Queria eu ser metade do que sou aos olhos dos outros.
Ser inteligente, forte e simpático. Ser engraçado, estúpido e forte. Corajoso ao extremo.
Queria eu, não chorar a noite por medo, não sofrer a falta. E saber resolver todos os problemas meus e do mundo.
Queria ir em busca dos sonhos.
Ao olhar alheio, sou mais cruel, mais capacitado, mais desalmado e até com mais conhecimento que muitos violões dos quadrinhos.
À outros olhares: tão forte, benevolente, galante e poderoso, como os mocinhos de filmes de TV.
Como queria ser este ser, vezes tão benevolente, vezes tão cheio de si, tão confiante e firme.
Queria eu, ser um extremo qualquer em um mundo de meios termos.
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Janelas
PoesiaUma pequena parte do mundo pela visão de alguém que o conhece mais do que devia e menos do que queria.