O Diabo da Máfia

A flor da pele

Niragi deu um espaço para Chishiya, para que o mesmo pudesse adentrar a casa.

⎯ Fica à vontade. ⎯ Disse Niragi, abrindo a porta.

O jovem olhou para a grande casa, um pouco assustado.

A casa tinha um tom rústico de madeira, um grande lustre logo na entrada e um acabamento impecável.

Niragi fechou a porta e jogou as chaves de lado.

⎯ Está com sede? Quer beber alguma coisa? ⎯ Questionou o mafioso observando Chishiya.

⎯ Não, eu não quero nada. Só quero saber porque você me trouxe aqui.

O loiro levou as mãos até os bolsos da calça e olhou sério para Niragi.

O mafioso sorriu e se serviu de uma bebida.

⎯ Digamos que, eu pensei em você...
⎯ Niragi deu um gole.  ⎯ Você acredita?

Chishiya revirou os olhos e se aproximou de Niragi.

⎯ Para de brincadeira. O que você quer comigo? E porque fez isso? A policia agora vai me procurar, porque por sua culpa, eu sou um fugitivo.  ⎯ O loiro gritava com o mafioso, e tocava no mesmo com os dedos.

O gangster segurou no punho de Chishiya com força, e levando o mesmo para trás, o encostou na parede.

⎯ Eu acho que você precisa se acalmar.
⎯ Sussurou Niragi proximo à boca do loiro.

⎯ E você precisa me levar de volta.
⎯ Retrucou Chishiya, empurrando Niragi.

⎯ Você é bem agressivo, eu gosto. ⎯ O mafioso debochou, sorrindo. ⎯ Vou preparar algo para a gente comer, tem preferências? ⎯ Questionou Niragi, indo até a cozinha.

⎯ Tanto faz, não estou com fome. 
⎯ Respondeu o jovem, se sentando no sofá.

Niragi então preparou uma refeição rápida, sem tirar os olhos de Chsihiya.

Ele observava o nervosismo alheio e dava sorrisos de canto, enquanto balançava a cabeça em negação.

O mafioso terminou, e pôs a mesa.

⎯ Venha, pode se sentar aí e se servir.
⎯ Disse Niragi, sentando-se à mesa.

O jovem olhava desconfiado para tudo aquilo, mas se sentou.

⎯ Vinho? ⎯ Questinou Niragi

⎯ Um pouco só. ⎯ Chishiya respondeu com desconfiança

Então ambos jantaram em um silêncio ensurdecedor.

Após terminarem, Niragi tirou a mesa e lavou a louça enquanto era observado por Chishiya.

⎯ Tem uma toalha do banheiro, você pode usá-la. Vou procurar algumas roupas pra você e te mostro aonde você pode dormir.

Niragi disse com confiança.

Chishiya por sua vez, assentiu e foi ao banheiro tomar um banho.

O mafioso procurou algumas roupas, e levou até Chishiya e então, retornou para o seu quarto aonde também tomou um banho e se vestiu.

Estando o gangster deitado em sua cama, ouviu uma batida na porta.

⎯ Entre.

Chishiya adentrou o lugar com uma minúscula bermuda, seus cabelos molhados e resquícios de água pelo abdômen.

Niragi observava a extensão do corpo alheio, sem reação.

⎯ Você...quer, alguma coisa?
⎯ Questinou Niragi, com a voz falha.

⎯ Quero sim, quero saber quanto tempo mais esse joguinho de casinha vai durar, ou você acha que eu vou cair nesse seu papo furado?

Chishiya respondeu entrando pelo quarto e batendo a porta.

Niragi se levantou ao ouvir, e colando rapidamente seu corpo ao de Chishiya, prendeu o jovem na parede.

⎯ Você quer saber como eu quero que isso acabe? ⎯ Sussurava Niragi proximo ao pescoço de Chishiya, respirando fundo, o cheiro pôs banho do mesmo.

Chishiya estava extasiado com aquilo que estava acontecendo.

A mistura de preocupação e desejo consumia o corpo do jovem.

⎯ Me solta. ⎯ Respondeu nervoso.

⎯ Tem certeza que você quer isso?
⎯ Sussurou Niragi, desta vez próximo a boca, seguido de uma esticada na língua que continha um piercing.

Sem esperar uma resposta, Niragi tocou os lábios do jovem lentamente.

O mafioso segurou o loiro pela cintura com força e trouxe-o mais para perto.

Niragi então, começou a beijar Chishiya bem lentamente, sentindo cada parte dos lábios do mesmo. O mafioso aprofundava sua língua por dentro da boca de Chishiya, que parecia relutante no começo, mas logo se entregou.

Uma mordida fraca, seguida de um leve puxão de lábio, segurado pelos dentes foi sentida por Niragi, que se arrepiou.

⎯ O que você está fazendo comigo?
⎯ Sussurou manhoso, Chishiya.

⎯ Apenas aquilo que você já queria. 
⎯ Terminou Niragi.