➳ Capítulo Dois

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

Era incrível como a noite demorava a passar em um dia difícil e atordoado. Taehyung estava ali, sem sono, jogado sobre sua cama cara e confortável, acariciando Binho, que não fazia a mínima ideia do motivo de seu dono não estar dormindo a uma hora daquelas.

Passava pouco mais das 3:00 da madruga e Tae sequer conseguia pregar os olhos, sendo que manhã seguinte precisava chegar cedo ao Influenza para ajudar a descarregar a nova mercadoria que Namjoon havia encomendado. Não queria ir, mas sabia perfeitamente que também não poderia faltar. Precisava do emprego para não depender unicamente dos mimos do pai e depois ter que ouvir que ainda dependia dele. Seu maior sonho era conseguir grana suficiente para ir embora de Busan e mudar-se para Seul com Jeongguk, onde seu namorado teria maiores oportunidades de conseguir publicar seu livro, e, de quebrar, Tae ainda poderia ficar livre das amarras do pai. Porém, tinha medo de não ter coragem suficiente para fazer isso, dado que prezava grandemente o apoio e aprovação dos pais.

Atualmente, Jeon estudava jornalismo em uma das universidades mais antigas de Busan, e esforçava-se totalmente para obter êxito em cada matéria de seu curso. Por sorte, era bastante esforçado e não ficava sobrecarregado por virar noites estudando, pelo contrário, amava fazer isso para adquirir mais conhecimento, o que deixava Taehyung orgulhoso em tê-lo como namorado. O Kim admirava aquela forte e perseverante personalidade, assim como admirava imensamente o dono dela. Admitia — quando estava longe de todos — que Jeongguk despertava o melhor dentro de si, principalmente por ser tudo aquilo que ele não era. A personalidade pura, romântica, com atitudes gentis, fofas, mas também ousada e cheia de destreza, tornava Jeon único àqueles olhos castanhos de Taehyung, que ao contrário dele, não era fofo, muito menos tão gentil para com os outros.

A verdade era que, Tae era a verdadeira definição de “Você não é obrigado a gostar de mim”, ou de “E daí se sou assim? Não me importo com o que acha, mesmo”. No entanto, na presença de Jeongguk era totalmente diferente. Não sabia explicar, mas seu garoto simplesmente conseguia domá-lo. Só que nem sempre foi assim.

Dois anos antes de Yoongi chegar no bar trazendo seu primo mais novo, Taehyung podia ser considerado um bad-boy sem coração, por mais que estivesse em um relacionamento — cujo ninguém conseguia engolir, a não ser sua própria namorada — sério.

E em um dia normal, onde o trabalhador do bar Influenza limpava casualmente o chão do estabelecimento, usando apenas um avental sobre o peitoral levemente protuberante e uma bermuda surrada, viu, de repente, um garoto de aparência singela, cabelos escuros um tanto compridos sobre a testa, com os olhos atordoados e cintilantes por, certamente, nunca ter entrado num local assim, atravessar as portas giratórias do bar.

Os cabelos cor caramelo de Taehyung estavam caídos sobre os olhos castanhos intensos, dando-lhe um ar misterioso sempre que observava Jeon por baixo da franja. No entanto, Jeongguk não ousou encará-lo por muito mais tempo, já que Hwasa, sua namorada, virou o rosto de Tae para ela e, sem hesitar, beijou seus lábios ao notar que ele ainda observava-o com aquela falta de roupas na parte superior do corpo, sem sequer cogitar que, na realidade, Gguk pensava apenas que o Kim queria chamar atenção de todos ali.

Até a Última Gota de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora