Son Of A Bitch

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- SOCORRO. - Gritei ao acordar em um lugar totalmente escuro. - ME TIREM DAQUI, SOCORRO. - Fiquei sentada no lugar macio em que antes eu estava deitada. - ME AJUDEM, EU NÃO QUERO FICAR AQUI, SOCORRO.

- O que aconteceu, Tainá? - Vi alguém entrar pela porta e levei às mãos ao rosto por causa da claridade que quase me cegou. - Calma, eu estou aqui. - Percebi que era Victor e uma sensação de alívio me percorreu, ele ligou a luz e pude perceber que eu estava em seu quarto.

- Porra, Augusto. - Reclamei levando as mãos ao peito. - Por que você deixou tudo escuro? - Victor sentou-se ao meu lado e me envolveu.

- Só fui levar o médico até a porta. - Ele disse e eu estranhei.

- Médico?

- Sim, você ficou um bom tempo desmaiada, Lari achou melhor chamar um médico. - Ele me deu um selinho. - Porra, Tai. Nunca mais faz isso comigo, nunca mais vou deixar você sair de casa sozinha. - Até então, eu não lembrava direito o que havia acontecido, mas logo minha memória começou à clarear e veio em minha cabeça a imagem de três homens atirados no chão mortos, no caso, Alef, Leandro e Wilson. Eu ainda me sentia completamente assustada. Me agarrei fortemente em Victor e caí em lágrimas. - Caralho, Tainá. Não chora, eu não sei lidar com essas coisas. - Ele disse de uma maneira grosseiramente fofa, fui obrigada á dar um sorriso. - Mas seu sei o que fazer. - Victor disse e grudou seus lábios nos meus, me dando um leve beijo lento que teve o dom de me deixar melhor. Sequei as lágrimas e sorri para ele.

- Você disse sobre Lari... ela... ela está aí? - Perguntei.

- Infelizme...

- TAI? - Lari entrou no quarto gritando. - AMIGA, VOCÊ ESTÁ BEM? AI MEU DEUS. - Ela praticamente se atirou em cima de mim, vi Victor fazer uma cara nada agradável. - Quando Bradoock me contou do sequestro eu não sabia o que fazer e aí... - Lari caiu em um choro intenso.

- Calma, eu estou bem. - Lhe dei um abraço.

- É, eu salvei ela. - Victor se pronunciou.

- Era o mínimo que você poderia ter feito, seu pamonha. - Ela o xingou.

- Ah é? E se eu não fosse a salvar, você iria?

- Eu iria, porque ela é minha melhor amiga.

- Para início de conversa, você nem acharia o local onde ela estava, porque você é burra.

- Burra? Olha o respeito comigo. - Os dois entraram em uma discussão sem fim e eu fui até o banheiro ver como estava meu estado, eu não estava com a roupa de antes, agora eu vestia meu pijama favorito. E meu rosto tinha alguns curativos.

- Quem mudou minha roupa? - Saí do banheiro e perguntei, os dois pararam de discutir e puseram sua atenção em mim.

- Eu. - Victor disse. - Ou você acha que eu iria te deixar com a camiseta daquele mané? - Victor disse. - Alias, eu quero saber tudo o que aconteceu lá, Tainá. Você estava sem sutiã. - Estremeci e logo aquelas cenas horríveis vieram em minha cabeça, comecei á passar mal, me estômago embrulhou.

- Não quero falar sobre isso, Victor. Não são boas memórias.

- Tainá, se eu pudesse, eu matava Steffan novamente, porque eu acho que ainda não foi o suficiente para tudo o que ele te fez. - Ele chegou mais perto e começou a passar suavemente seus dedos pelas marcas que tinham em meus braços, em seguida levou sua mão até meu rosto e começou a acariciá-lo, tomei coragem e olhei nos olhos de Augusto, eles estavam marejados.

- Eu vou matar esse filho da puta de novo, ele merece morrer mais umas mil vezes. - Ouvi a voz de Lari, ela estava furiosa.

- BRADOOCK. - Augusto gritou e logo aquele capeta apareceu.

Possesive - TainactorOnde histórias criam vida. Descubra agora