Rhodes

_ não foi culpa dela! _ grito irritado _ tudo, tudo foi culpa minha, agora me diga onde ela está

_  ela está na prisão de segurança máxima submersa no oceano pacífico

_ tá, tá sei qual é, só a prisão de mais alta segurança que existe. Ela é só uma criança, precisa de tanto?

_ uma criança com poderes, aliás, 3 crianças com poderes, mais um ex-militar, um assassino proficional, e um cientista ex-presidiário. Todos estão la.

_ sexta feira, ligue o helicóptero _ digo para o sistema _ chego aí em uns 50 minutos. _ digo ao senador

Subo ao terraço e entro no meu helicóptero, sexta feira já havia passado nosso trajeto.

Enquanto isso...
POV Helo

Não deu muito tempo de que tínhamos acordado e dois homens com roupas de proteção completamente armados entram no lobe onde ficam as nossas três celas. 

Um deles abre uma das duas portas de vidro blindado que tinha para chegar a minha cela. Ela se fecha atrás dele e então a outra abre e ele entra na minha cela.

Ele era bem jovem, tinha os olhos tão claros que incomodavam, o cabelo também muito loiro. Parecia estar extremamente nervoso por estar chegando perto de mim.

_ está com medo de mim? _ pergunto o assustando por ter ouvido minha voz pela primeira vez

_ pode estender os pulsos a frente por favor? _ ele pergunta mais gentil do que achei que seriam aqui

Estendo os braços a frente devagar tentando não assusta-lo, mesmo nós dois sabendo que não consigo usar meus poderes aqui dentro.

Ele pega uma algema tecnológica bloqueadora de poderes e coloca nos meus pulsos.

_ qual seu nome? _ pergunto casualmente enquanto ele colocava as algemas

_ acho que não posso te dizer isso _ ele fala com ar de graça

Concordo com a cabeça _ eu sou Heloisa _ digo simples

_ eu sei _ ele fala baixinho

Em um dos braços ele acaba apertando um pouco de mais e expresso que doeu.

_ perdão _ ele fala e afrouxa um pouco aquele lado da algema, ainda de uma forma que eu obviamente não escaparia mas não doía meus pulsos _ dói assim? _ ele pergunta para conferir

Apenas faço que não com a cabeça. Pelo menos alguém aqui percebeu que também sou uma pessoa, talvez seja pelo rosto enxado e manchado de lágrimas, mas viu que eu era uma pessoa normal.

_ pode se levantar? _ ele pergunta

Me apoio na parede e me levanto rapidamente, o que faz tudo ficar preto por um momento e uma dor forte de cabeça, com certeza os calmantes que me deram fizeram minha pressão cair.

Ele vê que estou meio zonza e me ajuda segurando com delicadeza meu braço. Minha visão volta ao normal e a tontura passa

As portas se abrem e ele me leva pra fora da cela. O outro homem, bem mais velho, com uma cara nada amigável vem e me pega pelo braço também evitando que eu fuja, mas com muito menos delicadeza, chegando a machucar meu braço.

_ o que vão fazer com ela? _ escuto Pietro gritar de sua cela e bater no vidro. Na sua cela Wanda também fica de pé e observa preocupada

_ ei, fica tranquilo _ digo calma aos dois e dou uma piscadinha para Pietro.

Eles abrem mais uma porta que mais parecia uma parede de tão grossa, e que era cheia de trancas.

Começam a me guiar pelos corredores, chegou uma hora em que no fim do corredor sendo levado para dentro de uma sala clint estava sendo contido. Ele não estava com uma cara muito boa pra ser sincera. Quando ele me vê ele se segura para parar de ser carregado e grita para mim.

_ Helo! Helo, você tá bem? Fizeram algo com você? _ ele pergunta preocupado tentando relutar aos soldados que o seguravam

_ estou bem _ respondo em tom de vós comum _ nós estamos _ completo olhando pra baixo

_ me perdoe _ ele fala culpado, se sentia culpado por tudo que aconteceu com Wanda, Pietro e comigo, ele que nos trouce aqui.

_ não é sua culpa, é minha... _ digo por fim e entro na sala em que os guardas estavam tentando me fazer entrar

Me trouxeram exatamente onde achei que trariam, uma sala de interrogatório.

Me colocam sentada em uma cadeira enquanto a do outro lado estava vazia.

Depois de um tempo o senador, o mesmo que esteve no complexo falando sobre o tratado alguns dias atrás, entra na sala com um copo de café na mão.

_ podem se retirar _ ele fala para os guardas

_ mas senhor, ela é perigosa_ o guarda mais velho tenta falar

_ eu sei, mas está algemada, e é inteligente o suficiente pra saber que se tentar algo, tudo acaba pra ela. _ senador responde olhando pra mim

Enquanto se retiram, antes de sair, o guarda mais novo e gentil me dá um tchauzinho com a mão sem que o senador veja. O respondo com um sorriso mínimo

Depois que os dois saíram e fecharam a porta o senador se senta na outra cadeira em frente à mim

E nessa hora eu percebo que não sei como reagir, não posso me fazer de vítima, sei que não vai funcionar, não posso parecer ameaçadora, ou tudo só vai piorar pra mim, a única coisa que sei é que em um interrogatório sempre é preciso agir como se soubesse exatamente o que está fazendo, mesmo que não saiba.

A filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora