➳ Capítulo Dez

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

Haviam tantas, mas tantas pessoas andando por aquele aeroporto que Taehyung ficou assustado. Era um dia de semana, então não imaginou que a metade da população de Busan gostasse de viajar por esses dias. 

Ainda estava no carro, observando a entrada do aeroporto internacional de Gimhae, recusando-se a descer sem que Jeongguk estivesse ao seu lado. 

Anne estava com um olhar choroso, triste ao pensar que acordaria pelas manhãs e não veria mais o rosto do filho, ou a voz dele dizendo “Bom dia, rainha”. Por um momento, até havia esquecido a briga que teve com Donghae assim que puseram os pés na casa. Seu marido quis tirar satisfações sobre ela não tê-lo comunicado a respeito da decisão de Taehyung sobre morar no campus. Anne apenas virou para ele e disse que o filho também era seu, que se ele quisesse seguir por esse caminho, iria apoiá-lo até seu último suspiro. Com isso, Donghae não quis mais discutir, sabendo que não teria argumentos suficientes para debater com a esposa. Anne podia falar pouco, mas sabia exatamente o que dizer quando precisava pôr o marido no lugar. 

— Ele chegou, filho — Anne avisou, abrindo a porta do carro para Tae sair. 

As pernas do Kim tremiam feito vara verde, o coração palpitava tanto que estava quase falando, a respiração alternava entre compasso e descompasso, mas tudo isso amenizou quando viu Jeongguk sair do táxi. Ele estava um pouco atrasado, o olhar tristonho e o nariz avermelhado era demasiadamente evidente, porém não parecia estar desestabilizado, pelo contrário, dava seu melhor sorriso e buscava passar toda confiança e coragem possível a Taehyung, mesmo sentindo o peito inundar do tanto que chegava a afogá-lo. 

— Desculpe o atras... 

Taehyung nem o deixou terminar de falar, apenas deu passos velozes em sua direção e o abraçou forte, encaixando o queixo em seu ombro, fechando os olhos para sentir com exatidão o aroma da pele dele, a textura, o calor, a estrutura óssea, tudo. Jeongguk demorou um pouco para erguer os braços e abraçá-lo também, mas rapidamente o fez após o efeito da surpresa ter amenizado. 

— O importante é que você veio — ele disse, aliviado. Por um momento, teve medo de Ggukie não suportar a partida. 

— Eu nunca deixaria de vir — murmurou, ao pé do ouvido dele. 

— Faltam dez minutos para o voo sair — alertou Dong, aproximando-se de Anne para que seguissem juntos até o aeroporto. 

— Ele está certo — Jeon franziu o nariz em desgosto, fazendo Tae rir. 

— Vem, vamos. — Segurou a mão dele, caminhando em sincronia. 

Enquanto seguiam, Jeongguk ainda deu três suspiros baixos para que Taehyung não ficasse alerta, mas da feita que seus olhos alcançaram aqueles aviões do lado de fora, as mãos suavam e o corpo todo adormecia, querendo fazê-lo permanecer congelado no mesmo lugar onde estava. Não sabia qual seria sua reação ao finalmente ver que o Kim embarcava no avião, porém torcia para que fosse a melhor possível enquanto estivesse na frente das pessoas. 

Até a Última Gota de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora