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JOSH BEAUCHAMP

Abri os olhos lentamente, minha visão parecia embaçada e meu corpo doía horrivelmente, me movi desconfortável e respirei fundo, um gemido rouco saiu dos meus lábios ao sentir uma pontada no peito.

Tentei focar minha visão, parecia que estava em um quarto muito branco, respirei fundo ignorando o gemido e tentei me mover, mas senti algo apertar minha mão e só agora notei que alguém agarrava minha mão com força.

Olhei para minha mão, e sorri imediatamente ao reconhecer Any.

Estava confuso e um pouco zonzo, minha garganta estava seca e eu precisava de água. Olhei para Any ao lado da cama e com o rosto pressionado contra minha mão.

— Elly... — Sussurrei roucamente, mas ela nem se moveu, pensei em chamar com mais força, mas eu estava tão cansado, e nesse momento eu só queria dormir, a água podia esperar.

Mas ao olhar Any eu não pude fazer nada a não ser admirá-la, aos poucos as lembranças do que passamos voltou a minha mente e suspirei, será que finalmente havia acabado?

Eu realmente esperava que sim, eu queria mais para mim e Any, e nunca poderíamos ser felizes com Ursula e Gabriel pairando sobre nós.

Ouve uma batida na porta e Any se moveu no seu sono, mas não acordou um senhor de cabelos grisalhos e sorriso simpático usando um jaleco branco entrou e sorriu ao me ver.

— Bom dia Josh.

— Olá doutor. — Sussurrei e ele foi até a mesa ao lado, e me serviu um copo de água.

— Beba um pouco. — Assenti tomando a água devagar e sorri.

— Obrigado.

— Você deu muita sorte rapaz.

— Eu sei. — Olhei para Any e ele seguiu meu olhar. — Ela está bem?

— Sim, nenhum arranhão. Mas muito preocupada com você, ninguém a conseguiu tirar daqui, ohh mulher brava. — Sorri e afaguei seu cabelo.

— Se fosse ao contrário ninguém me tiraria do lado dela também.

— Vocês formam um casal bonito. — Assenti relaxando contra os travesseiros.

— Você sabe o que aconteceu com Ursula e Gabriel?

— Não sei muito, o homem ficou internado algumas horas pelo tiro na perna, a mulher ficou internada também, levou um tiro de raspão no braço, mas já foi mandada para um hospital psiquiátrico.

— Ela está viva? — Sussurrei para mim mesmo, quando ela atirou eu havia pensado que os policiais haviam matado Ursula, mas parece que como diz o ditado, vaso ruim não quebra.

— Sim viva, mas um pouco perturbada.

— Só um pouco? — Bufei e gemi de dor.

— Não se exalte Josh, não quero que você piore.

— Vou tentar.

— Ótimo, eu tenho um casal para visitá-lo lá fora, você acha que está bem para recebê-los?

— É meu primo Noah?

— Isso mesmo.

— Claro, pode mandar entrar.

— Ok, mais tarde virei checá-lo, talvez só fique mais um dia em observação e terá alta.

— Obrigado doutor.

Assim que ele saiu Noah e Sina entraram, acenei para eles, os chamando para entrar. Sina me cumprimentou e puxou uma cadeira se sentando, Noah ficou ao meu lado e apertou meu ombro gentilmente.

𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗕𝗜𝗧𝗖𝗛 | 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora