sweety - jogadores 3

U Smile

NOTAS INICIAIS:

FLAMENGO CHEGOU COMENDO PORCO ASSADO

ademais, curtem o capitulo e leiam as notas finaaaais

JUNE

Paris, France. 2020.

Na tarde do primeiro dia do ano, Rafaella me fez mudar a cor do meu cabelo. 

— Você vai ficar muito mais gostosa com o cabelo loiro, confia no que eu digo — foi o que ela disse quando o cabeleireiro chegou. Como ela havia conseguido um em pleno ano novo, não sabia. Nós pintamos e escovamos. O resultado realmente me deixou feliz.

Eu me senti diferente, estranha, mas gostei da imagem refletida. Deixei minha raiz natural, caso eu mudasse de ideia. Quando acabamos, o pessoal estava acordando, alguns estranharam antes de assobiarem. No fim, todos pareciam ter gostado. Recebi elogios a noite toda, inclusive de Lucca que ficava repetindo que eu era a Barbie mais linda do mundo. Sim, ele é perfeito demais!

No terceiro dia do ano nós já estávamos pousando em Paris, o jogo do PSG pela Ligue 1 seria dia 6. Dia 18 teria o compromisso de Júnior com a Balmain e eu estava para lá e para cá, ajeitando toda sua agenda e os detalhes da roupa que ele usaria. Como se já não bastasse, também virei estilista. Os looks me foram enviados assim que pisei em casa, e entre os três, Júnior escolheu um e eu outro. Claro que eu sabia que ele só escolheu o maldito terno de espelhos porque eu havia odiado. 

Agora estou aqui, com folhas e mais folhas para resolver quando recebo a ligação do meu pai, que está à meia hora tentando me convencer a ir para o noivado de meu irmão com a megera da Payton.

— Papai, estou mesmo cheia de compromissos para com o cliente, só teria folga em fevereiro — quando coincidentemente Neymar se machuca no mesmo período que o carnaval brasileiro acontece, completei em pensamentos — e isso sendo apenas uma suposição, o senhor sabe como é apertada a vida de um jogador.

— Você não é a jogadora — rebate.

— Mas sou sua assistente e fisio — contraponho. — Prometo que vou tentar, mas não lhe dou certeza, ok? — digo desesperada para encerrar a conversa.

— Tudo bem, mas tente de verdade, June Ann Lynn — responde serio. — Seu irmão quer muito você aqui.

Se quisesse mesmo, teria arranjado outra noiva.

— Eu sei que sim, papai.

— Te amo, meu amor, qualquer coisa sabe que seu pai está aqui — sorrio.

— Também te amo, garanhão.

Ele riu e então desligamos. Meu pai foi um grande quarterback, e um dos mais bonitos também. Minha mãe o chamava de garanhão e eu passei a chamá-lo assim também. O que antes era algo bobo, havia se tornado especial para nós dois, algo que nos lembrava dela.