Capítulo 21 - Amanda

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Eu juro que estou a ponto de jogar o celular do meu querido "marido" na parede... Já é a segunda vez que ele toca e atrapalha uma conversa nossa. E parece que ele sabe o momento exato que algo importante vai ser dito.

Eu não sei se o Bernardo quis dizer exatamente o que disse com aquela frase. Eu não quero ficar fantasiando sobre os sentimentos dele por mim, e acabar me ferrando no final. Eu vi a expressão do Bernardo assim quando ele acabou de falar que me ama. Ele parecia assustado, e eu diria até arrependido do que falou. O mais sensato é deixar de queimar os neurônios e esperar. Se ele me ama, vai dizer de novo e com todas as letras.

Preciso manter um pouco da antiga Amanda em mim. Aquela que não dava à mínima para os sentimentos, que só queira diversão, aquela que destruía corações, e não o contrario. Mas nos últimos dias quem está vencendo é a Amanda apaixonada, também conhecida como " A idiota"

Não é exagero... Ou talvez seja.... Ahhh eu não sei!

Minha TPM está me deixando mais louca e confusa que já sou. Tudo que eu quero hoje e me afundar em chocolate até me tornar um grande e gordo ovo da páscoa. Bem redonda!

Que se dane as calorias!

Mas infelizmente eu não posso fazer isso. Eu tenho que levar meu traseiro mal humorado para o trabalho.

Se tem momentos na minha vida que eu realmente me odeio é, sem nenhuma dúvida, durante a infeliz da TPM. Eu fico tão chata, confusa, chorona...ou seja, uma bela bagunça, e nem eu mesma me aguento.

Eu sei.. Isso é lamentável.

E pra piorar tudo, ainda teve o quase sequestro de ontem, que sinceramente ainda não consegui ligar os pontos. Todo mundo sabe que a corporação Albuquerque não anda bem das pernas. Então porque me sequestrar? Não tem razão coerente pra isso. Isso não faz nenhum sentido pra mim.

Sem ter como fugir, eu tomo um longo banho, me arrumo e vou para a empresa.

Bernardo passa a manhã inteira sem dar noticias, e eu tento me manter focada no trabalho. Quando chega o horário do almoço decido ir até a sala do meu pai. Não quero almoçar sozinha, e se tem um homem que consegue me aturar na TPM, esse é meu pai.

A porta do seu escritório está fechada, mas antes que eu consiga bater, escuto a voz do Bernardo.

Ele está aqui, e nem fez o favor de me avisar!?!

-.....Você precisa dar um jeito nisso Bernardo! Não quero ela em perigo!- ouço a voz do meu pai. Eu sei que isso é feio, mas preciso saber do que eles estão falando, então fico parada na porta.

- Eu morreria antes de deixar aquele filho da puta machuca- la - a voz do Bernardo sai ameaçadora, me fazendo estremecer. Eu nunca ouvi ele falando desse jeito, com tanto ódio. Mas ainda não consigo entender sobre o que eles conversam.

- Eu sei Bernardo! Mas isso pode acontecer, e se acontecer quem vai proteger minha filha? Você é o federal mais bem qualificado do pais, então faz o seu trabalho e pega o desgraçado que está ameaçando minha filha, ou eu mesmo mato o filho da puta!- Automaticamente minhas mãos vão para minha boca.

Eu estou em perigo? Bernardo é um federal?

Casados por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora