Miyuki: em minha defesa, a música combina muito com essa parte da fic, e ela faz parte da trilha sonora da fic. Fiquem a vontade pra ouvir
Tanjiro dormiu comigo essa noite, ele sabia que eu não conseguiria dormir essa noite se ele não estivesse lá. No dia seguinte, contamos sobre o que aconteceu e descobrimos que a doutora que estava me acompanhando na Gravidez havia feito de propósito pra não ir trabalhar todo dia. Eu não era a primeira a passar por aquela mulher e depois ter um filho morto
Tudo só dava errado pra mim e a vida não fazia mais sentido nenhum. Mas eu teria que ser forte pra lidar com os acontecimentos da minha vida. Andei tendo um pesadelo que me assombrava todos os dias, estava num lugar completamente preto estava ecoando um choro de bebê. E de repente o chão estava cheio de sangue se transformando num mar de sangue e era como se alguma coisa estivesse me puxando para baixo
E eu morri. Morri afogada num mar de sangue. Quando mais eu tento fechar as feridas, mais elas se abrem. Todos os dias eu tenho uma vontade imensa de morrer, e isso ficava atormentando a minha mente e sempre tinha uma voz dizendo
" Qual é o sentido da vida? Passou 18 anos de sua vida sendo daltônica, sofrendo bullying, sendo alvo de preconceito, alvo de brincadeiras de mal gosto. E agora finalmente que consegue ver a cor que tanto queria, mais e mais desgraças acontecem com você. Era como se esse tipo de coisa começou a acontecer, depois que viu a cor amaldiçoada. Perdeu sua irmã mais velha, e perdeu um filho. Devia morrer pra todo esse sofrimento acabar tudo de uma vez"
Mas sempre também, tinha outra voz que dizia
"Apesar de tudo o que está passando e passou, agora você tem alguém que te ama, e você ama de volta. Você é rodeada de pessoas que te querem ver bem e sempre estarão com você na alegria e na Tristeza. Seu coração só está machucado e quanto mais se afastar das pessoas só irá te deixar mais sozinha.
Era sempre isso que estava em minha cabeça. Mal saí do quarto, fiquei apenas com os meus desenhos.
Além disso respinguei umas gotas de tinta vermelha no desenho. Recebi diversas mensagens da Nezuko tentando me ajudar, mas mesmo assim não conseguia me sentir bem
Nezuko era uma ótima amiga, mas muitas vezes pensei em sair do país pra viajar e conhecer o mundo pra distrair minha cabeça. E especificamente iria primeiramente a Amsterdã pois é lá minha prima, Kanzaki Aoi, morava. Estudávamos na mesma escola quando tínhamos 13 anos e ela sempre estava comigo
Estive chorando muito frequentemente, como era capaz de existir pessoas cruéis no mundo, a ponto de matar o filho de uma mulher por não querer a mínima responsabilidade em sua profissão como médico?
Então porque... Porque ela escolheu essa profissão? Status e dinheiro obviamente. Não me caía a ficha de que a doutora me passou remédios falsos só pra matar meu filho. O motivo era claro sobre o pq ela fez isso, ela não queria ter responsabilidade na minha gestação. Meu corpo está vivo, mas a minha alma não... Eu estou morta por dentro
Eu me tornei o Fiuk.
Enquanto eu desenhava, senti as lágrimas descerem pelo meu rosto de novo. Ando muito emotiva e não durmo a dias e então ouvi alguém bater na porta e logo eu atendo
- Oi Shinobu - Ela entra em casa
- Eu vim saber se você tava precisando de alguma coisa, já que a perda do bebê... Enfim, te deixou nesse estado
- Eu preciso de um abraço da minha irmã agora - Minha voz falhou
- Vem cá - Nós nos sentamos no sofá e ela me abraçou. Em seguida fez carinho nos meus cabelos, até eu adormecer. Eu precisava ser forte e resistente... Meu coração estava muito abalado e não sei se me recuperaria tão cedo
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𝐀 𝐂𝐎𝐑 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑
FanfictionKanao Tsuyuri, era uma jovem que sofria de daltonismo, uma doença que faz as pessoas não enxergarem uma cor específica, no seu caso, a cor vermelha nem suas variações Kanao não tinha cura... mas o que o médico disse quando ela era pequena havia dito...