Heart Attack

527 25 14
                                    

NOTAS INICIAIS:

Brasil seguindo firme e forte na copa e nosso Juney sendo Juney!

Bom capítulo ♥️

JUNE

Paris, France. 2020.

Helena chegou. Sorri largamente ao vê-la no portão de desembarque da área particular ao lado da madrasta e corri para o seu abraço. A espanhola me abraçou com força e então murmurou:

— Que saudade, Smurffete — eu ri, cutucando-a antes de devolver:

— Eu também senti saudades, robôzinha. 

— Oi, June — olhei para a argentina, e sorri, acenando.

— Oi, Giorgina, é um prazer revê-la — nós nos abraçamos rapidamente. — Como foi o vôo?

— Bem, mas agora tudo o que preciso é de um banho — elas suspiraram. Eu as acompanhei até o carro que alugaram para Gio e então esperamos que a madrasta fosse embora, deixando-me com a espanhola, que insistiu em ficar na minha casa. Eu, claro, não neguei abrigo. Sabia do quanto ela precisava do próprio espaço. O pai biológico de Hele tinha traços autistas da família e Helena herdou um ou dois, como a necessidade de ter um canto só dela, mas que tenha a certeza de ser seguro, e ter uma habilidade de foco incrível. Se ela queria algo, ela fazia de tudo para ter, se esforçava como ninguém.  E é claro, é super inteligente, mesmo que seja desatenta para algumas coisas. Mas, isso, é um traço apenas, não a desqualifica para mais nada.

E, como ela já estava acostumada a minha casa, não foi estranho vê-la preferindo aqui a no hotel com a Giorgina. 

A quem Helena sempre teve certo ciúme por conta do Papai Cris.

— Você não tem noção do quanto eu já estava surtando naquela casa — ela reclama ao se jogar na cama. — Quatro pestinhas, quatro! Como se já não me bastasse o Cristianinho me enchendo o saco para jogarmos bola quando o pai não estava na cidade.

— Você falando assim, até parece que odeia seus irmãos — brinco, deitando-me ao seu lado. 

— Não odeio mesmo e você sabe, mas chega num momento que você pira com tanta criança — suspira, roubando uma de minhas batatas. — E, além do mais, aquela piranha argentina não cansa de encher meu saco sobre Madrid.

-— Você tem que parar de implicar com sua madrasta.

— Você já parou de implicar com o Júnior? — sorri debochada. — Pois, o nosso caso também é de amor e ódio.

— Eu mereço — reviro os olhos. — E que história é essa de Madrid?

— Vou voltar para lá, de vez — morde os lábios, sorrindo. — Meu papaizinho deixou.

sweety - jogadores 3Onde histórias criam vida. Descubra agora