01. a história da minha vida

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Inveja sempre foi um fator presente na minha vida

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Inveja sempre foi um fator presente na minha vida.

Mesmo tendo a noção de que não havia nada de nobre em almejar algo que pertencesse à outra pessoa, não posso negar que apreciava ser o objeto desse sentimento – que agora sei – tão mesquinho.

Podia sentir os olhares de todos me queimando a nuca enquanto andava pelos corredores extensos da Westdale High com a garota da semana pendurada em mim, me exibindo como se fosse um troféu embalado numa jaqueta de time das cores branco e preto.

Eu sabia que provocava esses sentimentos na maioria das pessoas e isso não me incomodava em nada. Muito pelo contrário. Me encontrava em êxtase a cada olhar raivoso dos meus colegas dentro e fora dos limites da Westdale High.

Até mesmo do capitão do time Senior.

Chega a ser patético. Todos sabem que eu estou destinado a comandar aquele lugar desde o meu primeiro ano lá, e tentam garantir seus lugares de destaque desde então, me bajulando.

Dentro do colégio, a estrela dos Black Wolves, responsável pelo bom desempenho – e vitória – do time Junior na temporada regional de futebol deste ano, e aluno exemplar nas horas vagas; tinha praticamente todos os professores no bolso. Fora do colégio, o filho prodígio do prefeito de Hanover.

Apesar de ter que esconder esse meu lado meio prepotente dos fiéis eleitores do meu pai, a minha vida era perfeita.

Mas estar do outro da moeda era completamente diferente.

Praticamente desconhecia aquela queimação esquisita no peito, aquele desconforto de se estar na própria pele.

Tenho vontade de rir de mim mesmo ao me dar conta de que aquilo não era nem o começo.

Deposito toda a minha falsa atenção em Faith que está aninhada em mim como uma gata sedenta por carinho, tudo para não cair em tentação e olhar para o outro lado da sala abarrotada de gente que conheço desde que estava no escroto do meu pai.

— Docinho, vamos subir? — Faith sussurra e dá uma mordiscada de leve no lóbulo da minha orelha. Para ser sincero, não estou nem um pouco no clima hoje. Poderia dizer que não faço nem ideia do porque saí de casa, mas estaria mentindo, tendo em vista que o motivo está a apenas alguns metros de distância de onde estou sentado. E neste exato momento está emitindo uma risada tão alta que se sobressai à música eletrônica que reverbera pela casa. Aperto os dentes e inconscientemente, junto ainda mais o corpo de Faith ao meu. — Hum... gostoso — Faith geme e beija a pele do meu pescoço enquanto aperta o meu pau por cima da calça jeans.

A garota leva o meu rosto em sua direção e cola seus lábios nos meus, e sem demora, desliza a sua língua macia para dentro da minha boca. Ainda consigo ouvir a maldita risada quando pego Faith pela cintura e a coloco em meu colo. Ela separa nossos lábios para soltar um gemido quando aperto sua bunda com força sobre o vestido que mais se parece uma segunda pele de tão colado no corpo.

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