➳ Capítulo Quatro

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

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Cidade de Busan, Coréia, 2015

Não era sempre, tampouco constante, que Jeongguk tinha a chance de dormir na casa do namorado sem ser incomodado pelo chefe da casa. Obviamente que isso só teve a oportunidade de acontecer devido ao horário que os garotos chegaram.

Era próximo das 4h da manhã, estavam exaustos e com seus tímpanos a ponto de explodir pela música alta que tocou a noite inteira. Jeon teria aula pela manhã, mas acabou não conseguindo levantar, ignorando o despertador várias vezes seguidas. Seus olhos ainda estavam muito pesados quando ouviu o celular tocar pela primeira vez, então achou mais apropriado pegar o conteúdo com Yeonjun do que ir para universidade com uma dor de cabeça latente, sem qualquer capacidade de raciocinar ou entender o assunto que iria estudar, mesmo lembrando que noite passada, ao ligar para Soni-ah, ela exigiu que ele fosse à universidade na manhã seguinte, pois todas as faltas que Jeongguk possuía nas cadernetas tinham relação com os dias em que resolvia dormir na casa de Taehyung, que, ironicamente, era bem mais perto da universidade do que a sua.

Ontem, após ter tido uma breve conversa com Taehyung sobre se sentir inseguro pela majestosa beleza de Jung Hoseok, voltaram ao salão do Influenza e Jeongguk até que ajudou o namorado com seu serviço. E no intermediário disso, acabou conversando um pouco mais com Hoseok, descobrindo que ele possuía um apelido fofo e era mil vezes mais gentil e contagiante do que Gguk esperava. Além de belo, tinha uma ótima personalidade e uma alma fervorosa. Sobretudo, isso não fazia dele um amigo... Não enquanto estivesse interessado no Kim.

Jeongguk podia não ter certeza a respeito disso, mas sua intuição gritava dentro do peito e... Ele não se lembrava da última vez em que sua intuição falhou.

Já beirava o meio-dia quando Taehyung piscou os olhos pela primeira vez desde que jogou-se na cama. O sol lá fora já deveria estar bem forte e isso ficava cada vez mais explícito quando as luzes adentravam as frestas da cortina azul claro que sua mãe insistia em colocar sempre que podia ou lembrava. Seus olhos ainda estavam pesados, só que não sentia-se mais apto a dormir, então tentou esticar os membros para alongá-los e, quem sabe, ter coragem suficiente para levantar da cama. Porém, ao esticar um dos braços, sem querer acertou a bunda de Jeongguk, que estava agarrado a um travesseiro, tendo outro por entre as pernas. Tae não conseguia ver, mas seu namorado babava sem parar no lençol de algodão egípcio que sua mãe trocara dois dias antes. Devagar, virou o corpo para o mesmo lado onde Gguk estava e tocou, suavemente, aqueles braços branquelos e nus, aconchegando-se para mais perto, sentindo a temperatura quente que emanava do corpo dele automaticamente se magnetizar com a sua.

Assim que sentiu que algo estava encostado contra seu corpo, Ggukie mexeu-se, devagar, dando um leve gemido que Tae comparou ao ronronar de seu gato, que não ousou se aproximar da cama hoje por sentir a presença estranha que estava nela. Digamos que Binho não era muito amante de outras pessoas que não fosse seu dono.

— Acorda, dorminhoco — sussurrou, com a voz tão aveludada que soava como uma melodia.

— Mais duas horas, por favor. — Pediu, manhoso, com o rosto enterrado no travesseiro.

Até a Última Gota de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora