𝑻𝒘𝒊𝒍𝒍𝒊𝒈𝒉𝒕 𝑺𝒊𝒔𝒕𝒆𝒓𝒔 - ᵉᵈʷᵃʳᵈ ᶜᵘˡˡᵉⁿ ᵃⁿᵈ ᵖᵃᵘˡ ˡᵃʰᵒᵗᵉ (REVISÃO)

Chegada

NARRADO POR BELLA

♕︎

Não me arrependo da decisão de sair de casa. Eu sentiria saudade de Phoenix, sentiria falta do calor. Sentiria falata da minha mãe amada, instável e cabeça-oca, e do novo marido de o Phil.

— Adoro vocês três, mas um avião nos espera.

Mas eles querem viajar. Assim minha irmã e eu vamos passar um tempo com nosso pai. E vai ser bom... Eu acho.

De Phoenix a Seattle são quatro horas de voo, outra hora em um pequeno avião até Port Angeles, depois uma hora de carro até Forks. Voar não nos incomodava; a hora no carro com Charlie, porém, era meio preocupante.

Charlie foi realmente gentil com tudo aquilo. Parecia realmente satisfeito que minha irmã e eu, pela primeira vez, fossemos morar com ele por um período mais longo. Ja nos matriculara na escola e ia nos ajudar a comprar um carro.

Mas sem dúvida seria estranho com Charlie. Não éramos o que se chamaria de falantes, apesar da Isa conseguir se adaptar melhor nesses casos, e eu não sabia se havia alguma coisa para dizer.

Sabia que ele estava bastante confuso com nossa decisão, Isa e eu não escondiamos o fato de detestarmos Forks.

Quando pousamos em Port Angeles, estava chovendo. Não vi isso como um presságio, era apenas inevitável. Ja tinhamos dado adeus ao sol.

No estado de Washington, sob uma cobertura de nuvens e chuva... ha uma cidadezinha chamada Forks. População: três mil, cento e vinte pessoas. E é la que nós vamos morar.

Charlie é nosso pai. Ele é chefe de polícia. Quando nos viu deu um abraço desajeitado em cada uma.

— Seu cabelo esta mais comprido. — ele diz me olhando, querendo puxar conversa.

— Cortei depois da última vez que vim.

Isa ficou olhando de Charlie para mim, sem saber o que dizer.

— Acho que cresceu de novo. — diz ele sem saber o que dizer.

Trocamos mais alguns comentários sobre o clima, que estava úmido, e a maior parte da conversa não passou disso. Ficamos olhando pela janela em silêncio.

Por fim chegamos à casa de Charlie.
Ele ainda morava na casinha de dois quartos que comprara com nossa mãe nos primeiros tempos de seu casamento. Aqueles foram os únicos tempos que o casamento teve, os primeiros.

Nós passavamos duas semanas aqui quase todo verão. Mas não viamos a anos.

Apenas uma viagem foi necessária para levar nossas coisas para cima. Ficamos com o quarto do lado oeste, que dava para o jardim da frente.

— Esvaziei umas prateleiras no banheiro. — avisou Charlie enquanto subiamos as escadas.

— E é mesmo, só tem um banheiro. — lembrou Isa.

O quarto era familiar; nos pertencia desde que nascemos. O piso de madeira, as paredes azul-claras, o teto pontiagudo, as cortinas de renda amarelas na janela, tudo fazia parte da nossa infância.