WHAT NOW
Luke murmurou uma série de palavrões quando seu celular começou a tocar no meio da noite, despertando-o de umas das poucas oportunidades de dormir que o loiro tinha. Ele abriu seus olhos e, quando acostumou-se com a pouca claridade que vinha do lado de fora das cortinas do seu quarto, pegou o celular que estava em cima da cabeceira. Luke leu com a visão ainda meio borrada o nome “Sucker” na tela de bloqueio, o que significava claramente que era seu irmão Jack que estava ligando.
“Você tem noção de que horas são?” Luke praticamente berrou do outro lado da linha, segurando a borda das suas cobertas com raiva. O loiro não tinha percebido até agora que estava tão frio e que ele estava completamente encolhido na sua cama.
“Na verdade... Não. O horário ai é bem diferente.” Luke bufou, pensando em como seu irmão mais velho podia ser tão idiota. “Mas você não vai acreditar no que eu descobri, Luke. Eu fiquei tão puto! Eu não consigo olhar para a cara da Celeste até agora.”
“Pensei que você já estivesse fazendo isso há um tempo.” Luke murmurou, virando para o outro lado da cama e tapando o rosto com o travesseiro. “Mas, de qualquer jeito, o que você descobriu, Sherlock Holmes?”
Por mais bravo que ele estivesse por Jack ter tirado seu sono, Luke não conseguiria deixar de escutar uma das histórias do seu irmão. Luke gosta de saber que ele é a primeira pessoa que Jack procura para contar alguma novidade, mesmo com a grande distância entre eles.
“Sabe, quando eu e Celeste ainda estamos juntos ela estava me traindo!” Ao ouvir as palavras de seu irmão, Luke abre os olhos e começa a tossir, sentindo como se sua garganta estivesse fechando. Isso não podia ser verdade; aos olhos de Luke, Celeste era praticamente perfeita, o tipo de garota que ele queria se não tivesse entrando em uma fase que até seu melhor amigo desconfia da sua sexualidade. “Ela estava me traindo com um pirralho, aquele filho do dono do parque de diversões? Sabe?”
Filho do dono do parque de diversões. Essas palavras ficaram rodeando sua cabeça por um bom tempo, até que ele percebeu que não estava prestando atenção em uma palavra sequer que Jack estava falando.
“... Eu fui na casa dela hoje, quer dizer, para você deve ser ontem...”
“Ok, Jack, ok. Foca no assunto.”
“Então, eu fui lá para pegar o resto das minhas revistinhas, porque isso é muito importante e não vou deixar ela ficar com aquela raridade, e simplesmente encontrei ela fodendo ele; ou ele fodendo ela, tanto faz. Eu comecei a berrar e brigar com eles, Celeste começou a brigar comigo, e o garoto começou a brigar comigo, também.”
“E até esse ponto todos estavam sem roupas.”
“Wow, dude, não lembra isso. Eu não sei como você gosta de pênis; simplesmente não gostei de ver o pau de outro cara.” Luke ficou com vontade de dizer que ele não é gay, mas desistiu pois sabia que não iria adiantar nada.
“Hm... Você sabe o nome do garoto? O que estava com a Celeste?”
O silencio tomou conta da linha por um instante, e Luke começou a ficar desconfortável, achando que a linha havia caído. Isso sempre acontecia nos dias com neve mais densa, e esse era um desses dias. Luke não sabia bem se queria ouvir quem era ou não, pois ele não é o tipo de pessoa que gosta de ficar passando fofoca, mas, dessa vez em especial, ele tinha um pressentimento estranho sobre a situação.
“Michael. Michael Clifford.”
[Um mês depois]
Luke respira fundo, olhando mais uma vez para o céu cinzento que pintava a imagem do final do inverno de Paris. Suas mãos estavam pesadas sobre a lateral do seu corpo; ele está grogue, acordou em cima da hora de fazer o percurso até o hospital para ajudar um dos médicos durante o turno da noite. Como ele era o único que apareceu durante o frio da madrugada, Dr. Ross deixo-o ir para casa depois do meio-dia, pois não teria muito para o garoto fazer durante essa parte do dia nos turnos do hospital.
Vez ou outra, alguém realmente congela e, como Luke é um dos poucos alunos que presencia todos os turnos, mesmo quando não é necessário, ele já presenciou a cena. Um bêbado pegou no sono sobre a neve e, pela madrugada, havia se tornado um picolé humano. Luke lembra claramente de ter que descongelar o homem com ajudas de secadores de cabelo.
Um pequeno papel começou a ser carregado pela pequena ventania, até parar nos sapatos de Luke. O loiro pensou em ignorar e seguir seu caminho para casa, mas a folha parecia ser convidativa e, bem, tinha o desenho de um pinguim na parte de trás. E Luke adora pinguins.
Luke agachou-se para pegar o pequeno papel e ficou olhando a folha que estava nas suas mãos. Uma lista de bandas e músicas estava ali, e bem no topo estava alguém tipo de assinatura. Luke já ouviu falar a maior parte dessas bandas e escutou algumas músicas, mas isso por causa de Dustin; ele não era o tipo de pessoa que tinha um gosto musical próprio.
“M.C.” Luke leu calmamente o nome da pessoa, franzindo o cenho.
Luke resolveu ir até o local onde estava acontecendo o pequeno concerto. Ele não tinha mais nada para fazer e a Ponte Neuf não é tão longe de onde ele estava.
O silencio de minutos atrás foi tomado por gritos de entusiasmos e palmas de algumas pessoas. Tinha um grande número de pessoas ao redor de uma pessoa em especial, mas Luke não conseguia ver quem era. O loiro tentou chegar mais perto, porém foi empurrado por outras pessoas, então acabou desistindo e ficou apenas escutando, sem ver quem era que estava ali.
O som de um violão e uma voz rouca soavam, e, por um minuto, todos ficaram quietos para escutar. Os batimentos de Luke começaram a acelerar sem motivo, até que ele começou a sentir seu coração batendo nas orelhas e o sangue fervendo no seu rosto.
“He could be a sinner, or a gentleman, he could be your preacher, when your soul is damned. He could be your lawyer on a witness stand but, he'll never love you like I can, can.” A música começou e Luke ficou olhando para seus próprios pés, escutando a voz suave que vinha de trás da multidão. Ele estava imaginando tantas coisas apenas com a música que nem percebeu que as pessoas começaram a bater palmas e a ir embora, mostrando que o pequeno show havia acabado.
O loiro tirou uma nota de cinco euros do seu bolso e foi caminhando de cabeça baixa até a pequena caixa do violão, onde já havia várias notas de dinheiro. Ele largou o dinheiro ali e respirou fundo, olhando para frente, afim de olhar, pela primeira vez, a pessoa que estava cantando.
Luke não conseguiu pensar em nada ao ver a pele pálida, as blusas de banda por baixa dos casacos quentes, e o cabelo tingido. Seus olhos azuis foram direto para o rosto do garoto na sua frente, tentando capitar qualquer emoção do mesmo. A sensação de cair de um lugar muito alto, de ficar quente mesmo após alguns minutos no frio, atravessou Luke por completo, deixando-o completamente pasmo enquanto encarava os olhos verdes do garoto na sua frente.
Os olhos verdes de Michael.
[N/A] E vai mexendo vai, dong dong. E vai mexendo vai, dong dong [rebola]
gENTE OLÁ MEU DEUS COMO VOCÊS TÃO???!! Eu particulamente tô uma merda pq né colégio.
Desculpa pela demora ENORME pra atualizar, mas a culpa é da minha mãe (já cheguei colando a culpa nos outros, eita) Ela foi mexer no computador pra baixar as fotos de uma viagem lá de não sei onde E NÃO SEI COMO CARALHOS ELA CONSEGUIU FAZER O NOTEBOOK MORRER, TIPO, NÃO LIGAVA MAIS. Dai ela ficou enrolando umas duas semanas pra levar pra arrumar, até que eu tive que ir lá no tio porque ela realmente não ia fazer nada. DEUS DAI-ME PACIÊNCIA!@
Eu vou tentar começar a atualizar mais agora, yeeahh.
PS: Eu não corrigi o cap porque eu meio que tava fazendo eu trabalho e só vim aqui rapidinho pra postar, então depois se tiver alguma coisa eu arrumo.
XxMari
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Lost In Stereo [Muke]
Fanfictionquando michael se apaixona por luke, um estudante de medicina que sempre coloca sua futura carreira à frente do amor. @ 2014, burncalum