03. Investigação

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   – Fico feliz pela sua escolha _____! - Disse seu chefe - O que a induziu a isso? - perguntou com certo tom de curiosidade.

   Corou ao ouvir a pergunta do chefe. Lembrou de uma certa loira que a havia provocado no dia anterior, mas logo repreendeu-se mentalmente. Estava em um ambiente de trabalho e esse comportamento seria inadmissível.

   – Acabei percebendo que temos que deixar nossos medos de lado. - deu uma pausa - Há tantos homicídios que não foram investigados com o devido cuidado que acabam por passarem despercebidos. O mínimo que posso fazer por alguém que perdeu um ente querido à tamanha atrocidade humana seria achar o culpado, não é mesmo?

   Reiner te analisou atentamente por um momento e disse:

   – Há algo mais não é?

   Você congelou. Não esperava tamanha dedução de seu chefe. Sabia que ele era um dos melhores policiais do departamento, se não, o melhor.

   Engolindo em seco você respondeu:

   – Estou entediada...

   – Está muito fácil os casos que damos para você não é mesmo? - Disse te interrompendo - Você gosta, sente falta da adrenalina correndo em suas veias não é? Com a esperança que tudo isso possa se tornar um grande caso, pra satisfazer seu tédio diário com o monótono.

   Por um momento, você se sentiu compreendida por alguém, não se sentiu diferente das pessoas, não foi chamada de psicopata, de louca. Sorriu ao ouvir as palavras do capitão.

   – Eu te entendo... - ele murmurou, mas você pôde ouvi-lo.

   Novamente estranhou as palavras de seu patrão, mas deixou passar quando o mesmo disse que haveria um carro na frente do prédio para te levar à cena do crime.

   – Decidiu quem irá ajudá-la no caso? - perguntou ele se dirigindo para abrir a porta do escritório para você.

   – Gostaria da ajuda da Srta. Yelena e Pieck senhor.

   – Escolha interessante... Vou providenciar a transferência delas para o seu caso. - após falar isso, esperou você sair da sala - _____...

   – Sim capitão?

   – Algum progresso no caso Leonhardt? - Havia tristeza em sua voz.

   – Sinto muito capitão...

   Ele agradeceu e fechou a porta.

   O caso Leonhardt foi uma repercussão e tanto no departamento. Está sendo investigado a meses, mas nada de novo. Annie Leonhardt, uma grande agente. Por mais que fosse de estatura baixa, ninguém se atrevia a mexer com ela. Era respeitada, a melhor agente de campo que passou por aqui.

   Mas tudo isso foi interrompido após seu sumiço repentino. Não deixando pista, bilhete, nem sequer uma despedida. Por conta disso o caso foi arquivado como sequestro. Mas não haviam pistas o suficiente nem para afirmar tal coisa.

   Sabia que Reiner se culpava, ele se importava muito com a mulher. Se culpava pela morte de seu companheiro, seu parceiro de investigação, Bertolt. Reiner via Annie como uma irmã caçula, precisava protegê-la. Mas falhou... De novo.

   Chegando na rua onde o carro me esperava, desvencilhei-me de meus pensamentos.

   Fiquei observando a paisagem enquanto o motorista me levava ao meu destino.

   Estava um dia agitado, bastante trânsito nas avenidas, donos passeando com seus cachorros e empresários andando pelas ruas.

   O motorista anunciou que havíamos chegado. Ele se retirou do veículo e abriu a porta para mim. Agradeci e o vi ir embora.

Um crime, dois corações - Imagine Hange X Fem!ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora