15. eletricidade

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Ser Ethan Bradford tem suas vantagens

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Ser Ethan Bradford tem suas vantagens.

É impossível contar quantas vezes ouvi o dono desta mesma frase dize-la durante o longo tempo em que o conheço, mas um pequeno spoiler: foram vezes o suficiente para ter em mente que a mesma sempre, digo, sempre mesmo, era seguida ou precedida por uma merda colossal da qual Bradford, com absoluta certeza, conseguiria contornar; provando a mim e a qualquer outro expectador interessado, que nem tudo o que saía de sua boca era um mero blefe. Pelo menos não quando sua bunda rica estava em risco.

Agora, neste momento, não sinto orgulho de dizer que fiquei um pouco animada demais quando soube que Ethan e o resto de seus filhotinhos do time de futebol quase, por muito pouco, não se ferraram por conta de uma denúncia anônima sobre uma certa festa regada a álcool e drogas rolando na casa de um dos caras do time.

Digamos que o combo álcool, drogas e adolescentes excitados não é uma boa combinação quando se vive numa vizinhança cuja maior parte é composta por pessoas com mais de quarenta anos amarguradas com suas vidas miseráveis.

Mas, não foi surpresa alguma, apesar do desapontamento, saber que esta regra não se aplica a Ethan Bradford.

O cara é o diabo revestido em cara de anjo e um corpo de um deus grego.

Este fato ainda me irrita. Muito.

— Posso saber por que você está me olhando com cara de Louise Nervosa? — O dito demônio com corpo de deus grego pergunta com um sorriso esperto, expondo covinha e tudo, apesar de estar com o antebraço escondendo os olhos.

Minha carranca se desmancha no mesmo segundo sendo substituída por um meio sorriso idiota e relutante.

— Não sei o que seria cara de Louise Nervosa. — Fabrico a minha maior expressão de confusão e assisto quando Ethan tira o braço do rosto e pisca repetidas vezes, focando os olhos estupidamente verdes em mim.

Fico sem fôlego.

Uau. Quero beija-lo. De novo.

Ele solta o riso que eu costumava achar desprezível e levanta uma das sobrancelhas.

Caramba. Eu realmente quero beijá-lo.

— Lindinha, por anos eu me aperfeiçoei na cara de Louise Nervosa e principalmente no olhar da Louise nervosa. Eu sentia que você queria me acertar na cara antes mesmo que o pensamento passasse pela sua cabeça.

Olho boquiaberta para o meu namorado.

Porra, isso é estranho.

Meu. Namorado.

— Você é desprezível. — Eu digo, esperando que ele saiba que isso não chega nem perto da verdade. Não mais. Não há algum tempo.

E eu sei que ele entende quando seu sorriso se alarga ainda mais e inclina seu corpo para mais perto do meu. Agora estamos nariz com nariz e acho que desaprendi a respirar.

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