Capítulo 2: A vida no castelo.

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"Ela era a fonte de alegria de toda aquela gente. Sua presença era capaz de espantar qualquer tristeza. Seu sorriso era claro como uma manhã ensolarada após uma noite chuvosa."

Narração/POV: Blair Schvanzen



    Ah, finalmente, manhã! Exatamente cinco em ponto. O sol já nasceu! "As nuvens vieram me visitar, Apollo". Eu dou bom dia para meu cãozinho, ou melhor, meu 'lobo', como muitos o chamam. Apollo vive comigo desde que nos mudamos para este castelo. Ele é uma mistura de Husky com Malamute do Alaska, e tem uma linda anomalia que deixa seus olhos de cores diferentes.

- Alessandra! Genevive! Venham olhar essa vista! Eu chamo minhas irmãs para apreciar o nascer do sol comigo, mas elas ainda estão dormindo. 

- Blair, são cinco da manhã! O que você tem na cabeça? Resmunga Alessandra. Sabe, eu sou a única que acorda mais cedo do que todo mundo neste castelo. Os empregados se levantam às seis horas, meus pais às sete, minhas irmãs às sete e meia e, eu, cinco horas. A razão pela qual eu me levanto tão cedo? Bem, com uma vista como essa, quem gostaria de se levantar tão tarde?

- Ah, meninas, venham! Por favor, vocês têm que ver, voces têm que ver! Eu as convenci. Ambas levantam, ainda meio sonolentas e ragubentas, mas de pé. 

- Não é lindo? Eu digo, olhando para a janela. O sol estava aparecendo e seus pequenos raios saiam lentamente detrás das nuvens. Os tons de azul se misturavam com o laranja claro da grande bola de fogo.

-É, é sim... elas concordam ao se achegarem perto de mim. Nós nos abraçamos e ficamos um tempo olhando a vista.

- Pois bem, já olhei a vista. Agora, se me derem licença, vou voltar a fazer aquilo que estava fazendo antes de ser interrompida por essa menina obcecada por manhãs. Debocha Genevive.

- Eu também voltarei aos meus aposentos reais debaixo das cobertas! Diz Alessandra com uma risada. 

- Como vocês dormem! Digo eu, indignada em como minhas irmãs conseguem ter tanto sono. 

   Uma hora se passou, e os empregados já estão se levantando. Posso escutar um barulho na cozinha, e decido ver quem é. 

- Bom dia, Frederico!

- Bom dia, Vossa Alteza. Ele me cumprimenta curvando-se, com um sorriso sincero e radiante, e eu retribuo. Eu pergunto a ele o que estava fazendo, e ele me responde que está preparando panquecas para o café da manhã. É minha comida matinal preferida, principalmente com melado e mirtilos. Frederico é nosso cozinheiro há muito tempo. Antes de eu e Genenvive nascermos, Alessandra tinha ele e Olga -nossa outra cozinheira- só para ela. Olga também aparece na cozinha e nos cumprimentamos. Ela ajuda Frederico a arrumar a mesa e ele prepara as massas. Eu me ofereço para ajudar, mas, como sempre, sou proíbida.

    Eu e Apollo saímos pelo castelo para dar bom dia a todos os outros empregados, inclusive aos meus pais. Apollo pula em suas camas para que eles acordem.

- Bom dia, papai. Bom dia, mamãe.

-Bom dia, querida. Dizem os dois. Eles se levantam e se preparam para tomar café. Eles chamam minhas irmãs e todas vamos para a mesa. Apollo vem atrás de nós. Fazemos nossas refeições sempre juntos.

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*TARDE:

    Minhas obrigações já estão todas feitas. Essa também é uma das razões pelas quais eu me levanto antes de todos. Eu gosto de ter a tarde livre. Eu decido ir até a área aberta do castelo, onde ficam nossos cavalos normais e cavalos alados. Sim, temos cavalos alados aqui. Por moraramos à metros e metros de altura do chão, eles são uma das únicas maneiras de descer daqui para pegar mantimentos da floresta. São eles, ou escaladas por montanhas íngrimes e perigosas. Eu olho o lugar apenas de fora, pois não tenho permissão de ultilizar ou interagir com os cavalos, ainda. Princesas ganham seu próprio cavalo alado ou terrestre quando completam dezessete anos, e eu ainda tenho dezesseis.

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