Entre Irmãos II

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Na manhã seguinte acordei super animada, como eu imaginava que o assunto de fazenda era algo relacionado ao Gustavo e sabia que o Fabricio se mordia de ciúmes do irmão, resolvi não comentar nada com ele.Enfim chegou a hora o encontro com o gato, intelectual, comprometido eu tinha me apaixonado pelo jeito do Fabrício, mas só que como pessoa, eu já não tinha mais interesse físico nele, talvez por ele ser totalmente parado ou por estar em um relacionamento, mas gostava muito das suas conversas. Chegou a hora tinha marcado de pegá-lo no hotel às 08:30 e lá eu estava.Mandei mensagem.

      -  Vem Fã já estou na recepção.

      -  Ainda não entendi para que tão cedo,estou resolvendo só mais um assunto com meu pai e desço em 5 minutos.

      -  OK.

Em exatos 5 minutos a porta do elevador abre e o Fã e seu pai descem com mais dois homens.

       -  Rebeca. - Fã fala animado

       -  Oi Fã, tudo bem quanto tempo.

      -  Eu vou bem,- me respondeu - Pai, essa é Rebeca, ela vai me mostrar a cidade.

      -  Prazer em te conhecer pessoalmente Rebeca.

      -  O prazer é meu,Sr Augusto.

      -  Pode me chamar de Augusto, bom passeio crianças se divirtam e não façam nada do que eu não faria.

Fiquei vermelha tipo uma pimenta, eu não era tímida, mas era o chefe do meu pai né.

       -  A e Rebeca cuida bem do meu menino, ele não tem muita maldade.

       -  Pode deixar seu Augusto, ops quer dizer Augusto.

E saiu do Hotel com os outros homens.

      -  Que estranho, meu pai falou com você como já se conhecessem.

      -  Pois é deve estar me confundindo.Mas vamos para o nosso passeio.

      -  Vamos.

      -  Onde você vai me levar?

      -   Em um bate-papo literário.

      -  Nossa, debate literário e você, meu avião deve ter caído e eu estou no céu.

      -  Deixa de ser bobo pia.

Fã estava mais atrevido que da ultima vez, não sei se algo aconteceu e eu reparei que ele estava sem aliança, mas não resolvi tocar nesse assunto agora, mas será que ele estava solteiro, ou tirou por causa de mim, ou ficou com medo de ficar andando com aquela montanha no dedo? A vontade de perguntar era enorme mas sei que até o fim do dia ele me falaria nem que fosse por livre e espontânea pressão.

O livro da roda foi Dom Casmurro,assim que a leitora chefe falou o nome o Fã soltou uma risada irônica e disse:

     -  Lógico que tinha que ser -Fã reclama

Eu cochichei

   -  O Que foi não gosta desse livro?

   -  Era um dos meus preferidos, mas agora digamos que me remete a uma situação atual.

Não entendi nada, mas como o debate já estava começando preferi não alongar o assunto,e ele ficou calado o tempo todo só ouvindo atentamente cada discussão, e isso estava me incomodando de um jeito, ele não era assim, mesmo que fosse um livro que ele nunca tivesse lido, ele iria fazer perguntas ou comentários, mas ele ficou calado e cabisbaixo, não via a hora do debate terminar para podermos conversar. Enfim acabou e saímos sem dizermos uma palavra um ao outro.  

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