Capítulo 1 Crônica da solidão

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Disclaimer:


Isso é uma ficção para fãs, com o único escopo de entreter e divertir, a autora da estória não pretende insinuar fatos ou imputar condutas às demais pessoas aqui retratadas, apenas tomou seus nomes e construiu personagens originais.

Da autora:

Meu nome é ISA. Sou bacharel em direito, música, ciclista, bebedora de chá e mais um monte de coisa chata que não define efetivamente ninguém. Espero que sejamos bons amigos! Sou super acessível, acreditem em mim. Escrevi esse capítulo com muito carinho, na verdade essa fic está sendo elaborada há uns bons meses, mas só agora tive a oportunidade de executá-la. Traz uma problemática profunda para, além de lermos, refletirmos sobre os temas abordados. As atualizações serão mensais, mais ou menos nesse horário. Espero — do fundo do meu coração — que vocês apreciem! Quanto a mim? Bem, to me arrumando pra ir assistir The Rise of Skywalker na pré estréia, que a tia é fã de Star Wars mais do que outra coisa.

*vim do futuro falar que o filme é uma droga e que acabei ficando com tanta raiva a ponto de sentir vontade de sair da sessão com apenas 15 minutos de filme

A capa foi feita pela linda @sunshinejbii lá do Twitter, então, todos os créditos à ela, a qual, agradeço encarecidamente pela gentileza e pelo bom trabalho!

Perdoem os eventuais erros, posteriormente irei saneá-los. Sem mais delongas: DIVIRTAM-SE!



Cap. 1 Crônica da solidão


Um pouco cansada, com a sacola de compras amassando os vegetais, Seulgi pegou o trem. Segurou a alça da arte metálica e esperou o trem embalar. Seu nariz enviava um protesto veemente ao seu estômago pelo cheiro do café que ainda o incomodava, mas com a mão suspensa para se equilibrar no vagão lotado não havia muito a se fazer. Teria de esperar chegar em casa.

Sentir vergonha não adiantaria nada afinal sua camisa estava arruinada e seria vista de qualquer modo — seria impossível que já não houvessem notado a enorme mancha amarelada no tecido branco — não tinha jeito.

Uma careta pintou em seu rosto instantaneamente com o pensamento. O silêncio sepulcral de praxe era interrompido algumas vezes apenas pelo bip dos relógios ou pelo mecânico aviso das estações.

Moveu seus olhos lentamente para observar as pessoas no vagão.

Era estranho, pensava ela, todas aquelas pessoas padronizadas, quietas, cansadas, silenciadas pela apatia. Tais quais robôs, mas ou era isso ou o sujeito não seria tratado com decência pela sociedade. Certamente seria confundida no meio daquele mar de trabalhadores. Mesmo penteado, mesma camisa social branca, mesmo olhar fatigado.

Em seu subconsciente, Seulgi ainda xingava o maldito cliente que esbarrara nela quando findava o seu turno, derramando cappuccino onde café algum ousaria tocar a pele de uma dama.

Não se recordava que suas pálpebras pesavam tanto, o que fazia cada vez mais difícil a tarefa de mantê-las abertas. Pestanejaram algumas vezes, os pequenos olhos ardendo.

Encostou a cabeça em seu braço erguido e se permitiu descansar alguns minutos. No entanto, logo a mulher da companhia de metrô anunciava que finalmente haviam chegado a sua estação, então rapidamente se esgueirou por entre as pessoas e desceu até a plataforma.

Aprumou o cachecol ao pescoço, vestiu o gorro e o sobretudo.


Fazia frio.


Quando botou o primeiro pé na rua observou o anoitecer gélido mais uma vez naquela semana, e como de praxe acendeu um cigarro.

Entre o sagrado e o profano (SEULRENE)Onde histórias criam vida. Descubra agora