*𝑒𝑚 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒*
— Chefe, seu plano deu certo. Eles capturaram ela. Alguns de seus capangas já estão aos redores do hotel abandonado, que é onde eles se localizam.
— Nunca pensei que Trevor seria tão tolo assim, ainda mais por uma mulher.
Balancei o copo em minha mão e tomei um belo gole do whisky. Meus pensamentos estavam a mil, eu finalmente teria Trevor Bennet de joelhos para mim e tudo isso através daquela... Mulher.
Admito que foi bem fácil enganá-los. Apenas droguei o copo dela e o resto, foi tudo através deles. Um pouco. Eu havia visitado o pub em que ela trabalhava e notei que havia algo de especial nela, algo suficiente para causar desordem e me trazer o que eu tanto queria.
O esconderijo dos Bennet.
— E pensar que eles a achariam que ela era uma espiã... Você já imaginou isso? - falo levantando os braços para cima.
— Não chefe, confesso que o senhor é um gênio.
— Eu sou um gênio! - exclamo, gritando em frente à janela do meu escritório.
A vitória já era minha, eu sabia disso, mas ainda sim, eu sabia que em parte, a vitória ainda não estava ganha. Eu dependia do que aquela garota, havia respondido para eles. Eu sabia que iriam suspeitar, mas ainda havia esperança.
Depois de todo esse tempo, eu finalmente teria a minha vingança. Finalmente os Willian's poderiam se vingar dos Bennet.
— E para melhorar ainda mais esse dia... Estou reservando uma carta na manga. Ela vai ser útil para causar uma guerra entre as gangues.
Observo o movimento pela janela, enquanto tomo outro gole do meu whisky.
(...)
Alguns dias se passaram, talvez até um mês. Eu nunca mais vi aqueles homens. A minha amiga me convidou para ir à festa naquele pub novamente e estou bem receosa quanto a isso.
Me tranquei dentro de casa, depois do acontecido. Fiquei com trauma de ser drogada e sequestrada novamente. Agora, carrego cicatrizes comigo de algo, que eu nem faço ideia.
Aliso a parte onde ficou a marca da cicatriz. Ela não ficou exatamente em cima da tatuagem, mas ao lado.
— Ele disse que essa tatuagem representava a sua gangue... - balbucio para mim mesma.
O quão essa tatuagem pode significar para eles? Sinto que, quanto mais eu tento entender, menos eu entendo.
Bem, já estava na hora de ir para o pub e eu não poderia me atrasar.
(...)
— Lise, entrega essa bandeja para mim, na mesa 6?
Ela esticava a bandeja em minha direção, com aqueles seus olhos suplicantes. Com certeza, algum cliente especial dela, havia entrado.
— Sim, Maya. - pego a bandeja de suas mãos.
— Lise?
Dessa vez era meu chefe, me indagando.
— Sim, Romeu?
— Hoje você terá que fechar a loja, portanto deixarei a chave com você ok? - ele a coloca no bolso do meu jaleco.
Como assim irei fechar a loja? Eu nunca nem fiz isso. Ele apenas me deixou parada no mesmo lugar e saiu com um sorriso triunfante pelo pub.
— Foco Lise, você precisa entregar a bandeja para a mesa 6.
Hoje a loja não estava não lotada, mas ainda assim, estava rodeada de clientes exóticos. Uns por si só chamavam a atenção, eles possuíam uma tatuagem de dragão no braço...
Tatuagem de dragão? Isso não me parece um bom sinal.
Quando finalmente localizo a mesa 6, meu bom humor vai todo embora. Era a maldita mesa do Trevor. E como sempre, ele estava sentado no centro, fumando seu cachimbo e segurando seu copo de whisky.
Eu não poderia deixar ele me ver, vai que toda a sua gangue viesse para cima de mim?!
Catei um chapéu de um cliente, que estava ao meu lado. Ou melhor, um chapelão. Bem que eu falei que só vinha cliente exótico para o pub.
Andei em direção a eles e me abaixei um pouco para colocar as bebidas e as comidas em sua mesa.
— Com licença... - exclamei não muito alto, mas bom o suficiente para notarem a minha presença.
Ou melhor, a garçonete estranha com um chapelão em sua cabeça.
Quando finalmente terminei de colocar todos eles, levantei a minha cabeça lentamente e acabei cruzando o meu olhar com o do Trevor. Seus olhos, cor de mel, intensos como o fogareiro, mas ao mesmo tempo, sombrios.
Me afastei da mesa e apressei os meus passos, para me distanciar o suficiente deles. Se ele me reconheceu ou não, não importava agora.
— Lise, por que está com esse chapelão em sua cabeça?
Era Romeu parado em minha frente, com uma expressão confusa.
Meu corpo para de repente. Só agora que eu me toquei, que eu ainda estava com o chapéu em minha cabeça.
— Ah, um cliente me pediu para por em minha cabeça. Ele disse que combinava mais comigo do que com ele. - esboço um sorriso, tentando esconder a minha vergonha.
— Com certeza ele mentiu. Ninguém fica bonito com um chapéu ridículo desse.
Ele leva as mãos para a aba do chapéu e o remove de cima da minha cabeça.
Eu não sei se ficava feliz ou triste com esse comentário. Acabei ficando meio sem jeito.
(...)
O final do dia passou bem rápido. Lidei com todos os clientes eficientemente e consegui me esconder do Trevor (eu acho). Agora, só faltava fechar a loja e ir embora. Verifiquei todos os computadores, comandas, organizei as mesas, limpei os banheiros...
Olhei para dentro da loja para ver se estava tudo certo e tranquei as portas. Joguei a chave dentro da minha bolsa e comecei a andar em direção a minha casa.
No final da rua, vejo um carro preto se aproximando. Dois homens encapuzados saem do carro, apontando suas armas para mim.
— Acho melhor você abrir esse bar pra gente e passar tudo o que vocês tem de valor, se não quiser morrer. - ele sorri para mim sarcasticamente.
Droga!
•𝘌𝘴𝘱𝘦𝘳𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘨𝘰𝘴𝘵𝘦𝘮! 𝘕𝘢𝘰 𝘴𝘦 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳𝘪𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘷𝘪𝘯𝘥𝘰𝘴 𝘦 𝘷𝘰𝘵𝘰𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦𝘮! ❤️•
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Apaixonada por um Mafioso [ será reescrita ]
RomanceElizabeth (ou como podemos chamá-la carinhosamente por Lise), arranjou um novo emprego, como bartender em um pub perto de sua casa. Até então, era sempre a mesma rotina monótona. Ir trabalhar e voltar pra casa. Até conhecer um belo homem misterioso...