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JOSH BEAUCHAMP

Olhei para minha mesa com desgosto.

Como trabalhar sabendo o que eu fiz ali, e com quem eu fiz. Passei a mão nervosamente pelos cabelos, os bagunçando.

Essa mulher até quando não estava por perto acabava com minha concentração. Tentei evitar a mesa e olhar para os malditos relatórios, mas nem isso era possível, ainda tinha um pedaço da folha rasgada que me lembrava que havia perdido o numero dela.

Não que eu fosse ligar, mas não gostava da ideia de não poder se eu quiser. Não que eu quisesse.

Merda! Eu nem sabia mais o que queria.

Levantei já me irritando e peguei meus relatórios indo para o sofá, teria que trocar aquela mesa.

Passei o resto da tarde trabalhando no sofá, vendo alguns projetos. Já passava das nove quando larguei as coisas sobre a mesa e peguei meu paletó para ir.

Peguei meu carro no estacionamento, um volvo prata, era um dos meus favoritos e dirigi diretamente para casa. Estava exausto e precisa de cama urgentemente. Pelo horário, Ursula já havia jantado e devia ter se recolhido.

Por sorte e por já ser tarde não tinha transito e cheguei rapidamente em casa, dirigi até o portão colocando a senha, o portão se abriu e guiei o carro até a garagem, o colocando ao lado dos muitos outros que tínhamos. Sai o trancando e coloquei a chave no suporte junto com as outras, segui diretamente para o terceiro andar e me trancando em meu quarto.

Tirei as roupas indo diretamente para o banho, deixei a água quente afastar o cansaço e os problemas. Me lavei rapidamente e desliguei, me enrolando em uma toalha e indo para a cama, me joguei nela como estava e fechei os olhos, no mesmo estante ela veio a minha mente.

O sorriso malicioso, os longos cabelos cacheados, seu cheiro. Sorri deixando sua lembrança me envolver e mergulhei rapidamente no mundo dos sonhos.

(...)

— Eu quero imediatamente Gabriel. — Grunhi do outro lado da linha, as vezes a incompetência de gabriel me exasperava. Por que o mantínhamos na empresa eu não sabia.

Não eu sabia sim. Úrsula.

Ela não me deixava demiti-lo, dizia que meu pai não gostaria que despedíssemos seu irmão. Sim ela tinha razão, mas o velho devia se aposentar! Já que não dava mais conta de suas responsabilidades. Já bastava o peso morto que era seu filho, que só vinha à empresa a passeio.

Farei o possível Josh. — Ele murmurou e quase rosnei.

— Não, quero que faça o impossível, isso tem que estar em minha mesa no máximo na hora do almoço.

Sim senhor. — Ele resmungou e bati o telefone.

— Incompetente. — Cai em minha cadeira massageando as têmporas, a família Beauchamp's ainda me faria ter um ataque do coração aos 28 anos.

Meu telefone tocou e grunhindo o atendi rapidamente.

CHAMADA ON

— Hum?

Senhor Beauchamp? — Suspirei.

— Diga Srta. Stanley?

Tem uma ligação.

— Eu disse que não queria ser interrompido.

Sim, é bem, é mesma moça...

— Que moça? — Meu interesse foi despertado.

𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗕𝗜𝗧𝗖𝗛 | 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora