Depois de Ver... Sonhos Engavetados

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Sabe aquele sonho que tinha? Aquele que você me assistiu construir, pedaço a pedaço, madrugada a madrugada?

Pois é, tirei do bolso. E pus na gaveta da cômoda. Junto com os livros empoeirados de psicologia, os textos de teatro, os roteiros de filmes e poemas velhos.

Adiei para mais nunca, o caminhos desbravadores do mapa que fizera em outros tempos.

No bolso, punha as contas do mês, a prestação da casa, as mãos que não fazem mais artesanato. Que mal fazem mais músicas, que mal se mexem além de digitar linhas e linhas de códigos e formulas no teclado.

Assisto agora a tudo de cima do muro. Eles venceram. Os moldes me alcançaram. O sinal se fechou. A rotina me prendeu.

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