Capítulo XVI

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OBS: Como eu disse, incluí bastante coisa no enredo, haverá um grande acontecimento no rumo dessa história. Eu nunca li os livros só para esclarecer, me baseio na série e nas pesquisas. Como criei minha própria versão, acontecerão coisas inusitadas. Jessie vai trazer novos horizontes espero que gostem.

Jessie Carstairs

Comemos em silêncio, fiz um prato especial que aprendi na aula de culinária. Depois ficamos no quarto dele jogando conversa fora, a todo instante fiquei olhando o celular, estava com um pressentimento ruim. Simon sempre atende o celular, ele fica com o aparelho grudado nele a todo momento.

- Aconteceu alguma coisa? - Alec perguntou chamando minha atenção. - Está muito tensa.

- Não, mas estou com pressentimento que vai acontecer. - Falei e peguei a bandeja vazia me levantando. - Vou ver como está a Clary, eu acabei nem conversando com ela depois que cheguei.

Alec segurou meu braço antes que eu fosse. Virei meu rosto somente para ser abraçada e beijada, ele foi calmo, entrelaçando os dedos nos meus cabelos. Fui cedendo e acabei soltando a bandeja de lado para tocar na regata dele, amassei o tecido correspondendo. Apertei o corpo contra dele e quase caí quando ele soltou um gemido rouco e contido dentro da minha boca. O som mais estimulante que já escutei.

- Se quiser ver quem quer que seja, é melhor ir agora... Ou não deixarei você sair desse quarto. - Ele se afastou sugando uma respiração e virou de costas buscando mais ar.

Quando eu estava preparando uma resposta, meu celular começou a tocar. Saí atendendo e ouvi apenas ofegos.

- Me entregue logo se não quiser que seu amigo tenha a maldita cabeça decapitada! - A voz raivosa ordenou áspera.

- Eu não estou com ele, não estou, por favor solta o Simon... - Clary estava chorando desesperada.

Minha boca abriu, corri para o quarto dela em silêncio e permaneci na linha. Me deparei com ele intacto, apenas a pulseira da Clary no chão perto da cômoda. Soltei um série de resmungos mundanos, Jace me daria um belo sermão se escutasse.

- Não se faça de idiota, me dê o cálice se não quiser que eu mate seu amigo. Eu não faço ameaças vazias, acredite. - Não precisei ser gênia para adivinhar que era um membro do ciclo.

- Eles estão vindo. Eu já falei que não tenho o cálice, droga! Nós vamos todos morrer se você não nos soltar. Esse galpão está cheio de demônios. - Clary falou amedrontada.

Preciso de uma dica, só uma dica, eles estão em apuros. Procurei dentro da bolsa de Clary e não achei a carta com o cálice, ela só pode ter enlouquecido, se estava mantendo aquela carta aqui dentro.

- P-porque acha que a terceira rua do Brooklyn é uma das menos movimentadas? Demônios e demônios. - Simon falou gaguejando, compreensível, na ponta de uma lâmina muitos tremem.

Por isso que eu te amo Simon! Esperto.

Desliguei o celular e coloquei  no casaco, espero que Clary já saiba tirar o bendito cálice de dentro da carta. Mandei uma mensagem de fogo para Izzy e Magnus, pulei a janela do quarto correndo disparada. Eles vão saber o que fazer, até lá preciso correr ou Simon vai se machucar já que Clary não pensa em entregar o cálice tão rápido.

Não vou entrar pela porta da frente como uma desesperada, agir seguindo a emoção pode nos matar. Não posso ser pega em uma armadilha, obviamente Clary cometeu esse erro ou foi pega dentro daquele quarto.

Sem nada quebrado, nada fora do lugar. Isso me leva a pensar que abriram um portal até lá, alguém que já esteve no Instituto. Um feiticeiro. Ou ela achou que poderia salvar Simon sozinha.

LOST - Alec Lightwood (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora