[EM ANDAMENTO E EM REVISÃO]
Off foi surpreendido com o homem que ali estava em sua sala de trabalho. Ele havia pensando que teria um dia normal e monótono como de custume, mas claramente não foi assim. Mas, infelizmente, o homem que ali se fazia pr...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Off ON
Eu já estava prestes a comer e dormir quando, de repente, ouvi minha campainha tocar pela segunda vez nesse mesmo dia.
Eu não sabia bem o que pensar, já passava das dez da noite e tem alguém na minha porta? Deve ser alguma emergência. Olhei do olho mágico* e vi tudo preto, aparentemente alguém estava tapando com suas mãos.
— Ou eu sou sequestrado agora ou eu vou ter outro tipo de problema, um do tipo inesperado! - Falo pra mim mesmo e abro a porta. De início, eu apenas encarei incrédulo e em silêncio.
— Você...? O que está fazendo aqui? — Olhei totalmente surpreso. Eu não estava acreditando em quem estava ali na minha frente, na minha porta. — Tá tudo bem? — perguntei.
— Eu estou bem, não estou aqui por mim.
— Então o que está fazendo aqui? E por quem?
— O que acha que eu vim fazer aqui e por quem eu vim? — disse passando porta à dentro
— Não tenho a mínima ideia.
— Faz um esforço.
— Vou ter que adivinhar ou você vai me falar? — perguntei.
— Eu deveria mesmo acabar com a graça assim, tão rápido? — disse se jogando no sofá
— Não estou pra joguinhos! Você está estragando meu sono da beleza. Aliás você é bem abusado, hein.
— Você precisa dessas coisas? Pensei que você se gabava pois sua beleza era 100% natural. — disse ignorando o que eu disse sobre ele ser abusado, certeza que ele não tinha argumentos contra isso.
— Bom, isso preserva a beleza, faz com que eu continue sempre lindo — digo deslizando minha mão direita sobre um lado do meu rosto. — Não consegue ver?
— Estamos aqui pra falar da sua beleza ou do motivo da minha pessoa estar aqui?
— Você não ficou só abusado nesse tempo que não esteve comigo, você ficou extremamente abusado.
— Não foi um tempo muito grande, ou foi?
— Sério? Quando você vai acabar com os joguinhos? Eu já estou me cansando. Você nem ao menos me responde diretamente.
— Eu deveria? — ele pergunta.
— Você ainda pergunta?
— Tô brincando, P'.
— Vai, finalmente, me dizer o porque está aqui ou ainda não me irritou o suficiente?
— Acontece que o Tawan precisa de você.
— Nong'Gun, o que houve dessa vez? — pergunto.
— Parece que alguém voltou e mexeu com a cabeça dele.
— Que tipo de "mexer"?
— Do tipo, foder a estabilidade psicológica — ele explicou.
— Alguém? Não me lembro de ninguém no momento, será que eu conheço? — digo de forma mais baixa, pois eu estava pensando em possíveis pessoas que poderiam ser, se poderia ser alguém que eu conhecia ou algum cara aleatório que o Tawan saiu. Enquanto eu pensava, eu deixei uma mão repousando em minha cintura e balançando a cabeça eliminando possíveis candidatos, mas não veio o ideal.
— P', eu esqueci de dizer, mas ele quer ir para um bar e beber. Ele chamou a Pim por mensagem e pediu pra que ela me levasse também. Disse que íriamos te buscar no caminho, mas que você não sabia de nada ainda e essa é a minha missão, trazer você com a gente para o bar. Ele também disse que vai beber até cair e que você é o único que vai conseguir carregá-lo de volta pra casa.
— Porra, ele deve estar bem mal, só fazemos isso quando estamos muito felizes ou muito tristes. Eu definitivamente não sei o que pode ter deixado ele assim, ele raramente bebe por tristeza. Ele é um cara que anda sempre alegre - digo com minha mão passando por toda a extremidade da minha testa, indo e voltando, é um ato de preocupação.
— Eu não o conheço muito bem, você sabe. Mas sinto que é algo que não parece ser do fetio dele. No dia que eu estive em seu escritório e ele estava lá, ele foi super gentil e animado, sem contar que o que eu ouvi de vocês da Pim é diferente dessa situação. Eu também via pelo jeito que ela chegava bêbada em casa que estava se divertindo muito com vocês.
— Fico feliz que ela se divirta. Vou me trocar pra irmos pro bar. Aguenta aí.
Autora ON
Gun estava vestindo um moletom meio marrom com alguns tons variando na mesma cor e uma calça jeans bem escura no qual ficava com aquele aspecto de pescando*. Já Off não queria fugir muito desse padrão e vestiu algo parecido. Ele se encontrava com um moletom branco, com umas letras em azuis espalhadas e um calça com jeans claro, um estilo bem comum dentre os americanos.
Quando ele se aprontou, ele saiu do quarto. Gun o mediu de cima a baixo, observando cada parte daquele corpo.
— Algo errado com a minha roupa? — disse Off se olhando e tentando achar alguma falha em seu visual.
— Tá pronto? — disse e depois arranhou a garganta. Gun fez isso tentando disfarçar sua olhada invasiva no corpo alheio.
— Tô, acha que assim tá ruim? — Off disse puxando a camisa com dois dedos.
— Não, tá bom. Vamos logo, eles devem estar morrendo de tédio esperando a gente lá embaixo.
— Vamos de carro ou de uber?
— Nós viemos com o carro do Tawan, P'. — um som de mensagem foi ouvido pelos dois.
— Qual dos dois recebeu mensagem?
— Você! — Off respondeu prontamente.
— Como tem tanta certeza, P'?
— Estávamos com toques iguais, então eu só mudei.
— Porque, P'?
— Era um incômodo pra gente.
— É algo que casais fazem, sabia?
— Brega! — Off disse e Gun apenas mostrou sua língua — Quem mandou mensagem? — Off perguntou.
— Ah, foi a Pim, P' — Gun disse encarando fixamente o celular e lendo as mensagens.
— Deixa eu adivinhar, demoramos demais e eles já estão lá no bar enchendo a cara?
— Como você adivinhou, P'? — Gun disse olhando surpreso e curioso para o Off.
— Eles já fizeram isso uma dezena de vezes!
— Eles fazem isso o tempo todo? — Gun perguntou.
— Acostume-se com isso. É mais normal do que pensa.
— Vocês se conhecem tão bem, eu não sei se meus amigos seriam capazes de saber de tudo isso sobre mim. Aposto que eles nem lembram minha comida favorita da faculdade...
— Deixa de besteira, tem pouco tempo que você está na faculdade, então é comum que eles não se lembrem de coisas desse tipo ainda. Mas não significa que lá na frente eles não vão se lembrar. Vocês precisam de mais tempo, só isso — Off diz e em seguida passa sua mão no cabelo de Gun, agitando e bagunçando todos os fios.
— Ei, P', não seja idiota.
— Ah, o que eu fiz? — Off perguntou
— Você tá bagunçando meu cabelo. Assim ninguém vai querer ficar comigo. Quem ficaria com alguém todo descabelado? Ridículo! — disse a última frase de forma menos audível possível.
— Você não tem que se preocupar com coisas assim, baixinho. Você já tem um namorado. Inclusive ele é muito lindo, olha só! — Off sinaliza, eram movimentos de apontar a si mesmo.
