Hold On

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NOTAS INICIAIS:

Mais ummmm

Estamos na reta final e logo logo vcs saberão de quem se trata a próxima fic, fiquem de olho 👀


JUNE

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JUNE

Paris. France. 2020.

Eu nunca vou entender a cabeça de uma pessoa que acha que a cor de pele de alguém, por ser preta, influência seu caráter e índole. Olhe o Will Smith e sua família, os Obama's, LeBron James, Oprah, Beyoncé... Tantos e tantos exemplos vivos que temos hoje. Não estou falando do fato de eles serem famosos, mas das suas histórias como pretos, do que revolucionaram e conquistaram.

Pessoas que vêem a cor antes do caráter não merecem ver beleza nas cores do mundo.

Preto não é só sinônimo de morte, de escuridão, de terror. As pessoas estão certas em dizer que o ser humano abomina aquilo que ele não conhece, aquilo que ele não entende.

Mas pretos? Eles eram beleza antes mesmo dos outros saberem o que é beleza.

Eles são fortes, são guerreiros.

Só de pensar que, na América, até pouco tempo atrás eles tinham que sofrer a humilhação de se levantar para um branco sentar...

Meu país é livre, sim, mas ainda é tão preconceituoso. O mundo em si é.

A questão é: quanto mais um povo - preto, amarelo, indígena, etc. - precisará sofrer para que os demais entendam que já chega? Que precisamos de um basta?

— Você está pensativa — abro os olhos e encaro as orbes esverdeadas como esmeraldas brutas.

— Estou cansada. O que eu ouvi hoje mais cedo me deixou assim — não sei como dizer a ele. E me sinto péssima por isso.

— O que houve, loirinha? — o jeito como ele me chama de loirinha me faz sorrir, lembrando que, o que era para ser um adjetivo brincalhão, agora era o apelido mais carinhoso que ele podia me dar. Depois de pinscher.

Eu odeio e amo esse apelido.

— Minha madrasta falou coisas horríveis. Não gosto de sequer lembrar do quanto ela foi ridiculamente cruel e...

— E?

— E que eu sinto muito, pois o que ela disse foi referente a você — toco seu rosto, eu preciso senti-lo para achar paz. — Nunca pensei que ela fosse reagir assim, mas...

— Ei, você sabe que eu não ligo mais pro que falam de mim, não sabe? — balanço a cabeça.

— Ela não julgou seu caráter, julgou sua cor e seu possível consequente caráter — seus rosto demonstra compreensão, e me quebra. — Foi tão difícil para mim ouvir e nem consigo pensar no que poderia ter sido para você se tivesse lá.

sweety - jogadores 3Onde histórias criam vida. Descubra agora