Harry acordou no outro dia muito, muito mal. Sua cabeça rodava o deixando tonto e os olhos mal conseguiam se manterem abertos, seu corpo inteiro doía, mas sua bunda doía mais ainda. Logo o moreno percebeu que não estava em seu dormitório na Torre da Grifinória e sim em um quarto malcuidado e sujo, deitado ao lado de um completo desconhecido. Desesperado, Harry se levantou e vestiu sua roupa na velocidade máxima que suas pernas doidas permitiam, usando toda sua coragem Grifinória o garoto deu uma olhada na pessoa que estava na cama e sentiu seu coração errar uma batida. Mas que merda ele havia feito? Aquilo não podia estar acontecendo, ele não podia ter dormido com Tom Riddle ou, como era mais conhecido atualmente, Lord Voldemort! Por que essas merdas só aconteciam com ele? Dormir com o próprio inimigo? Alguma entidade divina com certeza estava rindo da cara dele!
- Harry? - assim que voou para fora do maldito quarto, o Potter deu de cara com seu amigo ruivo saindo do cômodo a frente do seu. - O que está fazendo aqui?
- Eu falei que ia te esperar! - o menino apenas deu de ombros fazendo cara de santo, não podia contar para Ron que dentro do quarto que ela havia saído o Lord das Trevas dormia calmamente, seu amigo era muito cabeça dura para entender que o moreno estava bêbado demais e não tinha nenhuma culpa daquilo.
- Sei! - o ruivo lhe lançou um sorriso malicioso que teve como resposta um revirar de olhos.
- Vamos embora logo! - embaixo da capa a dupla andou por Hogsmeade que ganhava vida à medida que os segundos passavam, eles morriam de medo de serem pegos fora do castelo a essa hora e só puderam voltar a respirar novamente quando se encontravam no Salão Comunal a Grifinória que, por acaso, estava uma bagunça. Tinha copos e garrafas espalhados para todos os lados, havia alguns alunos dormindo nos sofás, outros no chão, outros nas escadas que levavam para os dormitórios e um roncava perigosamente perto da lareira.
- Só espero que a prof. McGonagall não apareça aqui hoje! - Ron disse engolindo em seco, se a diretora da casa aparecesse todos estariam terrivelmente lascados.
- Vamos ir para o nosso dormitório e fingir que nem participamos dessa festa? - Harry perguntou, se ficassem no dormitório as possibilidades de Minerva associar a festa a eles seriam menores. Covardia? Não, falta de vontade de morrer!
- Ótima ideia! - o ruivo disse depois de inspecionar a sala inteira a procura da amiga castanha.- Acho que Hermione está no dormitório feminino!
Depois de um banho quente e uma poção para dor de cabeça, Harry já estava pronto para ter um bom dia de sono já que passava das nove da manhã.
- Bom dia, Harry! - Ron disse sorrindo e se deitando em sua cama.
- Bom dia, Ron! - o moreno fechou as cortinas vermelhas de sua cama e caiu no sono profundo.
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(Trecho tirado do livro)
O tempo não poderia estar mais diferente na viagem de volta a King's Cross do que estivera na vinda para Hogwarts, em setembro. Não havia uma única nuvem no céu. Harry, Rony e Hermione tinham conseguido uma cabine só para eles. Pichitinho mais uma vez viajava escondida sob as vestes a rigor de Rony para não ficar piando continuamente. Edwiges cochilava, a cabeça debaixo de uma asa, e Bichento se enroscara em um lugar vazio como uma grande almofada peluda cor de gengibre.
Harry, Rony e Hermione conversaram mais longa e livremente do que haviam feito durante toda a semana, enquanto o trem os levava para o sul. Harry teve a impressão de que o discurso de Dumbledore na Festa de Despedida de alguma forma o desbloqueara. Tornara-se menos doloroso para ele falar sobre o que acontecera. Os amigos somente interromperam a conversa sobre as medidas que Dumbledore poderia estar tomando naquele instante para deter Voldemort, quando o carrinho de comida chegou. Ao voltar do carrinho, Hermione guardou o troco na mochila e apanhou um exemplar do Profeta Diário que levava ali. Harry olhou para o jornal, pouco seguro se realmente gostaria de saber o que dizia, mas Hermione, vendo-o olhar, disse calmamente:
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O Bastardo das Trevas
FanficAo ganhar o Torneio Tribruxo, Harry é obrigado a comemorar a vitória junto com o pessoal da sua casa, mesmo que ainda esteja de luto por Cedrico. Na comemoração o vencedor acaba bêbedo demais e vai parar na cama de um desconhecido. Em um novo ano em...