Capítulo XXIV

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Jessie Carstairs

Sentia falta de Alec, não daquele que estava comigo a poucos minutos. Queria que ele não me escondesse as coisas, sei que não posso exigir nada dele assim. Mas confiamos um no outro... Eu não sei o que pensar.

Agora descobri que tenho a graça da minha mãe, e sem saber prometi ao meu pior inimigo o que ele mais desejava. Jace estava ferido, precisávamos voltar, com ou sem Valentim.

Magnus abriu o portal, dei instruções para mantê-lo fechado assim que todos atravessassem. Se mais demônios como aquele passassem a dimensão estaria desprotegida, sem Shadowhunters, sem morte para o demônios de Edom.

Agora estou pensando no que vou fazer. Clary está cuidando de Jace com Magnus. Ele ficou mal, a runa Iratze não queria funcionar. Previsível.

- Minha guitarra pelos seus pensamentos. - Simon falou encostado na varanda de Magnus. - Você voltou muito pensativa.

Olhei meu parabatai com um sorriso nervoso, eu não esconderia nada dele. Odeio mentir, e para Simon seria pior ainda.

- Eu descobri... Sobre minha família, Simon. - Comecei olhando as ruas calorentas desertas do Brooklyn. - Minha mãe era uma caída, aquela luz angelical de quando curei você, não foi a adrenalina do momento, eu tenho graça angelical. E para completar, prometi me juntar a Valentim, algo que vou fugir até onde me for permitido, não vou deixar ele machucar ninguém.

Simon fez o que podia no momento, ele me abraçou, estava tenso.

- Conhece aquele homem que Jace e Clary encontraram? - Simon questionou tenso.

Levantei a cabeça sem entender, que homem? Um desconhecido... Me afastei de Simon cruzando os braços.

- Está aqui na casa do Magnus? Preciso ver de quem se trata. - Perguntei estreitando os olhos.

Não, eles não são tão loucos a ponto de colocar alguém que saltou no caminho deles do nada, dentro do apartamento de Magnus.

- Não, aquele é o pai de Jace. - Simon respondeu gesticulando.

Esbugalhei os olhos.

- Oque? O senhor Wayland voltou?

- É bizarro, foi o que Clary me disse. - Ele respondeu. - Ele foi descartado por Valentim, alegou que sabe onde está Jocelyn e pode ajudar a resgatá-la.

Como esse cara ainda está vivo? Valentim não é estúpido, deixar um dos seguidores dele vivo para contar seus planos. Sendo que a pouco tempo Izzy me disse que um deles se matou para não revelar a carta na manga que Valentim tinha. Neguei com a cabeça.

- Não podemos confiar nele, ou ele é muito sortudo ou trabalha para Valentim. - Falei entrando pensativa.

Clary correu em minha direção com o celular na mão. Ela estava eufórica. Incrédula me preparei para dar um sermão sobre não confiar no primeiro estranho que vê, porque está desesperada para resolver um problema.

- Clarissa. - Falei séria. Ela olhou para os lados, procurando um foco.

- Não temos tempo agora, a Izzy precisa de ajuda. - Disse frenética. - O julgamento dela está acontecendo agora, Magnus foi até lá para montar sua defesa.

Oque está acontecendo? Eu não sei de porcaria nenhuma! Bufei resistindo a vontade de gritar palavrões.

- Que julgamento? Eu quero cada maldita informação sobre o que está acontecendo naquele instituto, dentro, fora, do lado, na esquina. E aproveite para incluir sobre seu amigo, que pulou de paraquedas na sua frente e você saltitou segurando a mão dele como se o conhecesse só porque ele sabe onde está Jocelyn! - Estava puta da vida, ela não poderia fugir.

LOST - Alec Lightwood (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora