guerra civil part. 7

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Me ajoelho no chão chorando sem parar e Peter acaba caindo junto comigo por estar tão machucado. O ajudo a deitar no chão e choro sobre seu corpo deitado, ele parecia estar mal.

Ainda soluçando e com o rosto repleto de lágrimas começo a curar seus ferimentos com meus poderes, ele me observava com uma expressão de dor junto de pena, culpa e preocupação.

Quando tinha curado a maioria dos seus ferimentos externos e ele ainda estava fraco deitado no chão eu passo a mão pelo seu rosto, que continua lindo, mas com uma tremenda expressão de culpa. Chorando digo a ele

_ eu não quero mais fazer isso _ digo ofegante e soluçando

ele segura minha mão

_ então vamos parar, eu sei que você não é uma arma, que você deveria poder decidir o que fazer ou não com seus poderes, ajudar as pessoas que quer ajudar, mas se continuarmos assim todos aqui vão acabar se matando. Eu juro te ajudar depois daqui, mas precisa me ajudar a fazer eles pararem

_ eu te amo, eu te amo, eu te amo tanto, por favor me perdoa por tudo, sei que não mereço perdão por tudo que fiz mas eu te imploro, só não me deixa sozinha igual todos estão fazendo

_ era eu quem deveria pedir perdão, eu devia ter te escutado, nenhum de nós tinha razão, agora, me ajuda, por favor

_ eu vou _ olho pra cima e vejo a quinjet passando por nós levando cap e bucky, logo atrás deles meu pai e tio Rhodes a perseguiam, e ainda atrás deles Sam que tentava impedi-los de chegar na quinjet

Peter escuta no seu comunicador Rhodes pedindo para Visão impedir Sam.

_ Visão vai machucar falcão _ Peter diz sem forças _ tente impedir

Visão estava no chão com Wanda nos braços um pouco distante de nós, ele olha para Sam e quando ia usar a joia em sua cabeça estico minha mão e uso meus poderes o empurrando para o lado somente para que não acertasse ninguém, sem intenção de machuca-lo. Mas isso faz Visão perder a mira e acabar acertando tio Rhodes invés de Sam.

Rhodes começa a cair sem energia na armadura, sem pensar duas vezes acomodo Peter com a mão no seu rosto e logo começo a voar na direção que ele caia. Eu estava mais rápida que meu pai e Sam que também voavam na sua direção, talvez conseguisse chegar antes dele bater no chão.

Ele estava chegando tão perto e eu tentava ir mais rápido, mas não chego a tempo. Mesmo chegando muito antes do meu pai e de Sam vejo ele colidindo com o chão e a poeira levantando ao seu redor. Corro até ele arranco a máscara do seu rosto e o vendo desacordado.

_ batimentos?_ pergunto para sexta feira que estava em sua armadura

_ batimento detectado, uma equipe de emergência está a caminho

_ qual o núcleo do ferimento para que possa cura-lo _ pergunto ao sistema

_ nenhum núcleo detectado, ferimento alojado em toda extensão da coluna

Nesse momento meu pai chega ao chão um pouco longe e nos observa, logo Sam também chega

Tento usar meus poderes no seu corpo de forma geral, a luz branca amarelada deixa meu corpo e começa a tentar melhorar sua situação, meus olhos voltam a lacrimejar

_ eu não queria _ Sam tenta falar mas meu pai o atinge com o propulsor da armadura o fazendo cair no chão

Enquanto tentava cura-lo ouço passos atrás de mim e barulhos de gatilhos de armas sendo recarregados

_ coloque as mãos pra cima lentamente e não tente movimentos bruscos _ uma voz masculina grita e sinto uma arma sendo apontada nas minhas costas

Tento usar o pouco tempo que tenho para continuar curando tio Rhodes o tanto que posso

_ EU FALEI MÃOS ATRÁS DA CABEÇA OU VOU ATIRAR _ a voz grita de novo mais forte

Lentamente levanto minhas mãos ainda de costas, e vou colocando-as na nuca. Me levanto já que estava de joelhos e continuo de costas até sentir alguém colocar algemas pesadas nos meus pulsos que reconheço como bloqueadores de poderes

_ o que? Não podem fazer isso, soltem ela agora _ meu pai grita começando a vir em nossa direção e finalmente o olho nos olhos, coisa que não tinha feito ainda

_ pai _ digo chamando sua atenção _ ta tudo bem _ digo com a voz chorosa e as lágrimas continuavam escorrendo pelo meu rosto _ me perdoa

É o que consigo dizer antes que o policial militar me puxasse virando pra frente e me levando em direção à um carro forte onde de longe vejo colocando Wanda dentro envolta em uma camisa de força além das algemas.

Enquanto caminhávamos também me colocaram em uma camisa de força que me machucava de formas que não consigo descrever.

Me colocam dentro do carro e antes de fecharem as portas de longe consigo ver meu pai observando tudo aquilo, incrédulo com o que tínhamos feito, no que todos nós tínhamos feito.

Olho pra frente e encontro com o olhar de culpa, medo, desgosto e angústia de Pietro, e ao seu lado, Wanda, expressando as mesmas reações, que também se transmitiam no meu rosto. Olho para o pequeno pedaço de vidro com grades que estava ao meu lado e sussurro.

_ eu sinto muito.
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A filha de Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora