O Sol nascia novamente, ainda depois de dois meses, vagando sem rumo, fazendo o Jovem Patriarca, abrir seus olhos por conta da luz que invadia seus aposentos, naquela simples pousada. Ele estava se estranhando desde que partira daquela montanha, a dor ainda era a mesma, seu coração clamava por um homem. Um homem o qual não poderia ter. Além disso, Wei estranhamente vinha acordando junto com o sol e ficando com sono após seu crepúsculo... Aquilo de certa forma estava o incomodando, mas também, o deixava muito curioso sobre isso, seja lá o que fosse, que estava acontecendo consigo.Sem nenhum pingo a mais de sono, Wei apenas se estica, estalando os ossos do corpo, apesar do coração partido e do amor não correspondido, era isso que achava, ele também vinha treinando aquele núcleo dourado de Mo Xuanyu, que agora era seu, o sentia finalmente se fortalecer aos pouco. Enquanto seu núcleo ascendia, seu coração se diluía, que trágico, pensa Wei Ying, enquanto apanha suas coisas, para enfim descer e pagar por sua estadia na estalagem. Suspirando e pondo seu chapéu de palha com cuidado na cabeça, ele sai para continuar sua jornada, para onde o caos estivesse... E era assim, a dois meses inteiro, sem descanso, sem pausa, sem parar.
Ele sabia que já se encontrava muito distante das terras dos cultivadores, que ficava a centro-oeste, perto das cordilheiras de montanhas, enquanto ele ia em direção ao nascer do sol todos os dias, seguindo sem parar para o leste. Era estranho pensar em seguir o nascer do sol, ele apenas se agarrou a idéia, e no mais tardar, ele se encontraría nos portões da capital do império. Sabia que naquela parte do país os cultivadores eram bem escassos, mas mesmo assim, se aventurou a ir naquela direção.
O que não demorou a acontecer, em meio de dia de viagem a mais, ele já se via nos arredores rurais da grande Capital Changan¹, da Dinastia Han². Com um pouco de receio, Patriarca Yiling arruma seu Hanfu³ preto, apertando a fivela de seu cinto, suspirando antes de seguir confiante até os portais. Se segurava e mantinha a calma, tentava não transparecer preocupação, afim de não chamar a atenção dos guardas imperiais. Ele podia ser um cultivador poderoso, mas uma horda de guardas lutando contra si, seria impossível de se vencer.
Quando finalmente passa pelos portões, ele se sente bem deslocado, afinal, ali havia uma questão Hierárquica⁴ gigante, as roupas eram muito espalhafatosas e haviam muitas jóias. Além de que haviam poucas pessoas usando Hanfu's pretos, ou pessoas pobre usando roupas cinza e azul escuro. Ele com certeza chama a atenção, sendo o único a usar preto, portar uma espada e uma flauta negra.
1. (Durante certas dinastias chinesas, dependendo das leis e religião impregnada em cada nova dinastia Imperial, as pessoas de diferentes classes, deveriam usar por lei, roupas de acordo com elas. Quanto mais baixo seu estatus social, você não poderia usar cores fortes e mais coloridas. Nesse caso, na dinastia Han, os pobres usavam cinza e Azul)
Ele ia entrar em algum estabelecimento para se reabastecer e procurar informações sobre alguma possível anomalia ou ataques, já que era para isso que ele estava ali, mas quando estava para entrar em uma estalagem comum, um homem na porta, vestido de maneira elegante e pomposa, o para, estendendo o braço a sua frente, impedindo Wei de adentrar.
- Sinto muito, não é de nossa classe e pelo visto não deva possuir dinheiro suficiente para pagar uma noite em nossa estalagem. - o homem fala sem nem se quer lhe encarar, como se fosse um Deus intocável. Wei Ying rir antes de retirar o chapéu de sua cabeça, realmente ali ninguém lhe reconheceria.
- Sinto muito, mas o jovem mestre não pode abrir uma excessão para o o cultivador aqui? - pergunta revelando sua face sem o chapéu, arrumando o rabo de cavalo, apertando sua fita vermelha com cuidado. - Não se preucupe quanto ao dinheiro, um cultivador não anda despreparado... Mas achei que a capital seria mais receptiva com pessoas respeitáveis como nós. - fala tentando usar de status com o homem, que ao ouvir a palavra cultivo, se assusta. Cultivadores viviam muito longe da capital.
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A Fênix de Fogo. [Huǒ fènghuáng]
Fanfiction(A fênix de fogo) Livro Um. O destino é sempre incerto, disso todos sabem. Mas e quando seu destino já está escrito nas estrelas acima do Reino Celestial? Acima dos deuses? A profecia do equilíbrio dos mundos? Saber que, apesar de toda dor e mártir...