Vida Longa ao Rei! ◇ Iwaoi ◇

◇ Prólogo

Era o primeiro dia quente em meses, as pessoas não podiam estar mais felizes depois de um longo inverno e um outono tão gelado quanto.

O pequeno Iwaizumi Hajime de apenas cinco anos mantinha um sorriso enorme no rosto, apertando a mão de sua mãe em animação.

- Vamos mamãe, vamos! A gente tem que chegar antes da apesentação começar. - pulava animado andando pelas ruas decoradas da cidade.

- Apresentação Iwa - corrigiu a matriarca olhando o filho de canto de olho, olhos esses que refletiam as inúmeras cores que pintavam a rua do subúrbio que passavam.

A razão da animação do pequeno aldeão era que, naquele momento acontecia o festival de início de primavera do reino de Aobajosai. Era seu dia preferido do ano graças a grande festa. E quando digo grande era grande mesmo. A festa era organizada durante o ano todo e era o evento que mais reunia turistas.

Toda a capital era decoradas pelas mais diversas cores, faixas coloridas eram traçadas por cima das ruas criando um telhado colorido por onde quer que você ia. Várias apresentações musicais e artisticas aconteciam durante todo o dia sem falar no festival de comidas típicas que aconteciam na avenida do mercado central. Esse que era um lugar que ficava no centro da cidade e onde tinha a maior variedade de produtos sendo vendidos e, em dias normais, além de tudo o que era vendido dentro do mercado, também tinha as pequenas feiras de rua que rodavam todo o quarteirão. Hoje como sempre aquela região estava lotada.

Mas não era apenas lá que estava cheio de turistas, toda a região central da capital estava já que o festival acontecia lá. As ruas eram fechadas para que o público pudesse transitar com segurança sem o grande fluxo de carruagem e cavalos por todo lado. Todos os turistas e moradores de Aobajosai que estavam em Seijoh- a capital - se vestiam com suas melhores roupas, via-se mulheres com seus melhores vestidos, corpetes apertados e leques na mão. Crianças da alta sociedade se misturando com crianças do subúrbio coisa que era raro de acontecer e atraia olhares feios dos pais.

Iwaizumi estava encantado quanto mais perto chegava do centro do festival, as cores, as pessoas, as roupas, ele também vestindo suas melhores vestes assim como sua mãe, não que isso significasse muito para alguém da alta sociedade já que o viam da mesma forma: pobre e sujo. Mas pra alguém que vinha do mesmo lugar que si poderia dizer que o mesmo estava mais arrumado do que nunca.

Cantarolava baixinho uma das músicas que tocava em uma roda musical ali perto enquanto sua mãe conversava com uma conhecida. Olhava atento para uma das barraquinhas de comida de onde vinha um cheiro maravilhoso de algum doce feito de abóbora. Gostaria de poder comer alguma coisa mas saiba que sua mãe tinha vindo com o dinheiro contado então esperaria para comprar algo que pudesse encher a barriga de verdade.

Teve sua atenção roubada quando um grupo de soldados passou por ele. Seus olhos brilharam. Se tinha um sonho era com certeza fazer parte do exército um dia, eles eram e faziam tudo o que Iwaizumi sempre sonhou, eram fortes, corajosos, inteligentes e faziam tanto pelo pais que deviam ser adorados como deuses, sem falar no salário que apesas de não entender muito disso, sabia que poderia tirar sua mãe daquele casebre pequeno e que estava caindo aos pedaços, talvez até não mais precisassem ficar sem comida! Não, ai já é querer demais, riu do próprio pensamento.

Outra coisa que o atraia eram suas roupas. Ah as roupas eram majestosas, a farda era em um tom de branco com reflexos em azul, não sabia como isso era possível afinal como uma roupa pode mudar de cor dependendo de onde você olha? Sua mãe não soube o explicar então só sabia que era feito de um tal de mineral raro mas aquilo não fazia o menor sentido pra si.

A espada que eles carregavam era única, literalmente única, alguns soldados tinham espadas especiais com formatos diferentes e tamanhos também, toda vez que Iwaizumi via uma dessas corria pra casa, pegava algum papel e tentava desenhar o formato, na maioria das vezes não ficava nem sequer parecido. Mas ele se divertia tentando lembrar dos detalhes.