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JOSH BEAUCHAMP

Continuei ali sentado sem poder acreditar no que ela me dizia. Será que era possível? Minha própria mãe, fazer isso comigo?

Não, não podia ser verdade.

Minha mãe me amava sim, mas como filho. Deus se ela amasse... Isso era doentio, como ela poderia.

Eu quase não conseguia respirar, e meu peito doía o que eu faço?

— Josh? - Ouvi sua voz, e soltei a respiração que nem sabia que estava prendendo, ela me olhava nervosamente e correu até mim.

— Any, me diz que é mentira? — Ela correu até mim e me abraçou, senti lágrimas escorrendo dos meus olhos.

— Oh Josh, eu queria poder... — A soltei a empurrando para longe de mim.

— Não pode ser verdade. — Gritei e ela me olhou como se quisesse me matar mais apenas me mostrou alguns papeis. — O... o que é isso?

— Não está vendo? São cartas.

— Cartas de quem?

— São do seu pai.

— Você falava com meu pai? — As coisas só pioraram.

— Foi só uma. Pouco depois, acho que um ou dois anos depois da morte de
Sofia, ele me mandou uma carta. Foi por causa dela que eu voltei.

— Eu... Por que está me mostrando isso?

— Porque que quando ler, vai acreditar em mim.

— Você disse que não tinha provas.

— E não tenho, são só desconfianças, Sofia e seu pai desconfiavam dela também.

— Any, você entende que se for verdade... se for, ela é minha mãe. — Eu disse.

— Eu sei porra, e você acha que isso é fácil pra mim? eu queria... eu queria que fosse mentira, eu tenho medo por você. Ela é louca — Esbraveja.

— Não, eu...

— Leia as cartas. — Mandou seriamente e esticou as cartas pra mim, e levantei a mão para pegá-las, mas não podia.

E se o que eu lesse ali mudasse tudo.

Abaixei a mão negando.

— Eu preciso ir.

— Josh... — Sua voz tremeu e ela apertou as cartas contra o peito. — Por favor, eu...

— Eu volto. —;Prometi já indo para a porta, ela veio em minha direção, mas neguei. — Não, eu volto, eu só preciso, de ar.

Ela assentiu e eu sai dali o mais rápido que podia. Corri para a garagem e entrei no carro dirigindo o mais rápido que podia para longe dali. Me afastando dali.

Merda! Tinha que ser um engano, minha mãe nunca faria isso, como ela poderia, ela viu como fiquei depois da morte de Taylor e Sofia...

Mas as palavras de Any martelavam em minha mente: "Ela te ama como homem".

Deus! Ela não poderia... poderia?

Isso era doente, nojento um crime. E ainda Any a acusava de matar, matar todos que eu já amei.

Minha mãe.

Parei o carro de repente e estava em frente de casa. Olhei pelas janelas e algumas luzes estavam acesas.

Bati os dedos no volante decidindo o que fazer. Eu podia entrar lá e confrontá-la. Mas e se ela negasse? Ou pior assumisse que Any tinha razão, o que eu faria.

𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗕𝗜𝗧𝗖𝗛 | 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora