Capítulo 6

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 - Como assim meu, Rod? Eu não tenho nem a metade da grana pra comprar e...

 - Ju, eu vou comprar pra nós dois, é o certo a se fazer e aconteça o que acontecer meu futuro e com você.E me deu um beijo para selar a promessa. 

 - Juuu, você tá bem? 

 - Hã, desculpa dei uma viajada aqui. Estava lembrando de quando viemos escolher o Cafofo. 

 - Ah sim, a energia daqui nos fez comprar na hora. Parece feito pra nós dois. 

 - Sim. 

 - Ju vamos parar de dar voltas e conversar seriamente de uma vez. 

 - Tudo bem, confesso que não estava preparada para esse momento. Mas da última vez que nos vimos senti que precisávamos conversar, seu olhar me disse. 

 - Sim eu queria ter lhe dito muitas coisas naquele dia, mas não era o momento. E hoje ouvindo a sua conversa com o Felipe me fez ter mais certeza ainda que precisamos muito dessa conversa. 

 - Você ouviu meu papo com o Felipe? - Estava chocada 

 - Cada palavra.

 - Rod... 

 - Vou direto ao ponto. Por que você não se envolveu com mais ninguém desde o colega, tem mais de um ano? 

 - Rodrigo eu...- Por favor seja sincera. 

 - Por que eu não consigo, porque você tá aqui - apontou pro próprio coração e aqui, apontou pra cabeça. – Juliana estava chorando. 

- Já tem sua resposta? 

 - Juliana... 

 - Por que a Juliana aqui ama alguém que não é dela, que namora outra, alguém que eu conhecia, olha que legal. Agora ela deixava claro sua mágoa. Isso me fez ter novamente a sensação de soco no estômago e dessa vez eu chorei. 

 - Nunca foi minha intenção te magoar desse jeito.

 - Você percebe que o nosso medo fez a gente sofrer em vão? 

 - Era necessário pra gente amadurecer.

 - Vou indo 

- Ela estava saindo, eu não ia deixar a mulher da minha vida ir embora de novo, ah não ia.

 - Ju a gente nem terminou nossa conversa, me deixa falar, explicar por favor 

 - Não tem explicação, você se envolveu com a colega por que com ela você não tem medo, por que a ama, eu só fui um momento pra você, só não entendo pra que manter esse lugar intacto?Ela chorava compulsivamente, não falava as coisas com coerência 

 - Eu estou cansada de sofrer. 

A verdade era que Juliana estava sensível desde a morte do pai dela, eu havia estado lá a apoiando, mas doía saber que um pouco desse sofrimento todo fora eu que causei. 

Chorávamos juntos, se não fosse complicado não seria a gente.

Papo  Franco - Parte 2  (Revelações e Conclusões)Onde histórias criam vida. Descubra agora