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JOSH BEAUCHAMP

Chegamos no meu andar e empurrei a porta da sala do piano, Any me olhou sorrindo e entrou na sala ao lado do meu quarto e foi até o piano.

— Toca pra mim? — Ela sussurrou e fui até o piano abrindo a tampa e me sentei, bati no banco do meu lado e ela se sentou encostando a cabeça em meu ombro.

— Algum pedido?

— Hmmm, nada triste, algo alegre ou sexy. — Ri e pensei por um momento, e toquei uma musica que estava na minha mente há algum tempo, algo que se parecia conosco.

Era melodiosa e intensa exatamente como Any era. Meus dedos corriam velozmente pelas teclas, tentando passar o que ia em meu coração através da musica, quando a ultima nota soou, fiquei quieto olhando o teclado e sorrindo.

Eu não tocava assim desde Sofia.

Olhei para Any que sorriu os olhos brilhantes emocionados, olhando mais atentamente, franzi as sobrancelhas, havia algo familiar nela. Meus dedos foram para suas sobrancelhas longas e escuras, e seus lindos olhos castanhos, como chocolate derretido.

Ela se levantou e ficou atrás de mim, suas mãos vieram para meus ombros e começou a massagear, suspirei jogando a cabeça para trás a encostando sua mão em minha barriga, ela abaixou o rosto e roçou os lábios nos meus.

— Sabe Sr. Beauchamp, você está muito tenso. — Suspirei.

— Eu acho que estou mesmo?

— Por que não me conta o que houve.

— É Gabriel. — Resmunguei e ela riu e voltou a beijar meus lábios.

— O que ele aprontou?

— Ele está aqui hoje. Estou chateado com minha mãe, não entendi por que ela o convidou.

— Sua mãe o convidou?

— Sim, achei que como eu ela odiasse ele. Sempre dando insinuações, e sendo desagradável. Deixando muito claro o que ele quer.

— E o que ele quer?

— A empresa. Ele se sente injustiçado, acredita que tudo pertença a ele.

— Por quê? A empresa não é do seu pai?

— Na verdade era do nosso avô, mas Gabriel não é filho legitimo, por isso o sobrenome e diferente. Meu avô traiu minha avó, e ela não aceitou que ele registrasse Gabriel. Então ele apoiou o filho como pode, pagando estudos, e depois dando um emprego na empresa.

— Nossa, quem imaginaria.

— Sim, e depois que meu avô morreu, e ele descobriu que a presidência ia para meu pai, e ele nem tinha chance disso, acho que acabou se ressentindo. Se sente injustiçado.

— E o que você acha? — Dei de ombros.

— Eu achava que meu avô era doido, o que ele fez com Gabriel foi errado. Mas conforme eu trabalhei na empresa eu posso afirmar que se Gabriel fosse o presidente, iríamos à falência em um mês.

— Hmmm, situação complicada. — Sussurrou enquanto sua mão sai do meu ombro e descia pela minha barriga, meu corpo estremeceu e ela riu.

— Any, comporte-se.

— Eu só quero que você relaxe Sr. Insociável. — Sorri.

— Hmmm, preciso me preocupar com seus métodos?

— Garanto que você vai adorar. — Ela mordiscou minha orelha e gemi baixo.

— Faça o que tem que fazer. — Ela deu uma risadinha e um beijo atrás da minha orelha.

𝗦𝗘𝗫𝗬 𝗕𝗜𝗧𝗖𝗛 | 𝖻𝖾𝖺𝗎𝖺𝗇𝗒 Onde histórias criam vida. Descubra agora