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No dia seguinte, Augusto não compareceu à escola. Imaginei o porquê, ele estava virado em restos, sem ofensa. Ok, com ofensa. Depois da escola até dei uma espiada na rua 6 para ver se ele estava ali e nada, só havia uns outros meninos lanhando umas gatinhas.

No outro dia, estávamos na hora do intervalo, eu, Lari, Nara, Arthur e Lara. Estávamos em um canto qualquer do pátio da escola colocando papo fora. Nara sempre fazia suas piadinhas, enquanto Lari revirava os olhos com as babaquices, mas eu e Lara sempre caíamos na gargalhada, era impossível não rir.

Em seguida, senti alguém passar rápido por mim e deixar um perfume maravilhoso no ar, eu conhecia aquele perfume, olhei a fim de encontrar a tal pessoa e quando me dei conta, Victor já estava distante.

- Você viu aquilo? - Nara perguntou incrédulo.

- Aquilo o que? - Perguntei e ficamos esperando a resposta.

- Augusto, aquele cara novo que trabalha aqui na escola, estava com um olho roxo e um machucado no supercílio, acho que alguém andou apanhando. - Me fiz de surpresa.

- Sério, nem percebi. E você, Lari? - Perguntei.

- Eu também não. E você, Lara? - Lari perguntou.

- Não vi nada. E você, Arthur?

- COMIDA! - Arthur gritou ao ver uma pessoa qualquer passar com um pastel do nosso lado, e claro, ele foi atrás. Rimos. Arthur era aquele típico gordinho que só tinha uma prioridade: comer. Ah e os estudos também, porque ele era uma nerdzão.

Enquanto eles conversavam, eu viajei em minha mente, eu precisava fazer algo, algo perigoso. Ir atrás de Victor e perguntar se ele estava bem. Não que eu me preocupasse e tal...

- Gente, já volto. É rapidão. - Falei me afastando do grupo.

- Onde você vai? - Lari perguntou, mas eu já estava distante.

Saí do pátio da escola e quando me deu conta já estava nos corredores da mesma. O procurando, merda. Eu não deveria, ele não era importante para mim. Parei e dei meia volta. Mas já era tarde demais.

- Tainá? - Ouvi aquela voz me chamar, virei-me novamente. - Me procurando? - Augusto sorriu de canto, um sorriso malicioso e debochado.

- Claro que não. - Menti. - Por que eu te procuraria?

- Por prazer... - Ele disse e piscou.

- Não sonha, Augusto. Eu só estava indo ao banheiro. - Menti novamente.

- Engraçado, porque o banheiro fica para lá. - Ele disse apontando. - E você estava na direção contrária. - Ele disse chegando mais perto e semicerrando os olhos.

- Sério? - Me fiz de boba. - Mas agora eu vou para a direção certa, se você não tivesse me avisado, eu faria xixi nas calças. Muito obrigada. - Falei enquanto virava para ir em direção ao banheiro, mas então, senti um puxão super forte em meu braço e quando percebi eu estava cara a cara com Augusto.

- Ah, Tainá... - Ele sussurrou passando os lábios na parte lateral de meu pescoço, me arrepiando e fazendo minha parte íntima dar sinal de vida. - Você estuda nesta escola desde que se conhece por gente, óbvio que sabe onde fica o banheiro. Você mente super mal. - Ele riu pelo nariz. - Sem contar que essa direção que você estava indo é da sala onde eu estava. - Eu não sabia onde ele estava, isso era verdade.

- Hm, acontece né?! - Falei indiferente, olhando em volta disfarçando, só havia nós dois naquele corredor. Ninguém podia nos ver.

- Ok, diga o que você quer. - Ele disse mandão, se afastando de mim e cruzando os braços, ele era muito gostoso, puta que pariu.

Possesive - TainactorOnde histórias criam vida. Descubra agora