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Lana

Ele parecia nervoso, e eu estava disposta a acalma-lo, então me ajoelhei e comecei a mastubar-lo até que ele estivesse cedido totalmente ao prazer, o que não demorou muito.

Não sei exatamente as razões dele ter agido como se fosse o fim do mundo seguir em frente e sinto muito que as coisas pra ele em seu antigo relacionamento terem dado errado ao ponto de deixá-lo, mas quero que ela veja que não está cometendo nenhum crime essa noite.

Assim como quero que meu corpo aceite ser tocada por outra pessoa.
Sinto sua tensão esvaindo aos poucos e sorrio, sentindo-o pulsando entre meus dedos enquanto subo e desço, devagar.

Então ele finalmente toma atitude e me segura, impedindo que eu vá até o fim. Ele se inclina e sua boca devora a minha em um beijo mais intenso antes deu subir sobre ele novamente.

Desta vez ele me toca, e quando dou por mim, minha camisa já está no chão, sendo acompanhada por meu sutiã.

Sua boca desce para meu pescoço, e em seguida para meus seios.
Agarro em seus ombros, com a cabeça para trás, não acreditando que dessa vez está dando certo.

Pensei que seria mais um caso perdido, que eu estivesse com algum defeito inconsertavel. Mas a verdade era que nenhum dos caras com quem me envolvi nesses últimos meses se importavam comigo. Com o meu prazer.

Eram fracos e tolos.
Fecho meus olhos, sentindo John por toda parte e ergo meu quadril quando seus dedos avançam para meu short.
Sua outra mão segura em meu cabelo, e nossas bocas se encontram novamente enquanto seus dedos invadem minha calcinha, alcançando meu ponto certo.

Em todas as vezes que chega a a essa parte com os outros não sentia absolutamente nada além de desconforto.

Mas agora, é como se eu estivesse indo novamente para o paraíso.
Quando ele me solta, eu me levanto, pego a embalagem da camisinha do bolso e jogo sobre ele, para enquanto eu tiro o restante da roupa, ele se cubra.

Ao terminar, seus olhos se voltam pra mim, me examinando com calma.

— Vem cá. - ele pede, e eu obedeço, ficando de pé entre suas pernas quando suas mãos seguram meu quadril.

— Não sei o que faço com você. - murmura.

— Faça o que quiser. - rebato.

Ele me ajuda a ficar posicionada sobre aí, e devagar, o sinto se encaixando em mim. Nossos olhos estão conectados,  e eu gosto de vê-lo assim, tão rendido a mim.

Me sinto poderosa.

Tento me convencer a todo tempo que a minha confiança vai além da fachada que criei, e na maior parte do tempo dar certo, ou os caras com quem transo são tão babacas que não percebem, que as vezes não quero ser fodida apenas, no sentido literal.

Mas John percebe.

Ele me beija devagar antes de me deitar na cama sem sair de mim.
Nada é preciso ser dito, ele demonstra ter entendido quando demora a se mover, e quando o faz, vai devagar.

Nos beijamos enquanto nossos corpos se conectam e gemidos baixos preenchem são os únicos sons emitidos ali dentro e pela primeira vez, me sinto mais eu mesma.
Sinto-me respeitada.

Pensei que não tinha como alguém entender o que eu queria apenas com um olhar. E mesmo pedindo, nunca tinha minhas vontades atendidas.
Até que desisti.

Não valia mais a pena gastar minha energia com noites que não me davam prazer, com sujeitos que não sabia apreciar minha companhia.

— O que foi? - ele pergunta, preocupado e só então sinto as lágrimas.

Merda.

— Nada. Pode continuar. - peço.
Relutante, ele continua, estocando um pouco mais rápido e eu me seguro para não dizer o que não devia.
Eu não deveria ter ficado emotiva agora.

Nos beijamos de novo quando meu corpo começa a tremer e não leva mais do que alguns segundos para eu me desmanchar.

John investe mais poucas vezes antes de gozar também.

— Te machuquei? - indaga, preocupado ainda.

— Não. Longe disso. Faz tantos anos que não gozo sem ser sozinha que me emocionei. - brinco mas ele não rir.

— Tem certeza que não feri você? - insiste.

— Absoluta. Você não me machucou John. Foi de longe o único que me entendeu e eu já te adoro por isso. - argumento e ele suspira, aliviado, antes de sair de mim.

Depois do sexo, ficamos ao lado do outro na cama, conversando, minutos depois, comecei a descobrir o que se passava na cabeça dele e ele da minha.

Ele me contou que sua ex esposa havia desistido do casamento dos dois quando o médico havia lhes dito que ele teria poucas chances de engravida-la.

Em vez de resolver a situação como uma adulta faria, ela começou a trair com outro cara e os meses foram passando até que ela engravidasse e o chutasse de vez.

E eu comprei a minha, sobre meus relacionamentos, todos fracassados e como comecei a ficar abalada por ter passado dos trinta e seis anos sem conseguir manter alguém do meu lado.

Era frustrante ver todos ao meu redor construindo suas carreiras enquanto eu estava chegando cada vez mais perto da velhice sem nem ter casado.
Nos abraçamos e ficamos em silêncio até adormecer.

Foi a primeira vez que coloquei pra fora minhas frustrações para alguém. E ao contrário do que pensei, ele não me julgou assim como não o julguei.
Éramos dois fodidos que de alguma forma se completavam.

Isso é um pouco bizarro, eu sei.

[..]

Na manhã seguinte, tomamos banho e eu vou para meu quarto por meu biquíni para curtir a praia antes de encarar aquela reunião chata das madrinhas que será amanhã antes do grande dia do casamento.

John me acompanhou, e fez questão de alugar um jet-ski.

— Você sabe pilotar essa coisa? - pergunto.

— Claro que eu sei. - garante, amarrando meu colete - Pode confiar em mim.
Sorrio.

Mal nos conhecemos e eu confio nesse cara mais do que deveria. Só que pra ser honesta, não me importo.

É bom não me sentir excluída, e indesejável.
Entramos na água e ele me ajuda a subir na moto aquática depois de montar. Seguro nele com força quando sinto que estamos nos movendo.

O medo logo passa e eu rio quando quicamos na água, nos distanciando da praia.

Summertime Sadness|Conto CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora