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JOSH BEAUCHAMP

Entrei no quarto de minha mãe e suspirei ao vê-la sentada olhando pela janela. Ela fazia muito isso ultimamente, fazia somente alguns meses desde a morte do meu pai, quase um ano e não entendia o que uma mulher tão doce como ela podia amar um homem como eu.

Meu pai ele era frio e calculista, só preocupava com a empresa, nunca deu atenção a família, ou a própria esposa que agora sofria sua ausência, passei a mão pelo cabelo e fui até sua cama sentando na beirada e segurei sua mão.

— Oi mãe. — Ela se virou lentamente para mim e sorriu, seu rosto se iluminou ao me ver e sorri.

— Josh querido. — Ela tocou minha bochecha e sorri para ela.

— Mamãe, como está?

— Estou bem, e você querido?

— Estou bem, trabalhando como sempre. Vim lhe fazer um convite.

— Oh mais isso é maravilhoso. O que é?

— Que tal me acompanhar em um passeio, podemos almoçar. — Ela sorriu animada.

— Oh seria maravilhoso meu querido, mas... — Ela hesitou e apertei sua mão.

— O que foi?

— Você vai gastar seu tempo com uma velha como eu? — Eu ri e beijei sua mão.

— Não seja absurda Sra. Beauchamp,
seria maravilhoso se me acompanha-se. — Falei brincando.

— Eu com certeza, afastarei as moças do seu pé.

— Isso será melhor ainda. Você é a única mulher que me importa. — Seus olhos brilharam.

— Então irei me arrumar.

Beijei suas mãos e sai do quarto, para lhe dar privacidade, poucas coisas animavam Úrsula ultimamente. Sair comigo era uma delas, e eu fazia sempre que possível.

Eu na verdade não precisava de mulher nenhuma... imediatamente a imagem da mulher da biblioteca me veio na mente, a morena que me levou a loucura.

A porta do quarto de minha mãe se abriu e tentei empurrar sua lembrança para o fundo da minha mente. Eu não precisava de mulheres em minha vida. Eu as devia evitar, era o melhor.

— Algo errado querido? — Minha mãe me olhou com preocupação e sorri estendendo o braço para ela.

— Nada, só imaginando aonde a levaria.

— Oh querido, qualquer lugar com você será perfeito. — Beijei sua testa e segui para as escadas.

— Iremos nos divertir.

(...)

Esfreguei o pescoço enquanto entregava a chave ao manobrista, entrei no clube privado, aonde me encontraria com Aro Volturi, ainda irritado pela escolha do lugar.

Cheguei mais perto do local e dei meu nome ao segurança.

— Por aqui Sr. Beauchamp. — Um homem de terno preto me guiou por um longo corredor.

Em seguidas entramos em uma sala ampla, aonde tocava um jaz suave, o ambiente era bem decorado em tons branco e preto, alguns sofás e pufs e poltronas, no fundo havia um bar, e alguns garçons circulavam levando bebidas aos homens e mulheres bem vestidos, olhei em volta e não demorei a ver Aro Volturi, os longos cabelos negros presos em um rabo de cavalo, usava um terno cinza chumbo. Caminhei até ele com um sorriso educado.

— Aro.

— Beauchamp. Que bom que chegou. — Apertamos as mãos e me sentei na poltrona ao seu lado, um garçom chegou perto de mim e pedi um uísque.

𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗕𝗜𝗧𝗖𝗛 | 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora