• 𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓓𝓸𝓲𝓼 •

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Estava paralisada enquanto encarava o pequeno garoto em minha frente, seu rosto completamente sujo de terra e assustado, suas roupas com as cores desbotadas e sujas também, suas mãos tremiam enquanto segurava uma pequena faca, podia ver o medo em ...

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Estava paralisada enquanto encarava o pequeno garoto em minha frente, seu rosto completamente sujo de terra e assustado, suas roupas com as cores desbotadas e sujas também, suas mãos tremiam enquanto segurava uma pequena faca, podia ver o medo em seus pequenos olhos castanhos escuros, mas o alívio de me ver ali diante de seus olhos, sem esperar mais um segundo, caminho devagar em sua direção e me agacho em sua frente.

— Está tudo bem, pode soltar essa faca. -, digo segurando a lâmina e ele negou com os olhos marejados.

— Vamos sair daqui, eles podem tentar… -, coloco meu dedo indicador entre seus lábios e suspiro.

— Eles não te farão nada, pode me dar. -, ainda relutante, ele acaba me entregando o objeto cortante e o aguardo no meu bolso, cuidadosamente pego Yuri em meus braços e ele repousa sua cabeça sobre meu ombro.

— Nee-san que bom que te encontrei! -, diz e acabo sorrindo minimamente, as pessoas ao redor nos olhavam e só queria sair dali, entrei em meu dormitório.

Todos os dormitórios da vila são feitos de madeira, todos improvisados, mas eram até confortáveis e ao menos tínhamos nosso próprio canto para descansar. O meu tentava organizar o máximo, mas era quase impossível, haviam armas por toda parte, além de algumas botas e outras coisas, mas não era tão bagunçado assim.

— Beba isso. -, digo entregando uma garrafa com água para ele, Yuri estava sentado sobre minha cama e parecia bem cansado, como se não dormisse a alguns dias. — Onde você esteve todo esse tempo?

— Eu não sei, apenas consigo lembrar de estar naquela coisa vazia e escura, fiquei com medo. -, diz enxugando algumas lágrimas de seus olhos.

— Entendi. Tente dormir um pouco, daqui a pouco uma moça vem aqui e ela vai te examinar. -, aviso e ele segura meu braço.

— Como assim? E pra onde você vai? -, pergunta e vejo que estava tremendo.

— É que as coisas não são mais como eram Yuri e eles precisam saber se você está bem, enquanto ela não vem, preciso que você durma um pouco, quando acordar estarei aqui e irei trazer algo para você comer.

— Não me deixe sozinho, nee-san! -, súplica e abraça minha cintura.

— Eu preciso resolver umas coisas e você tem que ficar aqui, promete que vai se comportar e dormir? -, ele assente e me levanto indo até a porta, paro por um instante e olho para Yuri que estava deitado encolhido, suspiro e saio do meu dormitório.

Assim que piso do lado de fora, Dangelo aparece em minha frente, ele parecia preocupado e até mesmo irritado.

— Kurome quem é aquele garoto? -, questiona e fecha a porta.

— Ele se chama Yuri e é meu irmão caçula, algum problema? -, questiono sem paciência e o encaro de forma preguiçosa.

— Você sabe, alguns dos que vieram pela caixa estavam infectados, não podemos arriscar. -, retiro minha faca do bolso e lanço ela na árvore perto de nós, fazendo todos que estavam próximos se assustar e pararem para olhar.

— Faça quantos exames quiser nele, mas você verá que ele não está infectado, caso contrário, eu mesmo vou matá-lo! -, digo severamente e caminho até a árvore, retirando a minha faca. 

Comecei a procurar pela Koharu, mas não conseguia achar aquela garota em nenhum lugar, engraçado que quando não quero que ela apareça, ela surge do nada, mas quando se precisa desaparece.

— Alya você viu a Koharu? -, pergunto pra ela que estava a fazer uma nova espada.

— Ela está lá dentro. -, assenti e passo pelas cortinas vendo Koharu estava preparando algo.

— Preciso te pedir um favor. -, digo e ela sorri me encarando, ela solta um martelo.

— O que precisa? -, questiona.

— Amanhã, eu vou partir para o labirinto, então preciso que reúna 2 dos seus melhores homens. -, digo seriamente.

— Entendi, capitã. Aliás, quem é o garoto? -, suspiro pesadamente e aceno com a mão.

— Faça o que pedi e esqueça isso. -, digo saindo de lá, passo por Alya e aceno para ela.

— Tchau, Capitã. -, diz e vou até a cabana de reunião.

Confesso que aquela sala estava mais bagunçada que meu dormitório, então foi bem difícil achar alguns dos papéis que precisava, por isso, acabei desistindo de procurar e fui até o mapa do labirinto que construímos, observo atentamente.

— Seja lá o que tiver acontecendo com eles, preciso trazê-los de volta, vivos ou mortos...

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