Casados por contrato

Capitulo 10 - Bônus Bernardo

- Puta que pariu! - murmuro e me jogo no sofá.

Que merda eu fui fazer!?

Você não consegue manter a merda do seu pau dentro das calças Hoffman..

Definitivamente não era pra eu ter transado com minha mulher, e isso soa até irônico. Mas quando ela está por perto todo meu sangue desce pra cabeça de baixo, e eu me mantive firme até que por muito tempo. Nem eu sabia que tinha tanto auto controle assim. Mas hoje foi a gota d'agua, ela insinuar que não sou homem suficiente na cama? Ah isso eu não ia admitir. Eu sei que fui um canalha com ela agora, mas a verdade é que o sexo foi tão bom, tão intenso que me assustou. Entenda.. Sempre tive a mulher que queria, e eu sempre estava no controle durante o sexo. Nunca deixei mulher nenhuma me domar na cama. Mas hoje, tudo que eu queria enquanto me enfiava dentro da Amanda era ver ela por cima, e deixar ela ditar o nosso ritmo. Eu só queria olha-la. Já fiz muitas mulheres gozar, e muitas vezes. Mas nenhuma goza tão fodidamente sexy como ela. Eu poderia faze-la gozar a noite inteira só pra ter o prazer de assistir. E isso me assusta como o inferno!

Porra! Pensa Hoffman pensa! Isso não pode voltar a acontecer de maneira alguma.

Eu não posso colocar em risco o meu trabalho, não posso me deixar levar por um sentimento amoroso agora. Foram anos da minha vida focado nisso, e eu não pretendo arruinar tudo, logo agora que estou tão perto. Eu prometi que iria acabar com aquele desgraçado, e é isso que eu vou fazer.

Tento tirar esses pensamentos da minha cabeça e dormir. Depois de muito tentar enfim sou vencido pelo sono.

Acordo com meu celular tocando. Tenho dois telefones. Um particular, e outro do trabalho.  Pego o celular que deixo pra chamadas do trabalho.

— Fala— atendo com a voz ainda rouca de sono.

— Hoffman, desculpa ligar tão cedo. Surgiu um contratempo e precisamos de você aqui— Michael fala parecendo nervoso.

— O que aconteceu Michael? — pergunto me sentando no sofá.

— Aquele desgraçado levou mais duas Hoffman...

— Porra!— esbravejo — Você está de brincadeira comigo! Eu mandei acompanhar todos os passos dele. — tento manter o controle mas isso está indo longe de mais.

— Eu não sei como deixamos algo passar.— Ele fala com pesar. Eu posso até imaginar sua dor. Se esse desgraçado tivesse tirado de mim, tudo que ele tirou do Michael eu caçaria ele até o inferno.

— Estou voltando — falo e desligo.

Me levanto e percebo que acabei dormindo de toalha. E durante a noite ela acabou saindo do meu corpo. Volto a me enrolar nela e vou até a grande janela de vidro. O sol começa a aparecer no horizonte com toda sua majestade. 

— Não consigo imaginar algo mais lindo que o nascer do sol— olho pra trás e vejo Amanda vestida em uma das minhas camisas. Seu cabelo está uma bagunça sexy, seu rosto amassado de sono por incrível que pareça é lindo.. E porra! Como essa mulher mexe comigo.

  Olho fixamente pra ela e respondo.

— Eu consigo — Ela percebe minha insinuação e pela primeira vez eu vejo ela corar. Continuo com meus olhos fixos nela. O certo seria eu me manter o mais longe possível, mas eu simplesmente não consigo. E isso ainda vai me trazer problemas. O silêncio entre nós começa a ficar constrangedor. Caminho até a cozinha.

— Porque acordada tão cedo? Acordei você? — pergunto quebrando o silêncio.

— Na verdade, sim.— ela responde. — Acho que ouvi você xingar— ela diz

— Ah..me desculpe— droga! Será que ela ouviu algo que possa me comprometer?

— Sem problemas. Esta tudo bem? Eu posso ajudar?— Amanda senta fazendo a blusa que usa, subir um pouco mais nas suas pernas. Uso toda minha força de vontade pra tirar os olhos das suas belas pernas. Mas não sou tão forte ao ponto de impedir que flashes da noite de ontem invadissem minha mente.

— Esta tudo bem sim. Só vamos ter que voltar antes do previsto — falo.

Amanda parece desapontada mas dá de ombros e fala:

— Okay.

— Vou pedir nosso café. — ligo pra recepção e peço um café da manhã completo. Depois deixo ela na sala e vou tomar um banho.

Eu sinceramente pensei que depois de ontem ela não ia querer olhar na minha cara. Mas por incrível que pareça ela não tocou no assunto e me tratou como se eu não tivesse feito ela gemer insanamente quase a noite inteira.

Melhor assim. Eu não posso levar isso adiante. Por mais tentador que seja.

Tomamos nosso café sem muita conversa. Avisei que iriamos embarcar no vôo das 10 horas, horário local. Depois do café, ela foi arrumar as coisas no quarto.

Em poucas horas já estávamos prontos e a caminho do aeroporto. Amanda não fez nenhuma pergunta sobre nossa volta repentina, ou nossa noite de sexo quente. E eu não sabia se me sentia aliviado ou intrigado. Amanda é diferente de todas mulheres que já me envolvi. Ela é imprevisível, indecifrável. Eu nunca sei como ela vai agir, ela sempre consegue me surpreender. E esse seu jeito me deixa ainda mais louco pra desvendar cada segredo que ela esconde.

Depois de longas horas de vôo, enfim desembarcamos no Brasil. Quando chegamos já era tarde, deixei Amanda no nosso apartamento  e fui me encontrar com Michael. Claro que falei com ela que eu tinha que sair pra resolver problemas da empresa do meu "pai". Ela não pode em hipótese nenhuma descobrir algo. Isso colocaria a vida dela em mais perigo do que está.

Chego no pequeno bar que combinei de me encontrar com Michael, e logo vejo ele sentado em uma mesa distante das outras.

Preferi me encontrar com ele em um lugar público pra não correr nenhum risco.

— Michael — estendo a mão, e ele segura apertando firme. Desde que conheci ele, soube que era um cara honesto e de confiança. E hoje, como um grande amigo, eu posso colocar minha mão no fogo por ele.

— Hoffman o cerco está se fechando, a coisa esta ficando feia.— ele solta. Respiro fundo e me sento na cadeira em frente à ele.

— O que você tem pra mim?— pergunto. Michael me passa um pasta preta tentando ser o mais discreto possível.

Pego a pasta e analiso seu conteúdo.

— Dessa vez foram duas Hoffman, duas irmãs. Ele sempre foi discreto, mandando uma por mês. Acho que ele quer nos mandar um aviso.

Olho pra foto de duas garotinhas loirinhas que aparentam no máximo ter 10 anos.

Meu sangue ferve na veias, e o ódio por esse homem só aumenta.

— Eu vou pegar esse filho da puta Michael! — exclamo.