antologia

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Eu fecho a porta, e fecho as janelas,Me deito no chão,Não quero nada aqui dentro

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Eu fecho a porta, e fecho as janelas,
Me deito no chão,
Não quero nada aqui dentro.
Não sinto vida dentro de mim
Me deixa aqui sozinha
Não quero ar, nem luz,
Não quero nada aqui dentro se você não estiver aqui.

— Morte—

Quando o amor morrer.
Enrole o corpo em um lençol de flores
Coloque em um barco de madeira e,
Embebeda com lágrimas
Cante uma canção de adeus
Deixe as cinzas se misturar nas águas, nas pessoas, e no ar
Tranque com um cadeado,
E quando a saudades vier, olhe a volta, nas águas, em cada rosto ao redor, e no ar.
Que o reencontrará.

— Luto—

Não é que eu não te ame.
É só que…
Quero sentir um amor que me consome
O tipo de amor que nem a morte poderia apagar
Que me eleva e ilumina.
Que queima em minhas veias e completa minha alma
Abala minhas estruturas, faz meu coração explodir em excitação e ansiedade
Que me leva a cometer as loucuras mais deliciosas,
O tipo de amor irracional que pega minha razão e esconde no caixote de lixo para eu nunca mais encontrar.
Esse tipo de amor

—Intenso—

Ser permissível para si é a maior gloria de existir
Não parar no tempo e se lembrar quem é.
Não deixe a tristeza te engolir e te cegar.
Não entregue para alguém tudo de você mesma.
Deixe uma pequena parte de si para te segurar
Quando outro amor volúvel se desfazer como poeira.
Lembre-se que é seu copo e só você pode encher até transbordar
Sempre existe uma estrela que brilha mais forte no meio de um céu escuro
Nada dura para sempre.
Assim como essa dor não vai durar.

—Esperança—

Você foi embora e meu coração se quebrou no peito.
Você apagou o sol e levou o ar.
E em troca deixou suas mãos tatuadas no meu corpo.
Hoje eu me olhei no espelho e não me reconheci sem você.
Você era o meu tudo, meu melhor amigo, meu amante e meu mundo
E agora foi embora,
Foi como se enfiasse uma faca em mim,
E o mundo estivesse girando em espiral a minha volta
A angústia me comesse viva.
A dor corresse como rio nas veias, mas não encontrava leito para desaguar.
Eu não consegui te seguir, porque você era também minha força
Minha ferida está aberta
Estou olhando para meu coração desfeito no chão do quarto.
E tudo que eu quero é gritar para mim mesma,
Hei, o que você estava pensando?
Porque você fez isso?
Nunca deveria ter dado tudo de você para alguém, como deu para ele.
Eu sei disso.
Mas eu continuei presa a você com correntes pesadas
Querendo algo que você não pode dar,
E, no entanto, o mundo gira, o dia se vai, a noite chega e o desespero aperta. 
Ele é como aquele cigarro que eu só quero fumar só mais uma vez.
Não deveria querer. 
Eu digo sempre que vou te deixar ir.
Mas na hora de te largar meu corpo fica fraco.
E na hora que você liga, eu sei que vou sem olhar para trás.
É uma doença.

—Vício —

Por: Kath Mussagy

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