Capítulo 4.

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Dan foi dirigindo, Fran ao seu lado e eu atrás junto com Lena na cadeirinha, logo em seguida das consultas iríamos atrás de um vestido pra minha apresentação no sábado. Chegamos em frente ao consultório (daquele estilo que tem varias especializações), entramos e me sentei com Lena e Dan enquanto Fran foi resolver as coisas da consulta, quando voltou disse que a minha seria a primeira.

Cinco minutos depois um homem com aparência de uns 24 anos (ignorem o fato da idade não bater, é só pra dar certo na história) chamou o meu nome, já tinha falado com Fran que iria entrar sozinha, então coloquei Lena no seu colo e dei um beijo na testa da menor, fui em direção ao homem que se apresentou como Dr. Matteo Fellicci e o segui até uma sala, ele me indicou uma cadeira pra sentar e se sentou do outro lado da mesa.

- Francesca me deixou a par de poucas coisas, na verdade ela falou pro meu pai mais ele teve uma emergência de última hora e eu peguei seus pacientes - ele deu uma pausa e me encarou um pouco - vamos conversar - declarou tranquilamente - vejamos -...

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- Francesca me deixou a par de poucas coisas, na verdade ela falou pro meu pai mais ele teve uma emergência de última hora e eu peguei seus pacientes - ele deu uma pausa e me encarou um pouco - vamos conversar - declarou tranquilamente - vejamos - olhou na minha ficha - Giulia Belluci, 15 anos, adotada a menos de uma semana, que legal, é sua irmãzinha a bebê que veio com vocês? Ela é muito fofa.

- na verdade é minha filha - relaxei na cadeira ao mesmo tempo que ele ficou tenso.

- quer me contar como... aconteceu?

- fica na sua área mesmo, você saberia uma hora ou outra - respirei fundo - eu morava em um orfanato de freiras, fui parar lá com 5 anos... faltando um tempinho pra mim completar 14, eu fui estuprada na volta de uma caminhada, um homem, que até hoje não pegaram, fez isso e me deixou no beco, fui encontrada por um morador de rua que chamou uma das freiras, fui levada pro postinho que tinha lá perto, eles me examinaram, eu fiz uma queixa formal na polícia e acabou por ai, ou eu achava, minha menstruação estava atrasada 3 meses, e as freiras achavam que era pelo estresse que tudo me causou, no quarto mês descobri que tinha um serzinho dentro de mim, eu quase entrei em depressão, mais fui forte por ela, semana que vem completa 11 meses que tive ela, o parto foi normal - ele estava meio espantado, ficou um pouco quieto, anotou algo em uma folha e finalmente se pronunciou.

- teve alguma relação sexual depois do estupro? - fiz que não com a cabeça - como é a sua menstruação depois do parto?

- ela voltou faz quatro meses, e vem sempre no dia 12, sem falta, e meu ciclo é fraco.

- ok... já fez algum exame de sangue?

- sim, o médico do postinho pediu pra ver se eu tinha pegado alguma DST, deu tudo limpo.

- tudo bem, você pretende ou quer tomar anticoncepcional?

- não sei, ele serviria pra que além de um método contraceptivo?

- tem casos que usamos pra controlar um ciclo menstrual muito intenso, outros só como método contraceptivo mesmo, mais no seu caso se não está pensando em ter relações sexuais eu diria que não prescisaria já que seu ciclo é controlado e fraco.

- então acho que não.

- tudo bem, está amamentando?

- sim.

- sabe como funciona os exame que são feitos aqui?

- não.

- tudo bem, vou te pedir pra colocar aquele avental, sem sutiã e calcinha e se dirigir até a maca que eu te explico.

Levantei e fui fazer o que ele mandou, estava nervosa no começo mais depois da nossa pequena "conversa" eu relaxei. Fui em direção a maca e me sentei nela, ele puxou um banquinho e se sentou na minha frente.

(Gente quero deixar claro que foi uma amiga que escreveu essa parte pra mim, nunca fui em um ginecologista então ela assumiu essa parte pra mim)

- eu vou fazer um check up geral em você - assenti - primeiro eu vou apalpar os seus seios pra ver se tem indício de algo que não deveria estar ali - assenti - depois você vai deitar na maca e colocar as pernas apoidas aqui - ele apontou pro apoio de pernas - e vou checar a sua vulva, em seguida eu vou pegar um negócio que parece um bico de papagaio - dei um risinho acompanhado dele - pra olhar seu canal vaginal e coletar uma amostra pra exame preventivo, por último eu vou fazer o toque vaginal e palpação abdominal, que funciona assim, vou colocar dois dedos na sua vagina e precionar ele pra cima enquanto eu apalpo seu abdômen pra ver se ta tudo ok com tudo, esse pode ser um pouco desconfortável, então se quiser parar é só me falar, a qualquer momento.

- tudo bem - dei um pequeno sorrisinho que logo foi acompanhado por um dele.

- desfaz o nó por favor - quando ia fazer o que ele pediu alguém bate na porta, Matteo se levanta e abre a mesma revelando Fran com uma Lena chorosa.

- desculpe interromper mais ela não para de chorar e tá na hora da soneca dela, só que não to conseguindo fazer ela dormir - falou Fran.

- fique avontade pra fazer o que precisa, a próxima consulta é só daqui a uma hora - sorri em agradecimento pra ele e desci da maca, peguei Lena que ainda chorava.

- são os dentinhos de novo meu amor? - balancei ela um pouquinho mais não estava adiantando - doutor, tem gase aqui? - perguntei pra ele que assentiu e se virou pra pegar em um lugar perto da maca, quando voltou me entregou um pacotinho com elas, me sentei na cadeira e deixei Lena sentada com as costas apoiadas em mim, enrolei uma gase no dedo, passei o dedão devagarinho na boca dela e quando ela abriu a boca coloquei o dedo com a gase devagarinho, passando na gengiva com cuidado, o choro foi cessando aos poucos, quando passou tirei o dedo e coloquei a gaze no lixo, botei ela no peito e andei devagarinho batendo de leve no seu bumbum, 5 minutos e ela dormiu, tirei ela com cuidado e dei pra Fran, que sorriu pra mim e voltou pra sala de espera, fui no banheiro e limpei meu seio, voltando e sentando na maca em seguida.

- desculpe, os dentinhos de trás começaram agora e ela ta meio chatinha.

- tudo bem, você é mãe, e isso é uma dadiva - sorri pra ele - vamos continuar? - assenti e abri o avental, ele levantou, colocou uma luva e ficou mais próximo de mim, começando a apalpar meu seio nas laterais, e depois deu um leve aperto no mamilo, repetindo no outro, assim mais perto pude sentir seu perfume, sempre gostei de perfume masculino, acho uma fragrância deliciosa - pode se deitar? - perguntou quando acabou com meus seios, fechei a parte de cima e me deitei na maca, colocando as pernas no apoio, senti ele tocar lá em baixo - você vai sentir uma coisa na sua entrada agora, tente relaxar - respirei fundo e senti um negócio gelado lá, em seguida algo tocando dentro dela, ele retirou e levantou a cabeça - essa é a parte que pode ser um pouco desconfortável, mais já estou acabando - senti ele colocar o dois dedos devagar e me remexi desconfortável, não doía mais era estranho, quando fiquei parada denovo ele continuou inserindo os dedos, a mão que não estava dentro de mim subiu pra minha barriga, ele deu leve apertadas em certos lugares enquanto pressionava os dedos lá em baixo, como me explicou. Quando ele acabou, tirou as luvas e me ajudou a levantar, fui em direção ao banheiro e coloquei a minha roupa de volta, sentei na cadeira - esta tudo ótimo, vou pedir para remarcar uma consulta daqui a seis meses.

- tudo bem - nos levantamos e fomos até a porta - obrigada.

- não tem do que agradecer, te vejo daqui a alguns dias - o olhei confusa - Fran não te contou?

- contou o que?

- meu pai é sub-chefe da cosa nostra...

De Órfã à Mafiosa (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora