• 𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 𝓓𝓮𝔃 •

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[Ahmya]

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[Ahmya]

Meu dia de trabalho começou logo cedo hoje, diferente dos outros dias que acordava um pouco mais tarde, a aldeia estava bastante agitada por conta dos recém chegados, alguns homens ficaram de cuidar dos alimentos e outros com os carregamento, já as mulheres, fiz questão de que a Kurome treinasse cada uma e alguns dos molengas que tinha na vila, poderia dizer até que ela se saiu bem, afinal, dar 100 voltas em torno da vila realmente é algo incrível, ainda bem que não estou na peles deles.

Olhei em meu relógio quebrado que pendurei na parede da enfermaria, já se passava das 4 horas da tarde, estava exausta por ter que cuidar de todos, talvez a comida apimentada do Jack me deixe acordada. Estava prestes a sair da ala quando ouvi um grito, corri na direção de onde veio o barulho e vejo Koharu acordada e suando.

— Você quase me matou do coração, depois dessa acho que estou muito bem acordada! -, digo repousando minha mão sobre meu peito.

— Eles estão aqui, não é? -, questiona e me aproximo dela, toco em sua testa e vejo que ela estava suando frio.

— Você teve um pesadelo, apenas respire fundo. -, respondo, me afasto e começo a procurar um sedativo.

— Era tão real… -, sussurra e paro de procurar.

Acho que todos que estão presos nessa merda de labirinto passam pela mesma coisa, os pesadelos perseguem a todos, não conseguimos lembrar nitidamente do nosso passado ou quem nos colocou aqui, mas sabemos que há algo que compartilhamos: o medo. Não importa o quão durão você seja ou o quanto você negue, dentro de si, sabemos que tem medo do que pode acontecer amanhã ou medo de que nossos pesadelos se tornem reais.

— Você não é a única. -, admito e encaro seu rosto. — Não é a única que tem medo ou tem pesadelos, todos nós temos.

— O que você faz pra não surtar com isso? -, pergunta e suspiro, segurando uma toalha, molho ela e encosto na testa da mesma, me sento ao lado da cama e conto.

— Sinceramente, eu aprendi que se continuar a sentir medo de algo não me ajudará em nada, não vou mentir pra você, eu tenho medos, inseguranças e preocupações, como qualquer um aqui. -, paro de falar e retiro a toalha de sua testa, molhando-a um pouco e colocando de volta. — Mas, se tem uma coisa que eu digo muito é: ou a gente cuida da mente, ou a mente acaba com a gente.

— Entendi. -, diz, pego o sedativo e aplico.

— Você precisa descansar, a labirinto quer te ver bem logo! -, ela sorri e fecha os olhos aos poucos.

— Vou melhorar logo… -, sussurra antes de apagar por completo.

— Sabemos que vai. -, digo, levanto e deixo a enfermeira.

Assim que saí de lá, fui direto para a taberna do Jack e só pensava em seu delicioso kimchi, estava morrendo de fome e não via a hora de chegar, faltava algumas pequenas casas, mas já consegui sentir o cheiro.

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